Antepenúltimo

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Com o golpe que o Alisson havia dado na mãe do Ícaro nós conseguimos fugir para o Paraguai com passaportes falsos e estávamos vivendo numa boa, mas como esperado a grana estava acabando.

Alisson - Dentro de alguns meses a gente já vai tá na pindaíba de novo.

Verônica - E eu lá sou mulher de viver na pindaíba, eu tenho um plano.

Alisson - Se for dar o golpe do baú em algum velho desiste, você já tentou duas vezes aqui no Paraguai e não deu certo.

Verônica - É por isso mesmo que a gente tem que voltar pro Brasil.

Alisson - Você tá louca Verônica? Nós estamos sendo procurados pela justiça lá!

Verônica - Quem está sendo procurado é o Alisson e a Verônica, nossas novas identidades não estão sendo procuradas, além do mais a gente não vai ficar exposto por aí, vamos ficar escondidos, em um local seguro e perfeito pro nosso plano.

Alisson - E como a gente vai conseguir grana escondidos?

Verônica - Confia em mim, eu sei o que eu tô fazendo e dessa vez a gente não vai conseguir grana só pra dois anos não, vamos conseguir o suficiente pra sermos ricos pro resto da nossa vidinha meu caro Alisson. Digo rindo.

Alisson - Sei lá hein... não tô muito confiante disso ai não.

Verônica - Deixa de ser frouxo! Vai dar tudo certo, confia em mim.

        Théo Narrando

Eu estava voltando do meu plantão do hospital naquela segunda feira, depois da festa de aniversário do Miguel eu fui passar uns dias na casa de praia da família e agora voltei para o hospital, faz uns dias que eu não vou em casa. Chegando eu encontro tudo em silêncio, a única coisa diferente que eu sinto é um cheiro de bolo vindo da cozinha e chegando lá eu me surpreendo ao ver um rapaz colocando cobertura em um bolo.

Ele vestia um avental rosa claro, ele era bastante bonito com lábios grossos, pele negra retinta, os cabelos cacheados e volumosos na altura dos ombros, olhos castanhos e um corpo escultural cheio de curvas, ele estava tão distraído que demorou a me ver e quando me viu acabou tomando um susto.

Théo - Desculpa, não queria te assustar.

— Num precisa se desculpar não, o senhor deve ser o Théo. Ele tinha um sotaque do nordeste muito bonito e combinava com a sua voz que era bastante doce.

Théo - Sim e você?

— Eu sou o Muriel sobrinho da Maria, a mãe do senhor me contratou pra trabalhar aqui.

Théo - Ela comentou algo do tipo comigo...bem seja bem vindo Muriel.

Quando eu já estava saindo da cozinha ele diz.

Muriel - O senhor num quer tomar café?

Théo - Quero sim, acabei não comendo direito durante o plantão.

Eu me sentei e ele pôs o bolo e algumas outras coisas sobre a mesa e como ele estava bem perto de mim eu pude sentir o cheiro gostoso que ele tinha.

Muriel - O senhor aceita um pedaço de bolo?

Théo - Aceito sim, obrigado.

Ele cortou um pedaço do bolo e pôs no meu prato.

Ele começou a fazer umas outras coisas na cozinha enquanto eu comia o bolo que estava uma delícia, tanto que eu comi dois pedaços. Eu estava distraído tomando o meu café quando ouço um barulho de choro de criança.

Muriel - Com licença, desculpa. Disse saindo e indo em direção ao quarto de empregados e então o choro parou imediatamente. Eu fiquei intrigado com aquilo, então decidi levantar e fui até o quarto do Muriel onde o vejo segurando um bebezinho no colo, o menino não devia ter mais de 4 meses e era bastante parecido com ele.

Théo - Esse bebê é seu?

Juliano - Sim, meu filho João.

Théo - Ele é tão pequeno ainda. Qual a idade dele?

Muriel - Ele tem três meses, sua mãe e seu avô disseram que ele poderia dormir aqui comigo durante a semana, espero que o senhor não se importe.

Théo - Claro que não, imagina.

O bebê voltou a chorar de novo e o Muriel parecia estar constrangido, não deve ser nada fácil ter que trabalhar com um bebê tão pequeno e ainda por cima numa casa onde não se conhece ninguém, ele balançava o bebê no colo na intenção de fazê-lo parar de chorar.

Muriel - Ele deve estar com fome.

Ele abaixou uma das alças do avental e colocou um dos peitos pra fora que além de lindo era bem grande e ficou totalmente exposto na minha frente e eu me senti mal por ficar encarando tempo demais, ele começou a amamentar o bebê e eu saí do quarto dele.

Eu voltei para o meu quarto, mas antes peguei mais um pedaço do bolo que ele havia feito e fui me deitar um pouco. Eu acordei já no horário do almoço e fui tomar um banho e ao sair do chuveiro eu coloquei um roupão e fui até o guarda roupa pegar algo para vestir quando ouvi batidas na porta.

Branca - Filho?

Théo - Oi mãe. Tudo bem?

Branca - Tudo sim, achei que você tinha esquecido que tinha casa.

Théo - Eu fiquei uns dias na casa de praia e de lá fui direto pro plantão, mas agora estou aqui.

Branca - Tem um empregado novo trabalhando aqui em casa, ele tá com o filhinho dele também, tô avisando logo pra não ter nenhum mal entendido.

Théo - Já conheci ele.

Branca - Ótimo, eu não vou almoçar em casa, vou fazer as unhas, o cabelo e devo almoçar por lá mesmo, mas o Muriel já está terminando de fazer o almoço seu e do seu avô.

Ela de despediu de mim e meus pensamentos foram para o Muriel novamente, ele tem um ar tão ingênuo e ao mesmo tempo sensual. Eu desci e fui até a cozinha onde o meu avô estava almoçando.

Joaquim - Oi meu filho, senta pra almoçar também.

Théo - Oi vovô.

Eu sirvo o meu prato e me sento para almoçar com o meu avô.

Joaquim - Como foi o plantão?

Théo - Super movimentado, teve um caso de gêmeos siameses que nasceram colados, a gente teve que fazer uma cirurgia na hora.

     Alguns Dias Depois

     Verônica Narrando

Verônica - Chegamos, finalmente estamos no nosso novo lar.

Alisson - Essa casa no meio do mato?

Verônica - Sim, esse será nosso lar temporário, talvez ainda leve alguns meses pra gente conseguir executar nosso plano.


              Continua...

Olá pessoal, espero que tenham gostado do capítulo. Muitas emoções chegarão nessa reta final. No próximo capítulo o Vitório e o Ícaro estarão de volta só tirei o capítulo de hoje para mostrar um pouco do Théo e do Muriel.

😘😘😘

Doutor ÍcaroOnde histórias criam vida. Descubra agora