Capítulo Quinze

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OI, OI!

Valentine's ultrapassou 12k de views. Eu.estou.surtando. Muito obrigada, de verdade!

Enfim, EU QUASE não postava esse capítulo. Primeiro, ele é quase um novo prólogo; Segundo, eu estou muito insegura com toda a estória. Mas eu fiquei todos esses dias pensando em todos os desenvolvimentos possíveis, escrevi versões alternativas e acabei percebendo que o que eu escrevi é o que mais me agrada. Então, ficou por isso mesmo.

Se vocês não gostarem, azar o de vocês (brincadeirinha, eu amo vocês e não me levem a sério, espero que vocês gostem dessa segunda parte). Me desculpem por ser assim. :(

Agora vamos de capítulo. Não se esqueçam de votar.

••••••

Segunda-Feira, 5 de março de 2018.

— Bom dia. Precisa de ajuda? — o homem de olhos azuis disse ao se aproximar do cliente que havia acabado de adentrar na loja.

— Sim, obrigado.

A "velha" livraria dos Payne ficava localizada em uma avenida movimentada e tinha um fluxo constante de clientes. Além de possuir uma ótima localização, a livraria existia há muito tempo e era conhecida por ser uma das melhores de Londres — e mantinha sempre os preços justos e acessíveis, um verdadeiro milagre levando em consideração a crise no mercado editorial.

O ambiente amplo de dois andares havia passado recentemente por uma reforma, ainda era possível sentir um cheiro fraco de tinta por baixo de todo o perfume dos clientes e do aroma agradável do café do segundo andar. Louis Tomlinson torcia para que o cheiro da tinta sumisse completamente. E logo.

Liam Payne, o atual proprietário, achara necessário atualizar o local após a morte de seu pai, tendo em vista que a última reforma havia acontecido quando ele ainda era um garoto. Apesar de ter sido necessária, Louis preferia a livraria de 3 meses atrás, com a tintura desbotada e os móveis surrados. Pelo menos o cheiro antigo não lhe causava dor de cabeça e ele já estava familiarizado.

Reformas eram muito mais divertidas no Discovery Home&Health.

Reforma e mudanças são sinônimos. E Louis estava cansado de mudanças, enfrentara muitas no último ano, tudo que era ele queria era uma rotina certa, com cheiro e cores certas. Só queria ter de lidar com outra adaptação em algumas décadas, quando todos aqueles que conhecia no mundo humano estivessem mortos e ele tivesse de fazer novos amigos.

Pensando bem, eles não morreriam todos de uma vez, então seria algo gradual, em nada parecido com a instantaneidade de paredes quebradas e tudo que envolve reformas. Sim, havia chegado ao ponto de que até mesmo uma coisa simples o levava a pensar em coisas mórbidas. Mas, se comparado a alguns meses atrás, estava quase saltitante.

Quando se viu sem asas, em um ambiente completamente novo, rodeado de desconhecidos e com terríveis 250 anos de espera à frente, entrou em um estado de espírito inimaginavelmente triste. Porém, só encarou essa realidade após um mês desmaiando sempre de dor.

Ninguém avisou que ter as asas arrancadas doeria tanto, mas ele deveria ter imaginado. Passou um mês sentido dor a cada vez que respirava, se movia ou apenas existia, o processo de cicatrização foi torturante e lento (e vez ou outra, mesmo após ter passado mais de um ano, ainda sentia fisgadas dolorosas e o peso fantasma delas em suas costas).

Não tivera muito tempo para pensar antes. Demorara um mês para se manter desperto, dois para se sentar, três para se levantar sem ajuda, quatro para sair do quarto e cinco para deixar que Liam e sua família se aproximassem dele sem gritar. Apenas no sétimo mês, enfim, se permitiu fazer amizades — tentava evitar pensamentos acerca da morte de todos em poucas décadas, mas com frequência pensava nisso. Afinal, o ciclo se repetiria até ele poder retornar a Erotes.

Valentine's Day [Larry Stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora