Segundo Capítulo

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Como eu sabia aquela “festa” só tinha velhos, até que alguns eram bem legais comigo, mas os outros são tudo rabugentos e falsos.

Foi então que a Thaís teve a ideia de beber na beira da piscina, porque sabia que ninguém ia perceber a nossa falta. Ficamos horas bebendo e conversando, até parecia uma despedida, lembramos da nossa infância e das brincadeiras que fazíamos na escola. Lembramos do aniversário de 15 anos da Thaís, nessa noite aconteceram tantas coisas.

Naquele momento eu sentir uma coisa no meu peito como se algo fosse acontecer, mas não sabia explicar!

Nós bebemos muito naquela noite, mas sempre tinha aquela pessoa que era fraca para bebida e esse era o Rodrigo que ficou bêbado rapidinho, quando deu mais ou menos uma hora da manhã, todos foram para dentro, ainda tinham alguns convidados na sala com o meu pai. Subimos pra cima, tentando ajudar o Rodrigo que estava caindo para todos os cantos, eu e a Thaís íamos dormir juntos como sempre, então logo entramos no meu quarto.

Thaís: Vou tomar um banho de banheira e com certeza eu vou dormir na banheira, se eu demorar muito, vai lá ver se eu ainda estou viva e me traz pra cama. – Apenas confirmei, quando ela estava bêbada ela fazia isso, meio que ela melhorava muito, então eu sempre deixava ela lá por pelo menos uma hora.

Estava arrumando a cama para eu e Thaís deitar, quando eu sentir alguém me abraçando por trás, tinha certeza que não era a Thaís, porque ela não tinha nada entre as pernas que ficava duro.

Rodrigo: Você não sabe o tanto que lutei para não vim aqui te agarrar – falou ele mordendo o meu ouvido me fazendo soltar um pequeno gemido.

Luke: O que você está fazendo? – perguntei quando ele começou a passar a mão na minha bunda.

Rodrigo: Vim pegar o que é meu!

Luke: Rodrigo você está bêbado então vai para o seu quarto – falei me virando de frente para ele.

Rodrigo: Eu sei que você também me quer! – Falou ele me puxando para os braços dele.

Ele me beijou, um beijo ardente e muito bom. Eu acho que morri e estava no céu, ele tinha uma pegada que meu deus!

Jonas: QUE PORRA É ESSA? – gritou meu pai na porta.

Quando eu olhei para a cara dele, vi que estava morto...

Rodrigo: Essa bicha que me agarrou tio! – quando ele falou isso ele me deu um soco na cara.

Jonas: Sai daqui agora Rodrigo, vou resolver isso agora!

Quando Rodrigo saiu, meu pai ficou andando pelo quarto, até que ele veio até mim.

Jonas: Eu tenho nojo de você! Não bastava ter matado sua mãe? Não, claro que não, tinha que me dá essa vergonha e agarrar o próprio primo? Você é um inútil, nunca prestou para nada, eu não amo você, era pra você ter morrido no parto e não a minha mulher, eu vou odiar você pra sempre!

Luke: Pai... – tentei falar com lágrimas nos olhos.

Jonas: Calado sua bicha! – falou ele me dando um soco na barriga que me fez cair no chão.

Jonas: Você é um lixo de gente e eu vou acabar com a sua raça – falou ele começando a me bater.

Foram vários socos e chutes, e eu só chorava naquele chão, esperando a minha hora, eu já não sentia mais dor, acho que eu já estava anestesiado, foram tantos que eu acho que meu corpo meio que acostumou com aquela dor!

Thaís: MEU DEUS TIO, NÃO FAÇA ISSO! SOCORRO, LUKAS SOCORRO... – ouvir a voz dela, mas parecia que estava tão longe, depois de alguns minutos ele parou de me bater, logo depois eu apaguei.

[...]

E

u acordei quando já era de manhã, eu estava na minha cama e a Thaís estava em uma poltrona que tem no meu quarto. Meu corpo todo estava dolorido, minha cabeça parecia que ia explodir. Me levantei devagar e fui até o banheiro, quando me olhei no espelho eu me assustei e comecei a chorar, aquele que eu via no espelho não era eu.

Fui tomar um banho para tirar o sangue seco que estava pelo o meu corpo, tirei a roupa lentamente, qualquer movimento que eu fazia era um dor.

Quando a água quente tocou no meu corpo, meus músculos relaxaram. Porém as lágrimas foram impossíveis de evitar, como o Rodrigo teve a coragem de fazer aquilo comigo, o que o meu irmão deve está pensando de mim? O que meu pai vai fazer comigo?

Terminei o meu banho e depois fui escovar os dentes, logo depois entrei no  meu closet para vestir algo, peguei uma cueca CK e short de dormir florido e uma regata preta.

Entrando no meu quarto percebi que a Thaís já não estava mais lá e que em cima do criado mudo tinha três comprimidos e um corpo de água. Depois que tomei, eu deitei na cama e olhando para o teto eu comecei a pensar o que seria da minha vida, acabei dormindo e sendo acordado horas depois pela Thaís.

Thaís: Acorda bela adormecida! Trouxe seu almoço – falou ela colocando uma bandeja em cima de mim.

Não falei nada, apenas comecei a comer. Estava muito faminto! Quando terminei de comer, eu olhei para ela. Ela não parava de me olhar, parece que queria perguntar algo, porém estava com vergonha, algo que é muito raro acontecer!

Luke: Pergunte logo o que você quer saber...

Thaís: O quê? – perguntou confusa.

Luke: Eu sei que você quer perguntar algo, porém está com vergonha, pergunte logo, ou melhor comece logo os xingamentos! – falei olhando para a janela do meu quarto.

Ela continuou me olhando, passaram minutos, quando eu achei que ela ia me bater, ela foi e me abraçou forte, tão forte que me fez gemer...

Thaís: Desculpa! Eu te machuquei? – perguntou preocupada.

Luke: Não se preocupe! Só me abrace – falei puxando ela e chorando no ombro dela. Fiquei muito tempo ali, apenas chorando e ela me consolando, até que ela se afastou!

Thaís: Quando eu entrei na banheira ontem eu acabei dormindo, até que eu acordei com gritos. Pensei que eu estava sonhando! Porém não era uma sonho, e me levantei para ver o que estava acontecendo, quando eu saí do banheiro eu vi aquela cena – ela parou por um instante e começou a chorar, porém ela continuou o seu relato – Quando eu vi você no chão e o tio Jonas batendo em você, eu não tive reação! Por isso comecei a gritar, e o Lukas apareceu e tirou o tio Jonas de cima de você, ninguém entendeu porque ele fez isso, até o tio Jonas começar a dizer que você estava dando em cima do Rodrigo e que bateu em você para ver se virava homem, tudo que ele falava era confuso demais, até que eu fui atrás do Rodrigo, ele estava apagado de tão bêbado que não conseguir falar com ele.

Yuri Marchal - Um Mafioso IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora