XVI

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- Meninos, estão em casa?- Uma voz feminina ecoou por toda a casa, e seguida por ela, o barulho da porta se fechando.

  - Sim, mãe!- Norman gritou, enquanto descia as escadas rapidamente e abraçava a mulher, que estava na entrada da casa.

  - Boa tarde.- Ray apareceu no cômodo, algum tempo depois, e recebeu um beijo na testa.- Como foi o trabalho?

  - O mesmo de sempre.- Ela suspirou, e deixou a bolsa, e os saltos no móvel, e se espreguiçando, antes de jogar seu próprio corpo no sofá.- Comeram direito?

  - Sim, mãe.- Norman assentiu, e se sentou ao lado dela. Ray foi até a cozinha e pegou um copo de água, e a ofereceu.

  - Obrigada, Ray.- Ela sorriu e bebeu a água em alguns goles.

  Os fios claros da mulher já estavam soltos, e brilhavam quando entraram em contato com a luz.

  Ela parecia muito com Norman, os dois eram basicamente uma cópia um do outro, a mulher era alta, ao contrário do marido, e até agora, Norman estava puxando ao pai, em relação à altura.

  Em questão de personalidade, eles também se pareciam. Ambos eram extremamente gentis e inteligentes, mas ninguém gostaria de ver os dois com raiva.

  Já o pai de Norman, tinha fios pretos, e a pele um pouco mais bronzeada, seu rosto quase sempre tinha uma expressão cansada. Resultado dos dias sem dormir, por causa do trabalho.

  Mas, sempre que estava em casa, adorava passar tempo com a família, e com o tempo, se acostumou, e passou a gostar da presença de Ray alí.

  Tirando a cor do cabelo, Ray não parecia com ninguém da família, mas, por passarem tanto tempo juntos, sempre que saiam, algumas pessoas confundiam, e perguntavam se Ray era um segundo filho do casal.

  O que causava uma boa história e risada para eles depois.

  - Ray, você está parecendo animado.- A mulher disse, sorrindo, e então, usou a perna para dar um pequeno empurrão nele.- Vamos, diga o que aconteceu.

  - Eu?- Ray tentou encontrar uma saída, mas aquilo só serviu para Norman rir alto.

  - Observadora como sempre.- Norman comentou, após se recuperar. Enquanto isso, Ray olhava para ele, incrédulo, tentando entender o que se passava na cabeça de Norman. Ele sempre se assustava sobre como aqueles dois se entendiam tão bem. Conversavam sobre tudo, como se fosse apenas mais alguma coisa comum na vida. Ray, querendo ou não, invejava aquele tipo de interação entre mãe e filho.

  - Não pense que você passou longe, querido.- Ela agora estava olhando para o filho, e esperou até que ele falasse algo.

  - Bom, você lembra sobre o que eu conversei com a senhora, algumas semanas atr...- Norman realmente parecia estar pronto para falar sobre tudo que aconteceu naquele dia, mas Ray entrou em desespero, e naquele momento só conseguiu gritar.

  - Norman!- Ao gritar, ele obviamente conseguiu a atenção de ambos que estavam sentados no sofá. E só então, Norman parou de falar, e parecia fazer uma expressão para se desculpar.

  - Algo aconteceu, Ray?- Ela perguntou, e até mesmo se levantou, para acariciar seus ombros, mas Ray forçou um sorriso, e pediu desculpas pelo grito.- Tudo bem, querido. Dormirá aqui hoje, não é?- Ray assentiu, e ela deu mais um beijo na testa dele. Fazendo-o se acalmar.

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  Não sei se isso já é uma volta definitiva, mas, estou tentando voltar a escrever. Espero que tenham gostado do capítulo! E se preparem para as possíveis fofuras, ou problemas que os dois vão ter nos próximos capítulos.

𝙄𝙢 𝙢𝙖𝙙 𝙬𝙞𝙩𝙝 𝙀𝙢𝙢𝙖. Onde histórias criam vida. Descubra agora