(S/n) PoV.
O homem parou, com a luz da lanterna apontada em nossa direção.
— Quem é você?— Retrucou Sanji.
— Hm... Perna negra, não é? Não havia te visto.— O homem se aproximou ainda mais.— Com licença.— Passou por nós e – só então vimos a parede no fim da escada – apertou uma trava invisível, e uma porta se abriu.— Entrem.
Nos mantivemos quietos. Sanji me mantia atrás dele com o braço, uma luz se acendeu dentro da porta, só então vi o rosto do homem, ele era jovem e tinha cabelos cacheados e morenos, com uma pele bronzeada.
— Estão desconfiados, não é? Não se preocupem, queremos tratar de assuntos com o bando de vocês há bastante tempo. São companheiros de Nico Robin, não são? Conheci ela há um ano, e seu capitão é irmão mais novo do segundo líder do nosso exército.— Eu e Sanji trocamos olhares confusos.— Ah, não sabiam? Sigam-me.
— Está com suas armas?— Sanji sussurrou, assenti, seguimos o homem pelo corredor, ao final dele, havia outra pessoa nos esperando.
— August?— Uma voz feminina surgiu.
— Ah, esqueci de me apresentar, sou August, essa é a minha esposa, Georgia.— Apontou para a mulher, se aproximou dela e abriu outra porta.— Bem-vindos ao covil dos revolucionários!
Uma forte luz tomou conta do corredor escuro que estávamos, pude ver mesas compridas, com papéis espalhados sobre elas, pessoas passavam rapidamente de um lado pelo outro, só então, com a claridade da sala, pude ver o "treze" dourado na porta.
— Vamos conversar em um lugar menos barulhento.— August entrou e nos conduziu pela enorme sala, à medida que íamos passando, as pessoas paravam e o cumprimentavam, pelo visto, ele era uma espécie de líder.— Entrem.
Sentamos nas duas cadeiras da mesa do pequeno cômodo que o revolucionário nos trouxera. Não pude deixar de me recordar das outras vezes que estivemos nessa posição.
— Vamos aos assuntos. Já faz algum tempo que queremos tratar de negócios com o bando de vocês, vocês são influentes, fortes e, são capitão é... Alguém que faz aliados em qualquer das situações, já pararam pra pensar nisso? Quando Luffy do chapéu de palha invadiu Impel Down, sozinho, saiu de lá com um exército, Crocodile, IvanKov, Buggy... Queremos uma aliança com seu bando. Algum de vocês já ouviu falar de Morgam, mão de machado?
Nos entreolhamos.
— Pelo visto não. Bem, seu capitão o derrotou, há dois anos. Ele era claramente corrupto, as pessoas da cidade onde tomava conta tinham mais medo dele do que dos piratas, e estamos vivendo isso agora. Devem ter notado a base da marinha no final da cidade, não? Ela é comandada pelo Capitão Britts, e o tenente Sniths. Tenente Sniths só quer saber do dinheiro, e Britts ficou louco por causa do poder. Nenhum cidadão aguenta mais, todos queremos justiça, eles chegaram aqui há treze anos, desde então, venhamos fazendo um plano para derrubá-los. Após treze anos de suas vindas até aqui, vamos invadir a base com o nosso exército, e libertaremos a ilha de uma vez por todas.
Refleti sua fala por alguns instantes, havia algo que se repetia sempre. Um número... Treze!
— O quê é esse número treze em todos os cantos?— As palavras saltaram da minha boca sem que eu nem percebesse.
— Ah, então você percebeu. Treze é o número que usamos para nos identificar, pelo menos nesta ilha, os motivos, bem, vocês já sabem.
Agora tudo fazia sentido, as repetições, o 13 na barraquinha, no nosso quarto, justo o que tinha a passagem secreta, e em vários outros cantos imperceptíveis na cidade. Ele estava certo. Os moradores já não aguentavam mais.
— Aliás, como descobriram a passagem embaixo da cama?
— Esbarrei com o dedo sem querer nela.— Disse Sanji, com ar cansado.
— Hm... O balconista me falou que dera a chave 13 à Nico Robin.
— Sim, deu.— Me pronunciei.— Mas foi ela quem distribuiu as chaves a todos.
— Ah, certo. Querem café? Esperem só um instante.— E saiu, sem esperar nossa resposta.
Ficamos em silêncio, o esperando, porém, ele não voltava.
— É incrível que sempre acabamos em situações como está juntos, não?— Comentei, observando a sala, notei uma estante, com papéis dobrados, livros sob livros, e um porta-retrato.
— (S/n), quero que saiba que estou amargamente arrependimento pelo que fiz.— Sanji buscou a minha mão.— Me perdoe...
— Ahn... Eu... Também exagerei, acabei sendo muito ciumenta, Sanji.
— Você? Ciumenta?— Deu um riso fraco.— Quase sempre me mordo de ciúmes quando vejo você falando com outro cara.
— E por que não fala nada?— Perguntei.
— Tenho medo de perecer possessivo.— Segurou minha mão.— Sei que você gosta de se sentir livre, não queria prendê-la.— Ele olhou para o chão.— Prometo que não olharei para mais ninguém.
— Tudo bem. Te perdôo.— Sanji se inclinou e deixou um beijo na minha bochecha.
Batidas soaram na porta, que foi aberta logo em seguida.
— Ah, aí estão vocês.— Me virei em direção da voz conhecida.
— Alguns companheiros meus me disseram que Nico Robin os reconhecera, e a trouxeram até aqui.— Anunciou August, com a própria Robin atrás.
— Estávamos terminando de recarregar o Sunny quando demos falta de vocês. Sabia que seria algo do tipo.
— Não deveríamos discutir essas coisas com o Luffy, já que é o capitão?
— Não se preocupe, (S/n). Ele já está vindo.— Então, resumindo, querem que a gente derrote um capitão da marinha?— Esclareceu Zoro.
— Resumidamente, sim.— Disse August, dando de ombros.— Ah, e antes que eu me esqueça, alguém virá trazer mais integrantes para a batalha, mas, infelizmente, ela não irá lutar. Luffy, você a conheceu em Impel Down, estou falando de um comandante do exército revolucionário, Empório IvanKov.
— Ivan-chan?!— Os olhos de Luffy brilharam. Vi Sanji torcer o nariz.— Ela ajudou me ajudou quando eu e Bon-chan estávamos em perigo em Impel Down.
— Bem, o dia planejado será daqui há três dias, IvanKov chegará aqui amanhã à tarde, se tudo der certo. Vou dando as informações para vocês assim que os dias forem passando. Vejo vocês até lá.
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Freedom Is All I Want- Imagine Sanji
FanfictionEstava presa. E não percebia nada. Não ousaria enfrenta-lá. Até que aquele dia em que nós brigamos e eles me mostraram o que é viver de verdade. Posso ter certeza de uma coisa. Viver presa não é viver. A partir de hoje, serei mais livre que os pássa...