Quarto Capítulo

1.2K 123 5
                                    

Algumas hora depois eu estava em Nova York, agora era hora de recomeçar. Peguei o meu celular que eu tinha fabricado e tinha dando um para o Lukas e comecei a usar ele, esse eu podia confiar.
Sentei no banco do aeroporto e entrei na internet procurando algum lugar pra ficar, não podia ser algo muito chique, eu tinha dinheiro para ficar em um hotel cinco estrelas, porém eu não sabia até quando teria aquele dinheiro.
Encontrei uma pensão pra jovens solteiros, nada muito chique, mas também não era algo muito ruim. Entrei no táxi e fui direto para aquela pensão.

Quando eu cheguei falei com a proprietária da pensão, uma velha chamada Mel, me alugou um dos quartos rapidamente, e eu agradeci muito a ela.

Entrei no quarto, não estava acostumado com aquela simplicidade, mas agora eu tenho que me acostumar.
No quarto tinha uma cama de solteiro, um guarda roupa e banheiro, o que eu agradeci, não queria um banheiro compartilhado.

Quando acordei no outro dia, eu desci para a cozinha depois de fazer a minha higiene pessoal, chegando lá encontrei a Mel servindo o almoço, tinha 4 jovens com ela, acho que era moradores, eram uma moça e três rapazes.

Luke: Boa tarde senhora - falei chegando perto dela.

Mel: Vem rapaz, senta aqui com eles, deixa eu apresentar vocês! Essa daqui é a Roberta - falou apontando para uma menina loira com mechas azuis no cabelo - Esse aqui é o Pedro - Falou apontando para um africano muito lindo - esse é Thomas - um nerd, parecia aqueles caras viciados em videogame - e esse é o Diego - apontou para um moreno com cara de safado, tenho certeza que esse é encrenca! - meninos esse é o Luke o novo morador.

Roberta: Prazer em conhecê-lo - falou ela me abraçando.

Luke: O prazer é todo meu - falei me afastando do abraço, odeio abraços de estranhos, não sei como reagir!

Diego: Vem senta aí, vamos almoçar que eu estou com fome!

Começamos a comer eles sempre puxavam assunto comigo, porém eu respondia apenas o necessário, e era sempre curto.

Luke: Vou voltar para o meu quarto, foi um prazer conhecê-los - falei saindo da cozinha sem esperar eles dizer algo.

Entrei no meu quarto e fui no banheiro tomar um banho, estava pensando em dá uma volta pela cidade para pensar um pouco na vida e ver se acho algum lugar que precisa de alguém para trabalhar.

Passei o dia andando pela cidade, um lugar mais lindo que o outro, acabei não procurando nenhum emprego. Eu estava precisando daquele tempo pra mim, pensei em cada passo que eu ia tomar agora, e percebi que era hora de mudar, eu ia me arriscar mais e deixar de se importar tanto com as pessoas.
.
Um novo Luke nasceu naquele momento, chega de ser um garoto frágil que acredita em contos de fadas, era hora de eu dar a volta por cima. Então fui para um shopping, era hora de mudar.
Quando cheguei no shopping, entrei no cabeleireiro, nunca gostei de deixar mexerem no meu cabelo, só eu podia fazer isso, porém acho que era hora de fazer algo diferente.

Cabeleireiro: O que vai querer senhor? - perguntou mexendo no meu cabelo.

Luke: Eu quero ele platinado, mas o corte eu deixo em suas mãos, olha lá, estou confiando em você!

Cabeleireiro: Tá bom...

Não demorou muito para ele me mostrar o resultado, eu amei, estava diferente! A cor do cabelo deu mais destaque para os meus olhos azuis. Logo paguei e fui embora!
Quando eu cheguei na pensão n'aquela noite, os meninos já estava jantando.

Diego: Nossa, amei o cabelo! Tá lindo!

Luke: Obrigado.

Roberta: Vem jantar com a gente!

Luke: Obrigado pelo convite Roberta, mas eu já comi na rua.

Mel: Tudo bem então, o que achou da cidade? - perguntou.

Luke: Ela é uma cidade maravilhosa, mas na verdade eu já estive aqui alguns anos atrás. - falei me lembrando das férias que eu viajei com a Thaís. Foi uma das melhores viagem que nós já fizemos! Depois que eu lembrei disso, eu fiquei triste! Sentir saudades da minha prima maluquinha.

Pedro: Está tudo bem? Do nada você ficou com uma expressão de tristeza! - perguntou preocupado.

Luke: Tudo bem sim, só estou cansado. Vou subir para o meu quarto para descansar um pouco, licença! - falei indo em direção da escada para subir para o segundo andar. Mas antes que eu começasse a subir as escadas, eu escutei eles falando de mim.

Diego: Esse rapaz é estranho demais, se eu fosse a senhora ficava de olho nele.

Roberta: Para de besteira, ele deve ser tímido ou está passando por um situação complicada retardado.

Não terminei de ouvir o que eles falavam de mim, eu não me importava. Entrei no meu quarto e coloquei uma roupa mais confortável para eu dormir, sentei em uma poltrona que tinha naquele quarto e peguei um livro para eu ler. Estava muito concentrado naquele livro, era muito bom!
Um tempo depois escuto batidas na porta e logo em seguida Roberta abre à porta.

Roberta: Posso entrar? - perguntou tímida.

Luke: Pode sim, fica à vontade!

Roberta: Eu queria saber se você está bem mesmo, porque você não parecia muito bem agora a pouco - falou sentando na cama.

Luke: Não precisa se preocupar, eu estou bem, apenas lembrei da minha antiga viagem pra cá.

Roberta: Eu sei que não está bem, você está parecendo eu quando eu fui expulsa de casa, eu era sempre quietinha na minha e não falava muitas coisas, não usava meu sobrenome de jeito nenhum, dava vontade de tirar ele, eu tinha vergonha do meu sobrenome.

Luke: Okay, eu não estou bem, tive que vim pra Nova York depois que eu descobri que meu pai ia me colocar em uma clínica - ela me olhou assustada - eu sou gay e ele descobriu recentemente, acho que ele só usou essa desculpa para me ver longe de casa, ele me culpa pela morte da minha mãe, por ela ter morrido no meu parto e do meu irmão gêmeo, porém ele me culpa pela morte, por causa de um erro médico, eles pensavam que ia ser apenas um bebê, mas eu também vim e deu no que deu, agora eu sou um órfão de pai e mãe, eu não tenho mais família! - quando eu falei aquilo, me fez bem. Me ajudou muito colocar para fora o que eu estava pensando.

Roberta: Sua história é ainda pior que a minha, porém eu vou ajudar você, não se preocupe! Ninguém saberá da sua história pela minha boca e vou ajudar você arrumar um emprego, porque algo me diz, que você não tem muito!

Luke: Na verdade eu tenho um bela quantia em dinheiro, posso viver muito bem por alguns meses, antes de vim pra cá eu roubei o dinheiro que estava no cofre do meu pai - falei rindo.

Roberta: Meus Deus, eu queria ver a cara do seu pai quando perceber que foi roubado pelo filho "viado" - falou ela também rindo e dando aspas no viado.

Yuri Marchal - Um Mafioso IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora