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— Tá, eu assinei esse negócio. – ele empurra o papel. – Agora pode me dizer o que tá acontecendo?!

Rugge já se encontrava impaciente com tanto silêncio da parte daquele homem.

Depois que assinou foi como se aquele homem podesse respirar novamente. O cavalheiro se acomodou melhor no sofá, cruzou as pernas e sorriu.

— Bem vindo a O.S.C.E., senhor Pasquarelli! – seu tom de voz mostrava alegria e vitória.

Aí contrário dele, Rugge franziu o cenho, não entendo absolutamente nada.

— Que diabos é isso?! Vai me dizer que entrei para um gangue, é?!

— Oh, não nos ofenda, Ruggero. No momento não entenderá se eu explicar. Mas por enquanto imagine algo parecido com o FBI, Interpol ou até mesmo a CIA.

Agora sim o jovem se encontrava desnorteado. Isso só poderia ser um mentira!

Ele em uma base secreta?!

O jovem gargalhou.

— tá, supondo que seja verdade. Você é o quê? Um tipo de agente secreto?

Caçoou Rugge ainda rindo.

— Sim. – respondeu simplesmente e sem achar graça alguma. – sou o Agente Murí, pode me chamar de senhor David Murí, por enquanto.

Ruggero pensou melhor, ele não tinha cara de quem estava brincando. A não ser que fosse um bom ator. Ele já tinha assinado e não iria voltar atrás pelo bem do seu pai, mas isso estava se tornando engraçado.

— Como me prova que isso é verdade?

— Bem, – Devid pegou um outro papel de sua maleta. – qualquer pessoa não saberia que você é; Ruggero Pasquarelli, Nascimento: 10 de setembro de 1993 (idade 27 anos), Città Sant'Angelo, Itália. Formação: Istituto Magistrale B. Spaventa
Local de nascimento: Pescara, Itália
Filho de Bruno e Antonela. Mãe Antonela Pasquarelli, falecida em 14 de outubro de 2008. Por causas desconhecidas. Pai Bruno Pasquarelli, atualmente sofre de câncer na garganta primeiro nível. Ruggero Pasquarelli, atual lutador na pequena academia de boxe de Lá Trindad.

Ruggero ficou calado. Isso não provava muito coisa, mas sua mente parou na parte "... falecida em 14 de outubro de 2008. Por causas desconhecidas."

A mãe morrera há 12 anos. E ele sabia exatamente a causa da sua morte. Sua mãe havia morrido em um hospital da sua cidade, por falta de medicamentos e não havia dinheiro para levá-la a um melhor atendimento. E ele não queria que o mesmo viesse a ocorrer com seu pai.

— Está bom para você ou precisa de mais provas? – perguntou David.

— Sim... – sussurrou o jovem ainda pensativo. – Quando começo?

David sorriu vendo que ele se interessou.

— Você tem uma semana pra se despedir de quem quiser. Caso pergunte onde vai, diga que conseguiu uma luta fora do país e será patrocinado por David Murí. Te espero no aeroporto particular da mansão X, não leve nada.

Essas foram as últimas palavras de Murí, antes de sair assim como entrou.

— Até parece que vão me deixar entrar lá. – sussurrou para si.

Uma semana depois...

Rugge tocou a campainha da mansão X. Enquanto esperava alguém vir ao menos lhe esnobar e mandá-lo embora, pensou em seu pai.

Ele havia se despedido do seu pai há dois dias, dizendo que iria trabalhar fora do país para pagar a quimioterapia e os demais tratamento. Odiava a idéia de mentir para seu pai, mesmo sabendo que era a melhor opção.

Agora seu velho estava no Melhor hospital contra o câncer do país. Recebendo os melhores cuidados. Rugge se despertou dos seu desvaneios ao ouvir alguém falar-lhe algo.

— Senhor Pasquarelli, queira me perdoar pela demora. –  disse o mordomo da mansão, abrindo o portão para ele.

— Ah claro, não se preocupe.

— O senhor Murí lhe espera na sala de estar.

Acompanhou o mordomo sem questionar. Logo eles entraram naquela mansão luxuosa. Ruggero já havia passado várias vezes na frente do lugar, mas nunca pensou que entraria.

A mansão era antiga e pertencia ao Fernando X, (mansão fictícia) por isso o nome.

— Olá, Ruggero! Está atrasado 20 minutos, agora teremos que ir para um aeroporto público! – ele falou irritado. – Meu amigo não podia esperar por você!

— Ah, pensei que a mansão era sua.

— Ah não, eu não gastaria dinheiro com uma mansão aqui nesse lugar.

Em questão de minutos ambos estavam dentro de um carro, dirigido pelo chofer da mansão. Rumo ao aeroporto de Pescara.

Chegando Murí se dirigiu ao avião, sem sequer falar com alguém. Ou comprar passagem.

Ruggero ia mais atrás, alguns 10 metros de distância. E quando percebeu David já havia sumido do seu campo de visão.

Ele olhou em volta e viu apenas um avião, só podia ser aquele. Era o único avião com um segurança na porta.

O rapaz se aproximou do homem moreno e alto, perto dele o jovem parecia não ter altura.

Rugge pretendia entrar, mas foi impedido pelo segurança.

— Esse é meu vôo. – disse Ruggero.

— Não é permito entrar com roupas inadequadas. – riu, julgando ser uma brincadeira, mas o homem robusto continuava sério.

— Como assim? – olhou para se mesmo. O jovem vestia um moletom cinza e uma camisa na altura da coxa. – porque minhas roupas não são adequadas? – o homem permaneceu calado. – Olha aqui! Eu sou um agente da O.S.C.E! Você deve me respeitar!

— Um agente se vestiria adequadamente!

Ruggero passou a mão na cabeça preocupado. David não havia falado nada sobre isso! Olhou em volta, ele tinha que pensar em algo. Se perdesse esse vôo perderia sua única oportunidade.

Longe Pasquarelli avistou um senhor que se aproximava do avião. Era um homem velho e enrugado com cabelos grisalhos e... um terno!

Então, correu até o senhor, em uma tentativa desesperada de conseguir o terno.

— Olá, senhor! Eu seu que vai parecer estranho, mas poderia me emprestar seu terno?! – Rugge pediu desesperadamente, e ele sabia o quanto aquilo era vergonhoso.

— O que?! – O senhor se assustou

— Atenção passageiros vôo 467 sairá em 5 minutos. – falou a aeroviária.

— Por favor, me empreste seu terno? – Implorou, vendo que seu tempo era curto.

— Ladrão! Deixe meu terno! Socorro! – Gritou o idoso se afastando de Ruggero.

— Eu prometo que devolvo! Ou até compro outro!

— Eu quero um outro novo, esse aqui tem um furo no bolso. – falou o homem mais velho.

Velhinho aproveitador Kkkkkkkk

O. S .C. EOnde histórias criam vida. Descubra agora