A aula já tinha começado, professora Isabella se encontrava na frente da sala, falando sobre algum assunto, que no momento, Ray não sabia identificar.Na verdade, ele não estava nem um pouco focado em entender o que ela dizia. Estava utilizando aquele tempo para pensar, em duas coisas.
A primeira era sobre Gilda, ele tinha que decidir rapidamente o que faria em relação a ela. Aceitar a ajuda? Ou apenas ignorar? Ameaçá-la para não contar a ninguém? Não, não seria necessário, afinal, se ela quisesse fazer isso, já teria o feito.
Mas em relação a Emma? O que ela faria se descobrisse? Julgaria? Não, Emma não é assim. Aceitaria? Também não era uma opção. Emma provavelmente o encheria de perguntas.
Aquilo era assunto para um outro momento. O que realmente enchia sua mente era o famoso quando e por quê. Ray estava se perguntando quando começou a gostar de Ray, e o por quê daquilo. Afinal, ele era apenas mais uma pessoa no mundo, não é? Não. Norman era diferente, ele era...
- Por que está rindo, Ray?- A voz alta de Isabella o retirou de seus pensamentos.- Estou falando algo engraçado?
- Oh, desculpe, eu estava distraído.- Ray se recompôs, assim que percebeu que todos os outros alunos estavam olhando para ele.- Gilda... Isso é culpa sua.- Ele sussurrou, tão baixo que ele achava impossível alguém ouvir.
Se Gilda não tivesse mostrado para ele que tinha falhado na missão de esconder uma paixão, ele não estaria tão distraído assim.
Ray suspirou algumas vezes e então começou a ouvir o que Isabella dizia, não necessariamente prestando atenção, ou entendendo aquilo, mas ele estava ouvindo.
Ele sentiu alguma coisa bater em seu pé, já estava preparado para reclamar com a pessoa que derrubara algo, mas, assim que viu o que era, ficou calado e derrubou, propositalmente uma borracha.
Ray se abaixou para pegar e aproveitou para apanhar o pequeno pedaço de papel amassado, que estava perto de seu pé.
Assim que voltou a sentar, abriu seu caderno, e fingiu anotar algo que Isabella dizia, mas aquilo era só uma distração para abrir o papel e ler o que dizia, ele rapidamente reconheceu a letra de Norman e leu o que tinha ali.
Não era necessário responder, a mensagem estava escrita num código que os dois criaram, em princípio, era em código morse, então qualquer um que lesse aquilo, pensaria que assim que traduzissem, a mensagem já estaria clara. Mas, não é bem assim, eles fizeram algumas modificações, e deixaram de uma forma que teriam certeza que apenas eles entenderiam. Nem mesmo Emma saberia resolver aquilo.
Ele voltou a amassar o papel, e guardou em seu estojo, jogaria fora mais tarde, mas se levantar agora seria suspeito.
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𝙄𝙢 𝙢𝙖𝙙 𝙬𝙞𝙩𝙝 𝙀𝙢𝙢𝙖.
FanfictionEu não sou burro, percebi a maneira com que você olha para ela. Eu devia ter percebido antes, é claro. Você mesmo disse, Norman, disse que gostava dela, disse que queria vê-la sorrir.