Capítulo Vinte (e Um)

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OI, OI!

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14 de Fevereiro de 2019

Certos acontecimentos nos escapam e só nos damos conta deles quando não há muito o que se fazer. Isso acontece tanto com aproximações quanto afastamentos: quantos amigos íntimos tornaram-se estranhos com o passar do tempo? Quantas pessoas que mal se conheciam de repente dão-se conta que nutrem agora uma firme amizade? Outrora, Louis Tomlinson permaneceria alheio a tudo isso. A vida como Cupido, apesar de ininterrupta (ou talvez por causa disso), é sempre bastante monótona: não há grandes momentos após uma certa idade.

Você nasce, cresce, aprende tudo o que há para saber sobre o seu futuro e acabam-se aí todas as surpresas. Não há grandes emoções ou acontecimentos, os amigos da infância permanecem ao longo da vida, anos se passam entre um reencontro e outro: nada nunca muda. É o ciclo que se repete a cada novo nascimento em sua raça. Por muito tempo, Louis divertiu-se em observar as novas vidas que nasciam, cresciam e aprendiam tudo que havia a aprender, mas com o passar dos séculos isso perdeu o encanto. Por que olhar para algo que terminaria exatamente igual às outras vezes? Por que observar alguém que ia se tornar igual a ele?

As missões que, no início, causavam um certo frenesi, uma certa ansiedade e empolgação, perdem também o encanto. Sempre os mesmos objetivos, apenas diferentes pessoas. Para ele, que estava em seu pedestal de imortalidade e tão inalcançável quanto se sentia, a raça humana era apenas mais do mesmo. Uma primavera, outra primavera, mais uma primavera: via século após séculos as mesmas flores florescerem, exalando o seu perfume adocicado pelo mundo até que, com a chegada do inverno, se despedirem outra vez até a próxima primavera.

Quando se tem um número ilimitado de vezes para se ver a mesma sequência de momentos, perde-se a graça. Há algo bonito em ter uma quantidade finita de dias, faz com que cada acontecimento torne-se um pouco mais relevante. E foi apenas quando se meteu em toda essa confusão que pôde redescobrir na vida novos prazeres, coisas divertidas e inovadoras que apenas uma raça com uma quantidade finita de dias conseguiria pensar.

Humanos sentem sempre a necessidade de experimentar, testar novas coisas, até chegar em um resultado que os satisfaça - e não se satisfazem com pouco. Louis acredita que isso advém da urgência de saber que em algum momento o tempo acaba para cada um deles, que o relógio para de bater, e que, talvez, eles não tenham feito tudo que poderiam ter feito. Mas, como tudo existente na vida, há também o lado feio.

Contudo, Louis, naquele momento, não queria pensar no lado feio, estava cansado de pensamentos tristes. Havia tido muitos deles nos últimos anos - que foram os mais longos de sua existência. Sendo sincero, quase não se lembrava da sua vida de Antes - como passou a se referir a sua vida antes do dia 15 de Fevereiro de 2017 -, estava cada dia mais próximo de humano do que do Cupido que um dia fora. É. Era. Ainda é.

Estava prestes a completar seu segundo ano em exílio e já havia se adaptado quase que completamente a nova vida - quase, pois a saudade de casa ainda persistia. Havia passado menos de 2 meses desde a última vez que viu sua família e contava os minutos para a próxima visita, tamanha a saudade que sentia. Mas não pensaria nisso agora.

Valentine's Day [Larry Stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora