Yuri Marchal - Um Mafioso Irresistível

Nono Capítulo

Yuri: Posso saber o motivo da comemoração? - falou atrás de mim.

Luke: Seguir as pessoas é crime, você sabia? - falei girando na cadeira.

Yuri: Infelizmente não deu para resistir! - falou sentando ao meu lado.

Luke: Já que você diz...

Yuri: Será que dessa vez, você deixa eu pagar um bebida para você? - perguntou.

Luke: Acho que tenho dinheiro suficiente para me bancar nessa balada, afinal você viu o meu salário! - fui um pouco grosso, confesso!

Yuri: Pode abaixar as armas? Afinal já vi você nu! - falou mordendo a minha orelha.

Luke: Você pode até ter transado comigo - falei e dei um selinho nele - Porém posso dizer que não foi o único - dei mais outro selinho - E nem será o último - falei dando um beijo de língua nele e levantando.

Fui na direção da pista de dança, nem conhecia a música que estava tocando, mas amei as batidas. Comecei a dançar, porém duas mãos me atrapalharam.

Yuri: Por que você é assim? - falou no meu ouvido, por causa da musica alta.

Luke: Assim como? - perguntei confuso.

Yuri: Grosso, frio e defensivo!

Luke: A vida me ensinou a ser assim! - falei já me incomodando com aquele assunto, odeio falar da minha vida pessoal.

Yuri: Então deixa eu cuidar de você? - perguntou me puxando para fora da casa noturna.

Luke: Estou bem, não preciso da sua pena! - falei assim que saímos da balada.

Yuri: Eu não estou com pena de ninguém! - falou ele irritado.

Luke: Porra Yuri, por que você tem que ser assim? Eu não preciso de um psicólogo! Pra você é fácil, afinal é um filhinho de papai que nunca passou dificuldade. E que teve amor do homem que você chama de pai, POIS ISSO EU NÃO TIVE PORRA - falei quase chorando.

Ele ficou calado, apenas ficamos andando de um lado para outro na frente daquela casa noturna.

Yuri: Eu não sinto pena de você, porém você é muito misterioso, já mandei te investigar. Não acharam nada relevante, apenas consegui informações profissionais sobre você.

Ele mandou me investigar? Eu não discordo, temos que ter total controle das nossas vidas, por isso, temos que saber quem está tentando entrar na nossa vida.

Yuri: Então senhor Luke Mendes, claro se esse for realmente o seu nome! Quem é você? Pois eu não aguento mais pensar, pensar e pensar. Para depois não chegar a conclusão nenhuma!

Luke: É bem legal ficar jogando as coisas na cara das pessoas, né?

Yuri: EU NÃO ESTOU JOGANDO CARALHO NENHUM NA SUA CARA - falou gritando - Eu só quero saber da sua vida, o que aconteceu com você? Mora aqui em Nova York a muito tempo? Só seja sincero comigo, tira essas paranóias da minha cabeça...

Luke: Você quer que eu seja sincero? - ele confirmou com a cabeça - Você que pediu! Você não é ninguém, ouviu bem? NINGUÉM PARA FICAR SE METENDO NA MINHA VIDA!

Yuri: Viu? Você é sempre assim e isso está me deixando maluco.

Luke: Apenas esqueça essa conversa senhor Yuri - falei começando a andar.

Yuri: SENHOR? CARALHO SERÁ QUE VOCÊ NÃO PERCEBE QUE EU GOSTO DE VOCÊ...

Eu ouvi cada palavra, porém fingir que não ouvir e continuei a andar em direção ao ponto de táxi que tinha ali perto.

[...]

Quem achou que eu tinha ido para o meu apartamento errou, eu não ia ficar lá sozinho, a Sophia não estava na cidade.
Ela foi para uma colônia de férias, só voltaria para casa daqui duas semanas, estou com muitas saudades dela, aquele apartamento é muito silencioso sem ela, já estava até com saudades das suas perguntas estranhas, coisa normal da idade.
Eu fui para um bar, ter aquela conversa com o Yuri me deixou frágil, eu odeio me sentir assim, lembro do meu antigo eu, lembro da minha família, principalmente do meu irmão, eu sempre tento esquecer essa parte do meu passado, porém não consigo. Meu passado só me faz mal, lembrar de tudo que eu passei, de tudo que eu tive que superar para ser alguém, tudo que eu tive que deixar de lado para não morrer de fome.

Eu não sei o que seria de mim, sem o senhor Marchal. Ele me ajudou muito, e até hoje me ajuda, me ajudou com a faculdade, depois com a Sophia, me ajudou a esconder o meu passado.
Foi por isso que o Yuri não achou nada da minha vida pessoal, depois que a Sophia nasceu, eu tive medo... Então comecei a apagar o meu passado, não queria que ninguém soubesse dele e principalmente não queria que ninguém contasse nada para Sophia, a família dela é apenas eu e será assim até a minha morte.
O toque do meu celular atrapalhou os meus pensamentos.

Ligação

Eu: Oi?

Kelly: Senhor Mendes?

Eu: Sou eu!

Kelly: Desculpa ligar tarde da noite... Aqui é a nova diretoria da escola da Sophia!

Eu: Oh... Aconteceu algo com a minha princesa?

Kelly: Infelizmente sim senhor, mas graças a Deus não é nada grave!

Eu: O QUE ACONTECEU COM A MINHA FILHA!

Kelly: Senhor tenha calma, ela caiu na fazenda que estávamos, ela bateu muito forte a cabeça e trouxemos ela para hospital...

Eu: QUAL HOSPITAL?

Kelly: Vou mandar o endereço por mensagem para facilitar para senhor, estamos esperando o senhor na recepção do hospital!

Fim de ligação

As vezes eu me pergunto porque eu ainda não me acostumei, afinal estou em um hospital quase todo mês, digamos que minha filha, não é a mais quietinha da sala.
Chamei um táxi para me levar para o hospital, eu não acredito que vou para um hospital com cheiro de cachaça!
Durou mais ou menos uma hora a corrida, o hospital não era muito próximo.