Capítulo 11

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Daryl descia as escadas com os passos levemente vacilante, porém era algo que ele precisava fazer. Assim que chegou no fim da escada, ele pode ver a quantidade de homens que eles teriam que enfrentar.

_ olhem só o que temos aqui- Um homem surge da entrada da cozinha, com um sorriso levemente debochado.

Daryl olhou envolta e viu que todos eles estavam com suas armas apontadas para ele, com isso também não perdeu tempo em erguer sua besta.

_ colete é meu, gostei das asas- Daryl escutou um cara falar atrás dele, que nem fez questão em olhar quem era.

_ esperem aí- o homem que aparentemente era o líder, fala analisando Daryl- um arqueiro. Eu respeito isso. Um homem com rifle poderia ter sido fotógrafo ou técnico de futebol antigamente, mas um arqueiro sempre é um arqueiro. Que peso de puxada tem aí? uns 70 quilos - ele pergunta puxando assunto, mas Daryl nem faz questão de responder.- quero ser mico de circo se não disparar a uns 90 metros por segundo. Andei procurando uma arma dessas. e claro que eu queria com mais munição- o homem continua seu falatório, sem se importar por Daryl estar com a besta apontada para ele.- e menos massa cinzenta.

_ arrumou algum problema, parceiro?- o mesmo homem que falou de seu colete, novamente abre a boca para provocar Daryl.

_ se puxar esse gatilho, eles vão te acertar várias vezes. É o que deseja? Qual é, cara, suicídio é burrice. Por que machucar-se quando pode machucar os outros.- Essa palavras, fez com que Daryl lembrasse de Beth. - meu nome é Joe.

_ Daryl- se apresenta.

Dito isso, Daryl abaixa a besta e encara o homem agradecendo internamente, por ter mais tempo para bolar um plano de tirar Beth da casa e fugir com segurança



Beth estava encolhida no seu cantinho do guarda- roupa, imaginando como eles poderiam sair dali, como seria nas próximas horas escondida.

Ela já cansada, deslizou com a costa até ficar sentada no chão, com a faca firme em sua mão.

Ficava imaginando como Daryl estava, como ele se virou com eles
lá embaixo.

Como se fosse a única coisa que poderia fazer, Beth começou a recorda dos momentos na fazenda, na prisão. Ela era tão feliz.

Se recordou do momento em que Maggie chegou na fazenda, uns dias antes do mundo virar o que virou.

Ela estava na faculdade e resolveu ir para a fazenda para ficarem juntos no final de semana, mas ninguém poderia imaginar que isso aconteceria.

Maggie sempre foi ousada e não tinha medo do que poderia acontecer. Beth se recorda que temeu tanto, quando ela começou a se relacionar com o asiático.

Ela se sentia tão só no meio daquela confusão da fazenda.

Maggie com Glenn, seu pai metido com as confusões de Shane e Rick que tentava controlar as loucuras do amigo.

Naquela época, sentia a convicção que seria o alvo mais fácil, que até mesmo o menino Carl, poderia ser mais útil que ela, mas quando ela se provou que queria viver, ela prometeu para si mesma, que iria viver e lutar, e hoje ela pode ver isso nela.

Beth sabia que durante do tempo em que morou na prisão, uma parte dela mudou bastante, por mais que ela ainda queria viver, não tinha exatamente uma expectativa de vida.

De certa forma ela não estava errada, eles estavam sobrevivendo a um apocalipse zumbi, como diabos ela poderia pensar em sua vida nesse sentido.

Seus sonhos sempre foi fazer uma faculdade, trabalhar, ter filhos e casar. Isso era sim sonhos impossíveis, o mais próximo que chegou, foi "criar" a bravinha. Meu Deus, como seu coração chegava a doer de tanta saudade que ela tinha daquela pequena.

Ela orava internamente todos os dias para que a pequena pudesse estar viva, com pessoas boas, de preferência, estivesse com Carl e Rick.

Trabalhar, faculdade e casamento, de fato esses sonhos não aconteceriam nesse universo. Como seu desejo de trabalhar e fazer faculdade sempre pensou em algo na área da saúde, seu pai deu um empurrãozinho, a ensinando coisas básicas, que ajudou bastante em umas ocasiões na prisão. Ela era tão grata por tudo que seu pai fez por ela e Maggie.

Acho que ele ficaria feliz em saber que ela estava viva e conseguiu fugir e sobreviver com o Dixon.

Só de pensar no Dixon, seu coração praticamente de uma leve disparada, e eu estômago revirou levemente.

Eles na prisão e na fazenda nunca foram tão próximos, mas na morte triste de Zach, Beth sentiu muito naquele abraço que ela deu nele, e surpreendentemente ele correspondeu.

Ela sabia que tinha acabado de perde um "namorado" e não entendia isso e aquele momento, mas agora depois daquele beijo, que ela deu sem pensar direito, tudo estava mais que claro em sua cabeça, ela gostava do Daryl Dixon.

Seus pensamentos foram afastados por barulhos alto de vozes e coisas quebrando por toda a casa.

Ela se levantou assustada, esperando pelo pior, temendo pelo que estava acontecendo, sem saber o que fazer, ela seguiu o que Daryl falou, para se manter quieta no lugar; o que era uma coisa a tirava dos trilhos de nervoso e raiva.

Foi nesse exato momento que a porta do quarto foi praticamente arrombada e as vozes começaram a ser mais presentes.

_ cade ela?- um homem desconhecido pergunta.

Beth soube que eles já sabiam dela, isso fez todo seu corpo gelar.

_ vamos, garota. Cade você? - pergunta novamente.

_ deve está com medo, mas eu vou te dar uma ajudinha... se você não aparecer, seu namoradinho arqueiro vai morrer- Ele fala, e Beth não podia fazer mais nada. Daryl não poderia morrer por causa dela.

_ não vai aparecer? certo... Pode matar o Dixon- o homem grita.

Beth sem nem pensar duas vezes, saiu do esconderijo.

_ espera- ela grita

O homem sorriu aberto para ela.

_ é muito melhor que eu pensava- ele fala com a voz carregada de malícia, fazendo com que Beth sentisse um arrepio subindo pela espinha.

- calma, Beth. Você é forte e vai dar tudo certo- ela sussurra para si mesma, mantendo a fé que seu pai deixou para ela

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