"Vamo que Vamo."

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__ Boa sorte lá.__ Beijei a boca dela.

__ Se comportem aí, nada de brigar com o Vavá! Sei que aquele maluco não tem papas na língua, mas brigar hoje nem em pensamento sr. Martin.

__ Tudo bem amor!

Vi ela descer as escada ajeitando a mochila com caveirinhas nas costas, papai já á esperava na caminhonete, o que ficou mais fácil para repassarmos o plano. Enquanto Aja clocava em prática o plano de distrair papai, eu, Vavá e Simon ajudávamos Bah, á organizar tudo para a festa surpresa. 

__ Nick vem não é?__ Simon perguntou.

__ Depois das burradas que ela fez, acho que ela esta com vergonha de aparecer por aqui.__ Bah disse.

__ Esta tudo bem Bah. Já esquecemos, e Nickole já deve ter entendido o recado.


#Aja P.O.V

__ Iremos organizar as coisas da fazenda, pagar ao banco, e a tarde passaremos na clinica.__ Tio Alfred disse.

__ Esta bem tio.

__ O que acha de ir comprar besteiras?

__ Mais tarde. Quero aprender com o senhor sobre a fazenda.

__ Você é uma menina muito boa Aja. Seus pais devem ter muito orgulho de você.

__ Nem tanto tio.

Aquela manhã foi passando de forma complexa, aprendi muita coisa, e cada vez mais eu me apaixonava por aquele lugar calmo e complexo. Tio Alfred é o homem mais honesto e simpático que conheci.

__ Vou comprar alguns doces ali tá?

__ Não acha que é melhor almoçar não?__ Tio Alfred perguntou no consultório do doutor Ramon.

__ Não estou com fome não tio.

Enquanto tio Alfred esperava calmamente a sua vez de ser atendido, fui até o pequeno mercadinho em frente a clínica e comprei varias guloseimas, aproveitei para ligar para o Theo.

__ E aí? Como estão as coisas?

__ Bah já fez todos os doces e salgados, só está a esperar o bolo assar. Vavá esta há cozinhar para o jantar, ele e Simon estão brigando pra ver quem cozinha melhor.

__ Isso é surpresa até para mim. Simon e Vavá cozinhando? E você? Também sabe cozinhar?

__ Digamos que sim!__ Ele gargalhou.__ Tenho que ir amor, os garotos estão esperando por mim.

__ Tudo bem. Até mais tarde, quando estivermos saindo eu mandarei uma mensagem.

__ Tudo bem, ficarei atento. Te amo.

__ Também te amo Cowboy.

Voltando para o consultório, acabei me esbarrando com Alonso. Desde o dia da festa no vilarejo que não nos encontramos, e pra falar a verdade, eu não queria vê-lo nunca mais. Theo me avisou sobre ele, e eu devia tê-lo ouvido, afinal, depois da experiencia que tive em minha vida, era para mim viver desconfiada.

__ Oi Aja.__ Ele se aproximou.

__ Se afasta.__ Caminhei depressa.

__ Que foi? Esta com medo de mim?

__ Não estou com medo, apenas sei que você é um idiota que não sabe o significado da pequena palavra "não".__ Adentrei o consultório.

__ Aja, esta tudo bem?__ Tio Alfred apareceu olhando diretamente para Alonso.

__ Aquele idiota estava me perseguindo.__ Vi o mesmo voltar de onde veio.

__ Cuidado com ele.

Tio Alfred é um homem alto e forte como Theo, seus olhos verdes como os de Simon expressam sensatez e bondade. Ele é um homem bonito e bom, não entendo porque não se casou outra vez depois da morte da mãe dos meninos.

__ Tio, o senhor ainda sente saudades da mãe dos meninos?__ Ele me olhou e sorriu.__ Como ela era?

__ Bom! Sinto muita falta da Charlie com toda a certeza. Ela era a garota mais extrovertida e com pensamentos positivos que conheci. Você me lembra muito ela.__ Acabei sorrindo.__ Charlie tinha os cabelos longos e super cacheados, pretos como os de Theo, ele é o que se mais parece com ela, até no sorriso. A conheci numa viagem que fiz para fora, estava indo para Boston e meu carro quebrou pouco antes de chegar na cidade.

__ O senhor foi de carro até lá?

__ Sim! Ela me deu uma carona e tagarelava que só ela. Acabei saindo com ela durante as duas semanas que fiquei em Boston, e voltar sem ela foi a pior escolha da minha vida, e a melhor também, porque foi sem ela que eu entendi que Charlie era a garota certa para mim. Então voltei e fiquei  o tempo necessário para saber se ela aceitava ou não se casar comigo, e ela era louca o suficiente para aceitar se casar com um cara como eu. Um Cowboy texano namorando com uma garota da cidade? Foi o assunto do vilarejo por um longo tempo. Nos casamos e logo veio o Theo, três anos mais tarde Simon nasceu, éramos felizes, Charlie era tudo pra mim. Até  que três anos depois, ela engravidou do Álvaro, descobrimos no terceiro mês de gestação que ela estava com câncer no ovário, e tínhamos a difícil missão de escolher entre abortar ou seguir com a missão de continuar a gestação, mas corria riscos de ela não suportar até a chegada do Álvaro. Charlie suportou, Charlie preferiu o Álvaro, era a vontade dela que o nosso menino nascesse, ela não se conformava com a possibilidade de tira-lo, e suportou tudo firmemente por ele. Álvaro nasceu prematuro, e uma semana depois dele nascer, perdemos a Charlie, eu passei os últimos anos da minha vida me dedicando aos meus filhos, não me permiti amar mais ninguém, afinal se eu não podia ser feliz com a mulher na qual amei, não seria com mais ninguém a não ser com meus filhos.

__ Eu sinto muito por tudo tio. Eu queria muito tê-la conhecido.

__ Ela iria amar conhecê-la.

Sorri para ele que parecia emocionado. Tio Alfred foi chamado e demorou um pouco até sair da sala do doutor Ramon com alguns papeis, possivelmente para exames, olhei a hora e já passava das cinco da tarde, vai demorar um pouco até chegarmos na fazenda mais tudo bem, o bom é que vai dar tudo certo. Tio Alfred acha que nada demais vai acontecer hoje a noite, pelo fato de termos levado café da manhã pra ele hoje  e termos cantado parabéns.

__ Vamos?__ Ele disse.

__ Claro!__ Peguei meu celular.__ Vou apenas mandar uma mensagem pra tranquilizar os meninos, já que passamos o dia todo fora.

__ Tudo bem!

__ "Então Theo, eu e meu tio já estamos saindo, não se preocupem, está tudo bem. É apenas isso, vamo que vamo."


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Olá, aqui é Lee Fernandes. Visitem aí a pagina da minha amiga @PolyFaier e deem uma forcinha a ela por favor. Ela tem ótimos livros.

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