Freedom Is All I Want- Imagine Sanji

VI

(S/n) PoV.

-Vamos ao trabalho!- Nami ordenou.
-Nami... Por que temos que limpar o Sunny?- Luffy perguntou, desanimado.
- Quer viver num chiqueiro?!- Respondeu dando um soco em sua cabeça.
- Vai limpar o quarto dos meninos, (S/n)?- Robin veio em minha direção.
- Só vou passar uma vassoura.
- Você tem coragem.- Nami me cutucou.- Não entro naquele quarto nem ferrando.
- Haha! Nem se te pagarem?
- Aí você tem um ponto.

[...]

Estava varrendo o quarto dos meninos. Fui varrer por baixo dos armários, até que sinto algo bater na vassoura. Me agachei para olhar melhor. Parecia ser algo feito de madeira. Estiquei meu braço até o objeto e o peguei. Era um porta retrato. Havia um homem com uma roupa que parecia ser de um cozinheiro e... Sanji?

Fui andando até a cozinha. Bati de leve na porta e a abri. Ele estava passando um pano no balcão.
- (S/n)-chan! Precisa de alguma ajuda?-O cozinheiro veio sorridente até mim.
- Não.-- Sentei em um dos bancos.- Na verdade, achei isso.- O mostrei a foto.- É sua?
- Oh...- Olhou para a foto com os olhos, ou melhor, olho, brilhando.- Onde achou?
- Estava em baixo dos armários do quarto de vocês.
- Ah... Já faz um tempo que estou procurando por isso.- Seu olhar estava repleto de amor e afeto. Acho que ele gosta da foto. Pensei.
- Quem é?- Apontei para o homem no retrato. Tirando-o do transe.
- É meu... Pai. Ele me ensinou a cozinhar a maioria dos pratos que conheço.
- Não sabia que vinha de uma família de cozinheiros.
- É... Mais ou menos... Ele não é meu pai de sangue... Mas o considero meu pai. Ele me criou e me educou. Obrigado por achar para mim!- Sorriu gentilmente para mim.
- Acho isso tão bonito... Adoção... Você dá uma segunda chance para quem já não tem mais nada.
- Não sabia que você pensava assim, (S/n)-chan. Pretende adotar uma criança algum dia?
- Sim. Provavelmente daqui a muito tempo, hehe. Ainda sou muito nova para ser mãe. E você?
- Não... Não sei... Nunca parei pra pensar nisso. Muito obrigado, de verdade. Achei que nunca mais ia encontrar.- Balançou o porta-retrato.- É a única lembrança que tenho dele.
- De nada!- Sorri gentilmente.
O silêncio rapidamente se instalou no local.
- E você, (S/n)-chan. Não me lembro de ter visto seu pai quando atracamos em sua ilha.
Olhei tristemente para baixo.
Sanji percebeu.
- Oh. Me desculpe. Não sabia que era um tema delicado para você.
- Não é. É que... Nunca conheci meu pai. Nem sei como é o rosto dele. Minha mãe dizia que ele foi embora para a Marinha quando ela ainda estava grávida, e nunca mais ouviu falar dele. Mas também não sei se é mentira ou verdade, e pra ser sincera, nem me importo muito, afinal, se eu o encontrar, será só mais um cara qualquer. Não dá para amar alguém tão rápido assim.
- Tem razão...
- Você conheceu seus pais de sangue, Sanji?- Ele rapidamente se virou e não pude ver sua expressão.
- Sim... Já tinha 8 anos quando ele me encontrou.
- Ah... Você já era grandinho...
- É... Minha mãe morreu quando ainda era pequeno. E meu "pai" bem...
- Não precisa falar se não quiser.
- Não me importo. Bem... Ele me achava um fracasso. Então fuji.
- Pelo visto estamos no mesmo barco,haha!- Dei um pequeno soco em seu braço.
- Hum?
- Ambos temos pais, digamos, ruins.
-- É... Mais ou menos...-- Ele sorriu de canto.
- Como sua mãe era?
- Ela era... Ela sempre me alegrava. Trazia pratos para ela comer que, mesmo que queimados e amassados, dizia que estava maravilhoso e sempre me encorajava a cozinhar mais e mais!- Sorriu largamente.
-Hahaha!- Olhei novamente para o retrato, posto agora encima do balcão, e o peguei. -Haha! Você era tão fofinho!
- Era. Agora sou lindo!
- Até parece.- Me virei para onde a voz vinha. Era Nami na porta de braços cruzados. Aparentemente irritada.- Vão ficar batendo papo o dia todo? Vão ao trabalho!
- Sim! Nami-swan!
- Ah, (S/n).- Nami me segurou pelo ombro.- Franky e Usopp estão te chamando lá na oficina.
- Oh, certo. Diga a eles que só vou varrer o deck e já estou indo.

[...]

- Franky? Usopp?- Desci as escadas até a oficina.-Ah?- Ouvi passos e senti alguém amarrando algo em meus olhos, como uma venda.
- Não espie!- Ouvi a voz de Usopp.- Coloque as mãos para frente.- Assim fiz. Senti pulseiras sendo postas em meus pulsos.
- Pode abrir!
Tirei a venda e olhei para minhas mãos. Nelas estavam um par de braceletes um pouco pesados, nada que incomodasse, com pequenos cabos que iam até os dedos, formando assim, anéis.
- Aqui estão as suas novas armas!- Os chicotes saem dos anéis. Você pode apertar o botão no centro da pulseira para ativa-los. Não conseguimos fazer com que ficasse mais leve.- Esclareceu Franky.
- Tudo bem! Eu dou conta! Muito obrigada, de verdade!-- Agradeci e dei um abraço nos dois. Agora finalmente posso me defender sozinha, não sou mais um peso ou a "donzela em perigo".
Usopp trouxe um boneco de treino e o colocou cerca de três metros há minha frente.- Tente.
Nas primeiras vezes errei o boneco, mas com o tempo fui pegando o jeito, até que finalmente o acertei.
- Boa, continue assim e ficará SUUUUUPER forte!- Franky encorajou.
- Haha! Darei o meu melhor!
- Ah, (S/n), aí está você.- Escutei a voz de Robin chamando.-Eu e Nami vamos tomar um banho. Você vem?
- Hum... Sim, já estou indo. Como eu as tiro?
- Guarde-ás nesta caixa.-Usopp estendeu as mãos mostrando uma caixa.- É como um bracelete normal. Apenas desencaixar assim.
- Oh, certo. Obrigada mais uma vez!

N/t: vocês acham que eu desenvolvo mais esse assunto com o pai dela ou deixo isso quieto? Acho que seria interessante que o pai dela já estivesse morto e ser lembrado como um bom soldado. O que acham?