XI

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Pousamos na mesma sacada de antes. Sanji parecia muito nervoso, ficava mexendo nos próprios cabelos, enquanto sussurrava: "pense, pense!" Olhei para a porta e vi o chapéu de meu capitão ao longe.
— Luffy! Luffy!— Corri até alcança-lo.-- Luffy..!
— Ah, (S/n). Você viu o Zoro por aí? Acho que ele se perdeu de novo.
— Zoro? Bugsy também o pegou? Estamos com problemas, Luffy. Venha comigo.— O levei até a sacada.— Você sabe onde os outros estão?— Ele balançou a cabeça em negação.— Merda... Temos que achá-los, rápido!
— Vou atrás dos outros.— Sanji se pronunciou.— Enquanto isso, explique tudo ao Luffy.— e saiu de lá correndo.

Sanji PoV.

Estava andando em círculos, até que vi aquele cabelo de merda do Marimo, foi correndo atrás dele, até porquê, nunca se sabe quando esse idiota pode se perder. Olhei para a mesma porta em que eu e (S/n)-chan subimos para o terceiro andar. Os seguranças do merda do Bugsy a abriram. Merda, eles vão nos alcançar. Pensei.
— Marimo!— puxei seu ombro.
— O que está fazendo, cozinheiro de merda?! Quer brigar?— Ele empurrou meu braço.
— Vamos logo! Os outros estão em perigo! Bugsy não é quem parecia, ele já está com Jimbe e Nami-swan!
— O que? Explique direito!— Sai empurrando ele até Luffy e (S/n)-chan.
-- Vamos encontrar os outros, Luffy. Deixe esse Marimo aí, antes que ele se perca.
— O que você disse?— Zoro deu um passo a frente, segurando o colarinho do meu terno.
— Continue a procurar os outros, Sanji. Eu e Zoro esperaremos aqui.— (S/n)-chan nos separou.
Encontrei Brook cercado por dançarinas, quase fui encantado pelo charme daquelas damas, mas, tínhamos que ser rápidos, Nami-swan estava em perigo. Luffy encontrou Usopp e Chopper comendo em uma mesa, e quando voltamos, Robin-chan já estava com (S/n) e Marimo. Franky não estava em lugar algum.
— Merda...— Passei os dedos pelos meus fios de cabelo.
— Não achou o Franky?— (S/n)-chan me olhou com olhos preocupados. Apenas balancei a cabeça em negação. Ela apenas encarou o chão. Me doía ver ela assim.
— Explicou o que aconteceu para eles?— Perguntei.
— Sim... Robin não pareceu tão chocada. Acho que ela já suspeitava.— Riu tristemente.
— Vou chutar a bunda dele!— Luffy estalou os dedos.
— Espere, Luffy— Chamou Robin-chan.— Algum de vocês sabe o que estavam estavam fazendo com Nami e Jimbe?— Robin perguntou, olhando para mim e (S/n)-chan.
— Não, mas suspeito que eles possam ser traficantes de órgãos.— (S/n)-chan falava em tom sério.— Mas... Não tinha nenhum material de medicina na sala...
— Havia mais coisas lá?
— Pelo que me lembre, havia alguns galões de água.
— Isso serve de pista.— Um estrondo enorme foi ouvido. Alguns homens apareceram na porta da sacada, e sacaram armas. Robin-chan criou suas asas e voou até a sacada do andar de cima. Luffy agarrou Usopp e Zoro e com a mão livre segurou um dos pilares do segundo andar, e foi. (S/n)-chan, com uma mão, lançou seus chicotes acima, com a outra, abraçava Chopper. E eu usei meu Sky Walk para levar Brook até o outro andar. Continuamos subindo até chegar no andar do escritório de Bugsy. Quando cheguei lá, Robin-chan parecia concentrada em algo.
— Algum problema, Robin-cha...
— Não a atrapalhe.— (S/n)-chan sussurrou no meu ouvido.— Ela está ouvindo o que eles estão dizendo.

Narrador PoV.

— Tritões são 90% de água, Janette.— Bugsy falava como se fosse óbvio.— É 20% mais do que os humanos, foi por isso que assim que o vi, cravei meus olhos nele.
— O que pretende fazer, chefia?— A mulher tinha uma garrafa de vinho nas mãos.
— Quero todos os dez. Menos o esqueleto, ele não tem o que preciso. Preciso de água, muita água, aí meu plano estará completo.
— E o que vai fazer com as pessoas da ilha?
— O que vou fazer? Vou mantê-las aqui. Sou o salvador delas.
-- Você que causou a chuva e as forçou a vim pra cá. O que tem de heróico nisso?— A assistente sorria largamente, tomando um pouco da bebida.
— Não tente me provocar, Janette. Causei a chuva e os forcei para que suas vidas inúteis sirvam para alguma coisa. Eles são apenas... Nada. Só trabalham para mim e me dão a água em seu corpo. Se conseguir roubar a água dos corpos fortes daqueles piratas, o poder da ame ame no mi vai ficar umas, cinco... Não, dez! Dez vezes mais forte!

N/t: Ame ame no mi é fruta da chuva.

Luffy quebrou o vidro das enormes portas da sacada,que antes estavam cobertas pela cortina vermelha, chamando a atenção de todos lá dentro. E ali estava, a tripulação do chapéu de palha, quase, completa, prontos pro ataque. Bugsy sorriu de orelha a orelha.
— Vocês dois tem uma boca grande, não?— Olhou com um sorriso maquiavélico para Sanji e (S/n). Logo ao fundo da sala, se acenderam as luzes, revelando, Jimbe, Nami e Franky, deitados nas camas.
— Franky!— Luffy gritou.— Não vou te perdoar, tio do bar!
— Não vai? Que pena...— ele faz um sinal com a cabeça para que Janette avançasse.
A assistente veio sorridente. Logo em seguida, foi tomando uma forma monstruosa. Então era daí que vinha aquela pegada. Janette era usuária da neko neko no mi, modelo místico, do bakeneko.

(S/n) PoV.

Antes que eu percebesse, o bando foi se desfazendo. Zoro e Luffy foram há frente para lidar com o líder. Usopp, Chopper e Brook foram lidar com os capangas de Bugsy. Eu e Robin ficamos para lutar com Janette, e Sanji, estava correndo para alcançar Luffy e Zoro, mas quando foi passar pela mulher-gato, foi atingido pela cauda do monstro.
— Acha que vou te deixar fugir, querido? Sou sua oponente!— Ela o jogou para trás com sua pata.
— Sanji!— Berrei, posicionando meus chicotes para frente.
— Eu... Nunca bateria em uma dama...
-- Você é um fraco!— Com suas garras, rasgou o terno de Sanji e feriu seriamente as suas costas.
— Sanji...— Dei pequenos passos para frente.
— Deixe comigo, (S/n).— Robin sussurrou. Logo depois, apareceu uma perna gigante e pisou nos rabos do gato, que grunhiu com o ato.
— Sanji... Você está bem?— corri até ele. Ele apenas acenou positivamente com a cabeça, se levantou.
— Não posso lutar com ela, (S/n)-chan, simplesmente não posso. Homens não devem bater em mulheres, essa é a regra desde a era dos dinossauros.— Ele deu alguns passos há frente.— Prefiro morrer do que bater em uma mulher! (S/n)-chan, pode lutar com ela no meu lugar?
Refleti sua frase. Que nobre. Dei um sorriso triste e me pûs em pé.
-- Claro! Vá a acabe com o Bugsy, eu assumo a luta com essa pulguenta daqui em diante!
— Me chamou do que?— Ela atirou uma de suas patas em minha direção. Mas, a segurei com um de meus chicotes. Virei meu olhar para Robin, que já estava preparada para nosso ataque em conjunto, ela parecia ler mentes.
Rapidamente, dois braços brotaram no chão há frente da bichana. Joguei um dos meus chicotes em um dos braços de Robin, que começou a jogar de um braço para o outro, antes que percebesse, Janette caira em nossa armadilha. Era tão patético que jurava que nunca daria certo, mas deu.
— Pelo visto, domamos o gatinho.— Com a mão livre, lancei outro para a pata traseira da gata. Robin segurou a outra. Com o chicote que estava "brincando", puxei para frente, fazendo a assistente pular, mas sem sair do chão, assim caindo. Ela se levantou raivosa, e veio em nossa direção, mas antes que fizesse qualquer movimento contra nós, Nami apareceu, com seu clima tact, causando uma forte onde elétrica, seguida por chuva, na cabeça da gata, que desesperadamente pulou para fora do prédio, esquecendo de que estava no segundo andar.

Narrador PoV.

Luffy lutava com o gear Second contra Bugsy, usava sua jet pistol, mas estava em desvantagem, a principal arma de Bugsy era água, a mesma de o enfraquecia. Já Zoro lutava bravamente com o imediato do bando do inimigo, Marazle.
Quanto mais Luffy lutava, mais Bugsy esvaziava os galões d'água. Era óbvio. Quanto mais água, mais forte suas tempestades ficam. Sanji percebeu isso e rapidamente chutou a maior parte de galões para fora da sala.
— Seu merdinha!— resmungou, pulando para fora do prédio. Luffy o seguiu.
— Luffy, acabe com ele!— Sanji gritou.
— Eu vou. Gear... Third!— Os braços de Luffy ficaram enormes.— Busoushoku no haki!
N/t: haki do armamento.
Grizzly magnum!!— Luffy acertou o último golpe no inimigo, fazendo-o cair inconsciente.
Com o sol raiando, apareceu um arco-íris no horizonte.
— É como dizem. Sempre depois de uma tempestade, vem o arco-íris.

Freedom Is All I Want- Imagine SanjiOnde histórias criam vida. Descubra agora