XXIII

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— Há quanto tempo, Chapéu de Palha-boy.
— Ivan-chan!— Luffy correu e abraçou a grande rainha Okama.
Enquanto isso acontecia, notei a falta de uma pessoa.
— Você non havia me contado que erra irrmon de Sabo.
PS: IvanKov tem sotaque russo.
— Naquela época eu ainda não sabia que ele estava vivo!
Deixei eles conversando e sai em busca de quem estava faltando. Já imaginei que havia encontrado outra passagem secreta em algum canto da cidade e entrara nela, porém, para o meu alívio, ele estava apenas escondido no quarto.
— O quê está fazendo aqui? Estão todos lá fora.
— Não estou muito afim disso hoje.— Notei em seu tom que, estava escondendo algo.
— Hm...— sentei na cama. Senti seus dedos correrem pelos fios do meu cabelo solto.
— Posso... Posso traçar seus cabelos?
O olhei, confusa.
— Trançar meus cabelos?
— É... Eu fazia tranças no cabelo da minha mãe quando era pequeno.- Disse Sanji, com um quê de ternura e nostalgia na voz.
— Ah, pode.
Ele se sentou atrás de mim, pegava as mexas do meu cabelo com tanta delicadeza que parecia ter medo que as desmanchasse.
— Acabei.— Acrescentou deixando um beijo em meu ombro. Me virei para ele, que retirou alguns fios de cabelo soltos do meu rosto.
— Como fiquei?
— Linda.— Passou a mão pela minha bochecha, depois pela orelha, e minha nuca, me empurrando para seus lábios. Depois se afastou e segurou a minha mão.— Você me lembra ela,— Levantou seu olhar para mim.— Minha mãe. Você é carinhosa e gentil, como ela. Hm... Espere um pouco.
Sanji se levantou e fui atrás, curiosa. Ele abriu o seu armário rapidamente, só que não esperava que,– pela cara de espanto que fez – uma pilha de revistas... Suspeitas cairia para fora do armário. Sanji olhou para mim com o rosto pálido, como se sua alma estivesse deixando seu corpo.
— Ahn... I-isso é... Um amigo me... Pediu para guardar pra ele...— Levantei uma sombrancelha.— N-não é nada do que você está pensando...
Soltei um suspiro.
— Não esperaria menos. Era isso que queria me mostrar?
— Não!— Disse agora, com o rosto vermelho como um pimentão. Se agachou para esconder o rubor e pegou as revistas do chão.— Já faz muito tempo que não vejo isso. Vou jogar fora... Prometo.— As jogou no fundo do armário e continuou a procurar, quando puxou algo com força, sorriu com os olhos brilhando diante do pedaço de papel, e o mostrou para mim.

— As jogou no fundo do armário e continuou a procurar, quando puxou algo com força, sorriu com os olhos brilhando diante do pedaço de papel, e o mostrou para mim

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Sanji PoV.

— Essa é... A sua mãe?— Assenti.— Uau, Sanji! Você é idêntico à sua mãe!
— Acha mesmo? Sempre a achei tão linda.
— Own, você era tão fofinho...
Tentei mudar de assunto para que não ficasse muito emocionado.
— Minha irmã me deu quando nos vimos há alguns meses.
— Você tem uma irmã?
— Sim... Achei que tivesse te contado. Seu nome é Reiju. Ela já me ajudou muito, espero que a conheça algum dia.— A abracei pelas costas.
— Por que não deixa a foto em um porta-retrato?
— Tenho medo de perder, ou de rasgá-la. É a última lembrança que tenho dela.
— Ela não vai se rasgar se ficar no porta-retrato.
— Acho que a senhorita se esqueceu que durmo no mesmo quarto que Luffy.— Brinquei.
— Ah é mesmo, tinha me esquecido.— Riu.— Mas vai perde-la se deixar desse jeito. Hm...— Ela correu os olhos pelo quarto. Avistou algo na mesa, o pegou e me entregou.— Aqui, fita adesiva, coloque na porta do armário. Assim.
— Boa ideia.— Adesivei a foto ao armário como ela havia falado.— Venha, vamos nos sentar.
A trouxe para a cama.
— Como posso continuar acordando sozinho depois de ontem?— Comecei, deitando sobre a cama.— Obrigado por deixar eu dormir com você, mesmo sendo um idiota.
—Tá, tá, tá. Ainda não sei por que você ficou insistindo em algo tão bobo.
— Não devia ter insistido mesmo.— A deitei ao meu lado.— Hoje, quando acordei, estiquei meu braço para abraçá-la, mas então lembrei que você não estava do meu lado. Qua-
Fui interrompido por um beijo. Ela levou meus braços até sua cintura, me sentei e a puis no meu colo, passei meus lábios de sua orelha até seu ombro, e voltei o caminho deixando uma trilha de beijos. Fui dar um beijo em seus lábios, mas ela se afastou e saiu da cama.
—... Vamos lá, IvanKov está aqui e... Acho que Luffy gosta muito dela... Pelo menos a cumprimente, Sanji.
Ela trocou de assunto rápido. Achei estranho.
— Já estou indo, pode ir na frente.
E saiu apressadamente do quarto.

(S/n) PoV.

Por mais que já estivesse acostumada com todos aqueles beijos, fiquei desconfortável. Como posso ter certeza de que ele não se imagina fazendo isso em uma daquelas lindas mulheres das revistas? Não havia me incomodado tanto quando vi, mas parando pra pensar agora...
— (S/n)!— Usopp apareceu enquanto eu saia do quarto.— Estava te procurando, venha, vamos voltar ao covil dos revolucionários, Ah... E onde está o Sanji?
— Estou aqui.— Sanji apareceu na batente da porta, arrumando o cabelo. A irritação em seu tom era notável.— Vamos.

— Oh, Sanji-boy. Estrranhei que ainda non havia o visto.
— Você...— Resmungou o cozinheiro.
— Vocês dois se conhecem?
— Si...
— Não!
— Ei, vocês aí! Vamos logo!

— Todos chegarram aqui à salvo?— Perguntou IvanKov, enquanto andava com rapidez pelos corredores.
— Sim, acabei de relatar à Dragon.— Disse August, parando em frente a uma porta.— Entrem.
Adentramos na sala, havia uma extensa mesa, estantes de livros e um mapa da ilha estendido por cima dela.
— Vamos começarr, as divisons dos exérrcitos serron nos seguintes grrupos.

Depois de todas aquelas divisões de batalhas e exércitos, IvanKov continuou conosco, falando sobre alguns locais seguros que poderíamos nos esconder ou treinar até a luta, quando chegou perto do lugar onde eu estava sentada, e me dirigiu um olhar questionador.
— (S/n) do chicote das sombrras, hm... Conheço seu rosto de algum lugarr.— Seus olhos iam do cartaz em suas mãos até meu rosto.— Definitivamente non é do carrtaz.
O Okama andava em círculos observando a sala. Senti o braço de Sanji passando pelo meu ombro e me dando um beijo no rosto, IvanKov se virou para nós.
— Namorrados?
— Sim.-- Respondeu Sanji, rispidamente, eu apenas fiz que sim.
— Entendo. Tibany e Carroline ficarram trristes quando saberrem.
Tibany e Caroline? Sanji nunca falou sobre garotas com esses nomes. Baixei o olhar e mexi no cabelo.
— Iihá!— IvanKov pulou.— Sim, é daqui que à conheço!— Atravessou a sala até uma das estantes, e pegou uma foto e um colar com um pingente de prata grande e o trouxe até onde estava sentada.— Conhece este homem, querrida?
Peguei a foto de suas mãos, era aquele mesmo homem do porta-retrato do submarino da marinha, e senti a mesma coisa.
— Sinto que o conheço, mas não consigo me lembrar direito...
— Talvez você reconheça por esta outrra foto.— Abriu o pingente do colar, nele, havia uma pequena foto, do mesmo homem, com roupas mais casuais, e uma garotinha nos braços, quando a vi, já senti as lágrimas marejando meus olhos. Era eu.

— Papai... Papai...
Não chore, gatinha. Já irei voltar, preciso fazer isso, preciso defender as pessoas inocentes que estão sendo ameaçadas injustamente. Enquanto estiver fora, ajude sua mãe com o que for, ok?
Uh... Hum...
Quando sentir saudades de mim, olhe para onde o sol nasce, estarei lá, esperando você.

— Tudo bem, (S/n)-chan?— O cozinheiro segurou minha mão, preocupado.
— Ele é... Meu pai... Meu pai! Agora me lembro! Espera... Meu pai era da marinha... Por que tem uma foto dele no esconderijo dos revolucionários?
— Seu pai chegou aqui há alguns anos atrás, como um fuzileiro da marinha, mas, após descobrir coisas que não gostaria de saber sobre o Governo Mundial, veio para o nosso lado.— August apareceu na porta.— Ele começou apenas como apoiador da causa, depois, nos dava informações diretas do capitão da base, virando assim nosso infiltrado. Por causa dele, conseguimos descobrir várias coisas que acarretaram para o planejamento desta guerra, além disso, com ele, percebemos o quanto o capitão da base, Britts, era corrupto e ganancioso, sem sequer se importar com os cidadãos desde que pudesse controlá-los ao seu favor, e o Sniths, bem, ele não se importa se os habitantes estejam passando fome, desde que seus bolsos estejam cheios de dinheiro. Essa é a paz deles, ou melhor, pra eles.
Voltei meus olhos para a foto dele. Em seu peito, havia um crachá escrito: "Carter Workwood." Como não tinha percebido isso antes? Aquele era o nome de meu pai.
— Quando Britts descobriu que Carter era, na verdade, um revolucionário, não deixou passar, algo que ele odeia é ser feito de trouxa. Seu pai tinha um senso de justiça enorme, e lutou bravamente naquele dia, mas infelizmente, não sobreviveu. Esse tipo de coisa não acontece só aqui, milhares de outras ilhas estão sendo ameaçadas por pessoas que vestem essa máscara de: "bom samaritano", e essa não é a justiça que queremos. Por isso, vamos começar derrubando o domínio do Governo Mundial nestas pequenas ilhas, para depois atacá-los diretamente.
Senti uma chama arder em meu coração. Queria justiça.

Freedom Is All I Want- Imagine SanjiOnde histórias criam vida. Descubra agora