(S/n) PoV.Não conseguia falar.
Não conseguia chorar.
Não sentia nada.
Só um vazio.
Ainda dava para escuta- lá rindo. Ela realmente vai me vender, não é? " Preparei ela a vida inteira" essa frase ecoava em minha cabeça. Então era por isso que me obrigava a estudar, não me deixava sair de casa ou desenhar. Por quê? Por que as lágrimas não saem? Por que ela tem que me vender? Nós somos tão pobres assim? Que estranho. Ela parecia tão animada no den den mushi. Nem parecia que estava vendendo a própria filha a um bando de desconhecidos. O que diabos são tenryuubitos?
Várias perguntas ecoavam na minha cabeça enquanto me afastava da casa.
Só volto a realidade quando percebo Nami me cutucando nos ombros.
— (S/n)? Você está bem? Por que está com essa cara?
— Eu-— Quando finalmente consegui dizer alguma coisa, me afoguei em lágrimas.
— Vamos voltar ao Sunny antes que aqueles caçadores retornem. Nós ficaremos mais confortáveis lá.
Robin nós guiou até o navio do bando. Ainda havia alguns membros que não tinha conhecido. As meninas me levaram até o quarto delas e me perguntaram novamente o que havia acontecido.
— Minha mãe está.... Minha mãe... Está me vendendo...— Elas se entreolharam, confusas.
— Explique isso direito, (S/n).— Nami segurou meus ombros.
— Ela disse... Que me venderia a... Uns 'tenryuu' alguma coisa...— Ainda soluçava.
— Tenryuubitos?!— Robin exclamou. Ao mesmo tempo, ouvimos batidas soar na porta.
— É o Sanji. Posso entrar?— Nami andou até a porta e a abriu. O homem me trouxe um copo de água e perguntou se estava bem. Dava para ver as cabeças de Luffy, Chopper, Brook e Usopp espiando na porta.
Peguei o copo e tomei alguns goles, e me virei de volta a Robin.
— Como você sabia, Robin?
— Tenryuubitos são descendentes dos reis que criaram o governo mundial a 800 anos atrás.— Deu uma pausa.— O governo os considera uma "existência divina" por conta disso, podem fazer o que quiserem. Desde escravizarem pessoas, comprar esposas ou até não respirar o mesmo ar que "pessoas normais" respiram. Enquanto estive trabalhando pro exército revolucionário, descobrimos que muitos pais vendem suas filhas aos tenryuubitos pois são extremamente pobres e vivem uma vida de escassez completa. Mas, você disse que sua mãe sempre te obrigou a estudar, certo?— Acenei positivamente com a cabeça.— Ouvi bastante sobre isso também. Pode ser um pouco duro de se ouvir, mas, acho que essa foi sempre a intenção de sua mãe, (S/n).
Eles procuram mulheres jovens e muito inteligentes. É possível que sua mãe a estaria treinando para este momento. O que mais ela disse no den den mushi?
— Ela disse... Que são Charlos irá ''me amar", e que ele virá me buscar amanhã. O preço era de 120.000.000 de berries. Mamãe ficou extremamente animada quando a disseram sobre o preço... Me sinto tão... Sozinha... Enganada... Ela sempre me dizia para estudar pra ganhar um ótimo emprego e realizar meu sonho, e no final era tudo mentira...
— Ei, não fique assim, (S/n), você não está sozinha! Você ainda tem a gente!— Chopper tentou me animar, mas sem sucesso. Só que, no final era verdade, com eles, me sinto confortável em compartilhar meus pensamentos, sei que eles não iriam me julgar. É como se conhecesse eles a meses, e não há apenas algumas horas. Chopper me abraçou e retribuí. Então ouvimos um estrondo ensurdecedor seguido de um silêncio amedrontador vindo do deck.
— O que foi isso?_ Usopp gritou, assustado.
— Oe, Jimbe? Franky? Marimo?— Sanji saiu do quarto os chamando, sem resposta.
Foi quando ouvimos um dos mísseis de Franky, seguido por um pedido de ajuda.
— Venham todos aqui fora! Os caçadores nos seguiram!
— Os caçadores nos seguiram? Ah, merda. É tudo minha culpa. Agora meus únicos amigos estão em perigo por minha causa...— Coloquei as mãos no rosto, quando senti uma mão em meu ombro.
— Não se preocupe. Meus companheiros dão conta disso.— Era Luffy.— Eles são muito fortes, shishishi! Nós vamos te proteger, você é nossa companheira também. Agora vamos chutar algumas bundas!— Disse, estendendo a mão para mim.
— Eles estão vindo!— Brook gritou.
— Usopp, leve-a para algum lugar seguro, nós cuidamos deles!— Luffy ordenou. Por mais idiota que o garoto do chapéu de palha parecesse, ele ainda era o capitão.
— Por que eu?... Ok, ok. Vamos, (S/n)! Por aqui!
O atirador me puxou pelo gramado do navio, e, quando alguns homens estavam vindo nos atacar, ele pegou seu estilingue e acertou algumas pop grens em seus rostos.
— Hissatsu: Midori boshi!— Uma cortina de fumaça se instalou no local, nós dois corremos pela pequena praia até chegar a floresta de grandes carvalhos. Corremos até o coração da floresta, mas, estávamos sendo seguidos. Eram muito mais homens do que da última vez. Eram de 40 a 50. Parte de mim falava para apenas correr. Outra dizia para ficar e lutar. Mas... Lutar como? Nunca peguei numa espada ou algo do gênero, e, com certeza era muito fraca para lutar com os punhos. Ouvi um grito. Usopp havia sido atingido por algo. Eles realmente estavam nos seguindo. Ele me disse para continuar correndo, e assim fiz. Eles não querem nada com Usopp. Subi numa árvore e fui indo de galho em galho com intenção de despistar os homens. Fui quando meu pé escorregou e minha única escolha foi me segurar em um cipó. O cipó estava quase arrebentando, e os homens, que já haviam me localizado, vieram correndo em minha direção, a sorte foi Usopp ter atirado outra munição neles antes de terem me alcançado. Fui de cipó em cipó, e reparei que tinha uma estranha abilidade em agarrar cada cipó. Até mesmo prender os soltos devonta nas árvores. Mas não tinha tempo em pensar nessas coisas. Fui saltando até que consegui enxergar algumas luzes que provavelmente eram da cidade, e uma silhueta.
— (S/n)?— Era a voz de minha mãe.
Congelei e cai no chão. Ela correu e me abraçou.
— Estava tão preocupada! Ainda bem que está bem!— Não conseguia me mexer.
— Fiquei sabendo que você estava com piratas... Eles te machucaram? Me contaram que eles te sequestraram e te levaram até o navio deles, não é?
— Na.. Não! Eles não me sequestraram! Eles são... Meus amigos!— Me levantei, separando de seu abraço.
— Piratas? Seus amigos? Você está ficando louca? Acho que eles fizeram uma lavagem cerebral em você-
— Mãe.— Interrompi, com um tom seco.— Nós somos realmente tão pobres assim? Para você ter que me vender?— Ela ficou pálida.— Pelo que eu me lembre... Nós nunca passamos fome ou dificuldades tão grotescas a ponto da senhora ter que me vender.
— Aqueles piratas te fizeram uma lavagem cerebral! Agora você está delirando! Eu te amo. Eu nunca te venderia...— Ela passou a mão pela minha bochecha.
— Nem por 120.000.000 de berries?— Me afastei novamente.— Escutei a sua ligação mais cedo mãe. Você estava claramente me vendendo aos tenryuubitos. Não tente esconder.
— Eu fiz isso pelo seu bem. Nunca faria nada que te fizesse mal. Você terá uma vida maravilhosa em Mariejoa-
— Não! Não vou a lugar nenhum! Quero ser livre! Não quero casar com alguém que não amo! Se... Se eu ir para Mariejoa... Nunca serei livre!
— Quem precisa de liberdade? Você Será a esposa de um tenryuubito! Será rica e nada lhe faltará pelo resto de sua vida!
— Não! Você não é dona da minha vida!
— Já chega! Você vai me obedecer sim, e amanhã você irá para Mariejoa conhecer seu novo marido! Ela agarrou meu braço e puxou meus cabelos.
— Me largue!
— Seis fleur:Twist!— Apareceram seis braços em torno de mamãe. Dois no pescoço. Dois no torço. E dois nas pernas. Os braços que estavam no pescoço fecharam a sua boca. Os que estavam em seu torço, imobilizaram seus braços. Os que estavam nas pernas, as puxaram, fazendo-a perder o equilíbrio.
Olhei para trás e todos os membros da tripulação estavam ali. "Eles já acabaram de lutar?" pensei.
— Pessoal... Obrigada...—Sorri.
— Ainda não acabou.— O espadachim olhou aos arredores, e notei que mais caçadores haviam chegado.
A luta tinha apenas começado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Freedom Is All I Want- Imagine Sanji
FanfictionEstava presa. E não percebia nada. Não ousaria enfrenta-lá. Até que aquele dia em que nós brigamos e eles me mostraram o que é viver de verdade. Posso ter certeza de uma coisa. Viver presa não é viver. A partir de hoje, serei mais livre que os pássa...