Yuri Marchal - Um Mafioso Irresistível

Décimo Capítulo

O toque do meu celular atrapalhou os meus pensamentos.

Ligação

Eu: Oi?

Kelly: Senhor Mendes?

Eu: Sou eu!

Kelly: Desculpa ligar tarde da noite... Aqui é a nova diretoria da escola da Sophia!

Eu: Oh... Aconteceu algo com a minha princesa?

Kelly: Infelizmente sim senhor, mas graças a Deus não é nada grave!

Eu: O QUE ACONTECEU COM A MINHA FILHA!

Kelly: Senhor tenha calma, ela caiu na fazenda que estávamos, ela bateu muito forte a cabeça e trouxemos ela para hospital...

Eu: QUAL HOSPITAL?

Kelly: Vou mandar o endereço por mensagem para facilitar para senhor, estamos esperando o senhor na recepção do hospital!

Fim de ligação

As vezes eu me pergunto porque eu ainda não me acostumei, afinal estou em um hospital quase todo mês, digamos que minha filha, não é a mais quietinha da sala.
Chamei um Uber para me levar para o hospital, eu não acredito que vou para hospital com cheiro de cachaça!
Durou mais ou menos uma hora a corrida, o hospital não era muito próximo.

[...]

Diretora: É o senhor Mendes? - perguntou chegando perto de mim, assim que entrei na sala de espera.

Luke: Sou eu mesmo.

Diretora: Prazer sou Kelly - falou pegando na minha mão.

Luke: Teve alguma notícias da minha filha? Ela está bem? - perguntei morrendo de preocupação.

Kelly: Calma senhor! O médico falou que não foi nada grave, porém ela está medicada e só irá acordar amanhã!

Luke: Obrigado por tudo, mas você já pode ir! Irei dormir aqui com ela...

Kelly: Me liga qualquer coisa senhor Mendes.

Luke: Deixarei você informada, não se preocupe, e obrigado por tudo que fez por ela!

Kelly: Não precisa agradecer senhor - falou indo embora.

Logo fui atrás de um médico, queria dormir com a minha princesa. Estava mais aliviado com as notícias que a Kelly deu, porém queria ver com os meus próprios olhos.

Luke: Licença!? Poderia dizer quem é o médico da paciente Sophia Mendes? - perguntei para a recepcionista.

Recepcionista: Só um estante senhor, vou verificar! - falou ela mexendo no computador.

Recepcionista: É o doutor Taylor! Deseja mais alguma coisa?

Luke: Desejo que você me mostre quem é ele! - falei meio irônico, deixando ela super sem graça, não foi a minha intenção, porém aconteceu.

Recepcionista: Desculpa...

Luke: Não se preocupe, às vezes acontece! - falei interrompendo ela.

Recepcionista: Vou chamá-lo para conversar com o senhor.

Ela pegou o telefone e começou a conversar com alguém, demorou mais ou menos um minuto.

Recepcionista: Senhor? - me perguntou.
.
Luke: Luke Mendes.

Recepcionista: Senhor Mendes, ele nesse momento está um pouco ocupado, mas quando ele estiver livre, mando ele ir até a sala de espera para falar com o senhor, tudo bem?

Luke: Vou esperar ele lá! Queria saber se o cadastro da minha filha está tudo certo...

Recepcionista: O cadastro da paciente Sophia Mendes está tudo okay, porém falta a assinatura do senhor como responsável dela! Quer assinar agora?

Luke: Me entregue os papéis por favor!

Recepcionista: Aqui senhor. - falou me entregando alguns papéis.

Tive que assinar apenas três deles, e depois fui para sala de espera, esperar o médico vim me procurar.
Ele demorou um pouco, já estava querendo ir atrás dele quando ele apareceu.

Taylor: Sou o doutor Taylor, era o senhor que estava a minha procura? - perguntou um médico muito lindo, meu deus que médico é esse? Ops... Minha filha!

Luke: Sou o pai da paciente Sophia Mendes, queria saber como ela está e se eu posso dormir com ela? - perguntei me levantando e pegando na mão dele.

Taylor: O estado clínico da sua filha é ótimo, demos alguns pontos na testa dela. Não vai ter nem cicatriz, agora sobre dormir com ela e só me acompanhar que eu levarei o senhor até o quarto dela.

Luke: Obrigado! - falei começando a seguir ele.

Taylor: Posso te fazer um pergunta? - perguntou me olhando e dando um pequeno sorriso.

Luke: Faça! - acho que fui um pouco grosso com ele, já ia até pedi desculpas, porém ele fez a pergunta.

Taylor: A mãe da Sophia não vai vim vê-la? - por que será que achei essa pergunta um pouco estranha? Mas eu respondi! Vai que ele quer saber se sou solteiro.

Luke: Sou pai solteiro!

Taylor: Muito raro pais querer cuidar dos filhos, acho lindo! - falou pegando no meu ombro.

Luke: Obrigado!

Taylor: Esse é o quarto - falou apontando para a porta na nossa frente.

Luke: Obrigado por ter me acompanhando.

Taylor: Não precisa agradecer, foi um prazer.

Quando entrei no quarto fui direto para perto da cama, ela estava dormindo tranquilamente, parecia um anjo dormindo, porém acordada, vou nem dizer nada!
Passei a mão na sua cabeça devagar, não queria machucar a minha princesa, agora eu posso respirar mais aliviado, sei que está tudo bem com ela.
Me acomodei em um poltrona que tinha alí perto, tenho certeza que amanhã eu acordo todo dolorido, me fez lembrar o dia que ela nasceu, não queria saí de perto dela de jeito nenhum.
Para quem estar se perguntando como tenho uma filha, é simples, transei, engravidei e o pai fugiu. Brincadeira! Foi uma loucura, fiz sexo a três, eu, uma mulher e um homem.
Não lembro de merda nenhuma daquela noite, um mês depois a mulher me procurou dizendo que estava grávida e que eu era o pai, comecei a rir dizendo que era gay e que não teria como eu ser o pai da criança.
Aquela época foi bem louca, pois o homem que estava com a gente não podia ter filhos, aí já viu, tivemos que fazer exame de sangue, porém ela não queria a criança, então ficaria comigo!
Quando ela me falou isso, fiquei sem chão, pois nunca imaginei que seria pai. Toda a gravidez foi normal, eu ia ser pai de uma menina super saudável.
Porém na hora do parto teve uma complicação, isso me fez lembrar do meu parto. Pois teve a mesma complicação.
Infelizmente a Rayanne (a mãe da criança) não resistiu e morreu dois dias depois do parto, ela conheceu a Sophia, pediu para eu cuidar muito bem dela e depois de algumas horas ela veio a óbito.