09.

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*Com Michaentina*

— Tira a camisa, Mike!

— Tira você!

— Você só pode tá me zoando, né! – cruzou os braços, enquanto esperava ele tirar a camisa.

— Tá chata! Por que você tá aqui, hein ?– O mesmo ainda permanecia bêbado.

— Porque eu tive muita, mais muita misericórdia e vim dar banho em você.

Mike tirou a calça e já ia tirar a cueca.

— Wou! Pode parar por ai!

— Por que?

— Eu não preciso ver mais nada além desse seu tanquinho maravilhoso– sorri maliciosa olhando melhor o corpo de Mike.— Agora, entra logo embaixo desse chuveiro.

Valu foi empurrando ele para dentro do boxe e ligou o chuveiro, saindo do boxe, em seguida, para não se molhar.

— Fica aí embaixo até eu mandar. – Mike não respondeu, só ficou parado embaixo do chuveiro.

— Mike?

— Oi...– respondeu meio embolado.

— Quem é essa?

— Eu já posso sair daqui?

— Já. – ela o ajuda a sair do banheiro.— Rugge você já po... Rugge?!– Ela não o vê. – Eu não acredito! Droga!– ela vai até o closet pega uma roupa e uma toalha. – Pega essa toalha!

— E você vai usar essa roupa – sai furiosa do quarto de Mike, após jogar a toalha nele e a roupa na cama.

Cinco minutos depois voltou para ver se o rapaz tinha conseguido vestir a roupa.

— Você de novo?– Comentou como se não quisesse vê-la.

— Sim! Que bom que vestiu a roupa!– Mostrava sua voz em tom alto, ainda brava por Ruggero ter ido embora. – Agora vê se dorme! Eu já vou!

— Por que você já vai, Ana?– se aproximou.

— O quê?– Mike agarrou na cintura da loira a fazendo arrepiar com seu toque e a beija.

Valu já tinha ficado com muitos caras, mas aquele toque foi diferente, aquele beijo não foi qualquer um.
Seus lábios pareciam imãs ao contrário que se atraiam.

— Eu preciso de você! Eu sinto sua falta.

— Eu sei que você sente falta dessa Ana. Seja lá quem for! Mas eu não sou ela, tá bom!–  Disse pena do moreno, em seguida sai do quarto com um novo sentimento.

Empatia.

Ela queria ajudar, porém ela não era que ele queria. Pela primeira vez Valu se sentiu mal por ver um bêbado assim.

*Dia seguinte com Ruggero*

Pasquarelli acordou se assustando ao ver o diretor em seu quarto.

— Eu não posso mandar nem no meu quarto?!

— Soube que você vai ficar, não é?! – ele assentiu. – Bom... então os planos mudaram. Eu preciso de você aqui!– Sua face irritada incomodava o rapaz. – Mas vai ter que fazer o que eu mandar!

— Dá de você falar logo o que quer e ir embora? !– gritou furioso.

O velho deu uma gargalhada estranha.

— Claro! Há anos eu quero invadir o sistema de segurança do governo, mas como você sabe, eu não sou o nerd de computação. – sua atenção estava nas  luvas de boxe de Ruggero. — mas eu soube que você tem uma amiga que é...– foi interrompido.

— Ela não é minha amiga, Diretor. Mas pode ser.

Analisava as luvas de perto.

— Você tem até a próxima semana pra isso!

— Deixa minhas luvas! Você vai dar azar!

As tomou.

— Mais ainda? Impossível.

Riu com avareza.

— Eu não vou fazer o que o senhor pede! O governo não tem nada haver com você!

— Tem certeza que não vai?

— Eu amo meu pai mais que a minha vida! Porém, o governo é lei! Aí contrário de você eu sou honesto e invadir o governo deixaria milhões de pessoas sem proteção.

O futuro líder da equipe exclamou com objetividade.

— Pensa bem, Pasquarelli! Eu tenho outra oferta para você! Darei a saúde ao seu pai e 1 milhão de dólares! O mais que você quiser. Dinheiro, carros e etc. Você mesmo vai deixar tudo isso por uma droga de erro? – ele mostrou uma maleta cheia de dinheiro.

— Isso é muito desonesto!

Pegou um dos travesseiros que havia caído no chão.

— E desde quando você se importa com honestidade? Bom.. soube que ontem você e seus amigos saíram sem permissão. Onde está sua honestidade?! E por que se importa com um governo que nem é de seu país?!

O outro bufou, indignado com o homem diante de si.

— Eu posso quebrar regras, mas elas não prejudicam ninguém! Sair sem permissão desse lugar nojento não vai mudar o meu caráter! E não importa se esse não é o meu país! Com o sistema do governo em suas mãos você pode colocar em risco a vida de milhões de pessoas. E isso eu não vou aceitar. — Respirou profundamente. Não lhe queria faltar com respeito, mesmo que o outro estivesse fazendo por merecer. —  Nem todo dinheiro do mundo pode pagar a dor das pessoas que podem ser prejudicadas! – estava com nojo do diretor. O mesmo  vai até a porta e diz; – fica com o seu maldito dinheiro!

Alguém entrou no quarto bem na hora.

— David? – Ruggero esboçou surpresa ao vê-lo entrar no quarto. – alguém pode me explicar o que tá acontecendo?

— Sente-se. – ele o faz.

— Não é qualquer pessoa que pode ser um líder, Ruggero! Não poderia deixar qualquer um me substituir. E confesso que tinha algumas dúvidas sobre você... Então pedi ao nosso querido diretor para me ajudar com seu teste. Isso me provou a pessoa que você é!

— Aposto que lhe fiz me odiar. – sorriu tirando uma máscara de pele do rosto.

— O quê?! Você é o cara de terno!

— Sim! Bom, meu rapaz, eu admiro você. Dois jovens passaram pelo mesmo teste, mas ambos caíram com a minha atuação.

Suspirou.

— Então, isso significa que eu tenho que ficar?

— Mas é claro!

4 meses depois...

Continua?

O. S .C. EOnde histórias criam vida. Descubra agora