Prólogo

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Camila

Anteriormente, em Um mês para ter você...

Não sei se a culpa foi da bebida, ou simplesmente destino. Mas, depois do terceiro mojito e segunda margarita, eu já estava chamando Jesus de Genésio. Minha visão estava turva, meu equilíbrio estava péssimo e minha risada completamente frouxa. Eu estava completamente bêbada. Mas isso não impediu minha vontade de ir ao banheiro para... absolutamente nada. No meio do caminho, esbarro em alguém com muita força. Minhas mãos seguram seus ombros e, as mãos dela, seguraram minha cintura. Nem toda bebida do mundo me faria esquecer este perfume. E, no momento em que seus olhos encontraram os meus, foi exatamente como na primeira vez. Nada nesta vida me faria esquecer estas esmeraldas. Tudo no meu corpo sabia que era ela. Até mesmo meu coração sabia. Ele sempre iria saber quando a dona dele estivesse por perto.

***

Eu não cheguei nem a abrir os olhos e minha cabeça já explodia pela claridade. Minha mente se encontra uma perfeita confusão pelo delírio que tive enquanto estava bêbada. Tentei apertar mais meus olhos, mas só me causou mais dores de cabeça. Soltei um gemido de dor e tentei esfregar meu rosto, mas minha mão está... presa? Abro os olhos rapidamente e me arrependo logo em seguida, quase chorando pela dor. 

-Amor, faça silêncio por favor. Minha cabeça dói e eu quero dormir.

Lentamente abro meus olhos e meu coração acelera com essa voz. Espera, não pode ser. O que diabos está acontecendo? O desespero começa a crescer quando eu percebo que posso ter caído em um maldito golpe. Mas como eles conseguiram a voz dela? Olho minha mão e estava algemada às grades da cabeceira da cama. Espera, esta nem é a minha cama, onde eu estou? Sinto um vento frio entrar pela janela e consigo constatar mais uma coisa: eu estou nua.

Certo, vamos repassar as descobertas mais recentes (eu não conto como uma por estar descoberta, hahaha, grande piada!): eu estou de ressaca, algemada em uma cama que não é a minha, em uma casa que eu não sei qual é, com uma pessoa, que estranhamente tem a voz dela, algemada junto a mim. Encaro o corpo sob os lençóis brancos e meus olhos se arregalam.

-O que você está fazendo aqui?- grito.

Ela, exatamente ela, acorda com um susto e quase cai da cama. Me enrolo em um lençol e fico encarando a mulher resmungando de dor, enquanto ela levava seu tempo para raciocinar todas as coisas. Depois de alguns segundos ela puxa um lençol para se cobrir e me encara, o que resulta em altos gritos e gemidos de dor.

-Ok, podemos pular esta parte.- ela resmunga esfregando sua têmpora.

-Certo, sem gritos. Vou tentar falar baixo, mesmo estando irritada com você.

-O que eu fiz desta vez?

-Você não pode estar falando sério, Lauren!- estapeio seu braço com a mão esquerda, já que a direita estava algemada.- Sua estúpida, eu odeio você!

-Na última vez que você me chamou de estúpida, você disse que me amava.- ri enquanto tenta me parar.

-Não estou com humor para piadinhas. Anda, me solta.

-Bem, me solte você.

-É o que? Eu nem sei como viemos parar aqui!

-Quanto você bebeu ontem?- faz careta.

-O suficiente pra ter achado que você era uma ilusão.- esfrego o rosto.- Com quem está a chave?

-Eu acho que você deixou com Dinah.- suas sobrancelhas se franzem momentaneamente.- É, estão com Dinah.

Um ano para ter vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora