Ray estava apoiado no balcão da cozinha, ele tinha colocado a mão no peito, e percebeu o quão acelerado seu coração estava.Norman tinha acabado de ir tomar banho, alguns meses atrás, isso seria rotina, e Ray estaria normalmente lavando os pratos.
Mas agora, ele nem mesmo sabia se podia controlar seu coração perto do garoto.
Ray se perguntava do por quê tinha se apaixonado pelo garoto. Afinal, eles eram amigos de infância, e o principal, eram dois homens.
Obviamente, Ray não dava a mínima para esse fato, ele estava disposto a receber mais julgamentos que o normal apenas porque gostava de outro garoto.
Mas, ele não sabia o que Norman pensava sobre isso, muito menos sobre como ele reagiria aos seus sentimentos.
- Ray... Pensa sobre isso depois.- Ele sussurava para si mesmo, tentando de alguma maneira esvaziar sua mente.
- O que foi?- Norman apareceu, de repente na cozinha.
- De onde você surgiu?- Ray se assustou, e olhou para o garoto, percebendo que ele já estava com outra roupa, e com um cheiro de sabonete, dando a entender que já tinha tomado banho.
- Eu tava aqui faz um tempão, você que tava todo estranho.- Norman deu de ombros, e se aproximou de Ray, balançando a cabeça dele.- O que aconteceu? Você tá bem?
- Sim.- Ray se soltou das mãos dele, e se virou para a pia, assim começando a lavar os pratos.
- Ray, você está estranho.- Norman se pôs ao lado dele, e apoiou sua cabeça no ombro dele.- Se eu parar para pensar, você riu bem menos hoje do que nos dias comuns de quando vem para cá.
- Norman, eu estou normal, okay?- Ray olhou para ele momentaneamente, mas, assim que foi encarado de volta, olhou para a parede em sua frente.
- Quem quer enganar?- Norman bufou, mas desistiu de tentar, ele apenas saiu da cozinha, deixando Ray ali, lavando os pratos sozinho.
Quem ele quer enganar? Se Ray soubesse a resposta disso, teria certeza de que sua vida estaria melhor.
Ele sempre soube que mentir para Norman não era uma boa ideia, ele o conhecia como ninguém. Norman era assustadoramente observador, e Ray sabia que qualquer passo em falso, seria o mesmo de fazer com que Norman descobrisse tudo que se passava em sua mente.
Você só precisa agir normalmente, Ray. Aja normalmente. Ele mentalizava as palavras, mas, na verdade, não fazia a mínima ideia de como realizava aquilo.
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Minha primeira aparição aqui, como autora. E, primeiramente, queria agradecer à todo o apoio. Muito obrigada!
Na verdade, eu nunca gostei muito da ideia de publicar nenhuma fanfic, muito menos de ter pessoas lendo, e comentando sobre aquilo. Mas, agora que é real, percebo o quão gratificante é.Isso vem me fazendo escrever mais vezes, e escrever sempre foi como uma terapia para mim.
Prometo que tentarei atualizar os capítulos com mais frequência, e talvez até alguns mais longos.
Obrigada por lerem "Im mad with Emma.", e eu espero que estejam gostando da história.
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𝙄𝙢 𝙢𝙖𝙙 𝙬𝙞𝙩𝙝 𝙀𝙢𝙢𝙖.
FanfictionEu não sou burro, percebi a maneira com que você olha para ela. Eu devia ter percebido antes, é claro. Você mesmo disse, Norman, disse que gostava dela, disse que queria vê-la sorrir.