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(S/n) PoV.

Sanji segurou minha mão firmemente, para que não nos perdessemos, e foi em busca de encontrar as portas do elevador. Quando o achamos, havia um aviso na porta dizendo que estava com defeito.
— Como está com defeito? Viemos nele pra cá a uns 30 minutos.— Sanji resmungou.
— Vamos pelas escadas.— Sugeri. Ele consentiu.
Fomos até a porta que levava para os andares acima, mas fomos barrados por um segurança, ele perguntou nossos nomes, pensou por um momento, e nos deixou passar.
— Acha que Bugsy disse nossos nomes para ele?— Perguntei.
— Provavelmente. Então ele sabia que o elevador estava quebrado...?— Sanji pôs a mão no queixo.— Bem, vamos,se o segurança nos deixou passar, provavelmente quer conversar conosco a sós.— Sanji subia os degraus em um ritmo rápido, eu tentava manter a mesma velocidade, mas o vestido não ajudava.
— É... Como vamos saber qual é o andar certo? E... Pode andar um pouco mais devagar?
— Oh, desculpe.— Ao mesmo tempo, a porta do segundo andar se abriu, e Bugsy apareceu.
— Ah, então são vocês!— Ele sorriu de braços abertos.— Venham, entrem!
Adentramos na sala, aparecia algum tipo de escritório. Havia uma escrivaninha no centro com alguns papéis encima. Além de sofás vermelhos, que combinavam com as cortinas rústicas que cobriam as enormes janelas.
Bugsy sentou em um dos sofás e despejou vinho em uma taça e a bebeu, em seguida a colocou na mesa de centro a sua frente e encheu mais três taças. E nos convidou para sentar.
Sanji mantinha seu olhar sério, aquilo era estranho, estou acostumada a o ver cantarolando "Mellory! Mellory!" Por aí, parecendo um idiota. Bugsy pegou a sua taça e tomou outro gole, e estendeu a outra para mim, que neguei, (não sou muito de beber) e se virou para Sanji.
— Queria conversar sobre o quê?— Sanji esbravejou.
-- Primeiramente, queria pedir desculpas a vocês pela minha interrupção.-- Olhei confusa para Sanji, mas ele mantia os olhos em Bugsy.— Segundo, já ouvi falar no bando de vocês, conhecia a todos, menos este rostinho.— ele apontou para mim.— por acaso não a encontraram andando pela ilha, não?
— Não. (S/n)-chan é a nova integrante dos Chapéu De Palha. Por quê? Não poderíamos encontrar ninguém circulando por aí?— O cozinheiro falou rispidamente.
— Como disse antes, a ilha é um local perigoso.— notei uma pequena gota de suor descendo em sua testa.— tenho medo de que viajantes desinformados cheguem até aqui e sejam atingidos pelas terríveis tempestades...
— E então por que fez seu estabelecimento aqui?— Sanji mal o deixava terminar.
— Vi que a Marinha não dava muita atenção para aqui, e que nesta parte montanhosa da ilha não era tão atacada pelo clima. E o meu bar era apenas algo temporário, hoje é sua festa de um ano, mas também não pretendo mantê-lo aqui por muito tempo.
— Pretende o levar para outro lugar?— Finalmente me pronunciei.
— Provavelmente. Achei que levaria mais tempo para sair do radar do governo, mas até que foi fácil... Vou expandi-lo aos poucos até que meu nome não seja mais reconhecido, aí terei paz.
— Caçadores de recompensas vem buscar sua cabeça com frequência?— Cruzei as pernas e apoiei a cabeça em uma das mãos.
— Não. Só amigos piratas e mafiosos sabem a localização.
— Então todas as pessoas lá embaixo são criminosos?— Perguntei
— Exatamente.— ele sussurrou, e deu um último gole em seu vinho.-- Janette, traga mais uma garrafa!— A moça apareceu das sombras da sala. Ela usava um vestido com tons de rosa, amarelo e laranja, era colado e tinha fendas que iam do tornozelo até a cintura. Ela colocou a garrafa na mesa e se virou para Sanji.
— Nya... Não sabia que o senhor estava conversando com nossos convidados...— ela se aproximou e puxou a gravata para fora do terno de Sanji.— Especialmente um tão bonito assim..— Ela começou a brincar com a gravata dele, Bugsy faz um sinal para que ela se sentasse ao seu lado, e assim fez. Estava me sentindo desconfortável, não sei o porquê. Apenas me encostei de volta no sofá.
_ E então?-- Bugsy continuou.— O que mais querem saber?
— O que vocês querem saber?— Sanji rebateu.
— Por que vieram até aqui?— O homem respondeu.
— Meu capitão é bem... Animado. Ele queria apenas esticar um pouco as pernas. Só que, quando chegamos aqui, achamos o lugar um pouco estranho. De resto, acho que você já sabe.
— Hm...— Deu mais um gole em sua bebida.— Mais alguma pergunta?
— O que vocês querem com a gente?-- Respondi.
— Ah, ainda bem que perguntaram. Irei mostrar a vocês.— Ele se levantou.— Venham.
Sanji andava a minha frente. Antes que percebesse, Janette estava atrás de mim, segurando meus ombros. O seguimos até que as luzes se acenderam, vimos Nami e Jimbe desacordados em duas camas.
— Nami!— Corri até cama hospitalar. Ela estava pálida como um fantasma.— O que aconteceu com-— me virei e vi que a assistente estava com o clima tact de Nami.
— Muito legal essa arma da sua amiga.— Provocou ela. Joguei meu chicotes até o objeto e o agarrei, mas ela tinha uma enorme força, subi meus olhos até o seu rosto e me deparei com dois olhos de gato. Me assustei e soltei o clima tact.
— O que vocês fizeram com eles?!— Sanji gritou enfurecido.
— Traga mais soldados.— Bugsy falou em um den den Mushi.— Eles não vão escapar.
Entraram mais doze homens pelas portas laterais. Não tínhamos escolha a não ser lutar. Com dois chicotes, segurei as pernas de dois homens e os joguei contra a parede, olhei para  trás por alguns segundos e vi Sanji acertar o rosto de outro com um chute bem dado, o homem ficou inconsciente na hora. A força dele era surpreendente.
Mais e mais soldados entravam na sala. Não tínhamos mais alternativas, seria melhor sair de lá o mais rápido possível e avisar a todos da tripulação de que estávamos em perigo do que ficar lá e provavelmente sermos sequestrados. Sanji veio correndo em minha direção, me pegou no colo e pulou de uma das grandes janelas, protegendo minha cabeça dos cacos que estavam voando. Quando percebi que estávamos caindo, segurei uma das sacadas acima com minha arma, e pousamos lá.
— Merda...— Sanji murmurou.— Não posso deixar eles lá encima... (S/n)-chan, fique aqui, vou voltar lá e acabar com aquele...
— Não, fique aqui.— Segurei a sua mão.— E se ele capturar você? Por enquanto, temos que avisar a todos que esse cara não é quem parece, vamos atrás dos nossos companheiros antes que ele capture mais pessoas.— Com um pulo, me sentei no parapeito.
— Cuidado...
— Vamos?— Estendi minha mão em sua direção, com a outra, amarrei a ponta do chicote em um dos pilares da sacada.
Sanji segurou minha cintura e pulamos de andar em andar até chegar ao primeiro, onde a festa acontecia.

Freedom Is All I Want- Imagine SanjiOnde histórias criam vida. Descubra agora