Capítulo 4 Um pequeno agradecimento

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No dia seguinte, Rafaela acordou cedo e estava pronta para sair, quando Diana saiu do quarto, com uma cara de cansada.

-Já vais sair? – perguntou Diana, esfregando os olhos – Tens pulgas na cama?

-Tenho de ir comprar uma prenda de natal antes de ir trabalhar – disse Rafaela, vestindo o casaco.

-Uma prenda de natal? – perguntou Diana confusa – Não tinhas feito as compas das prendas todas ontem?

-Sim, mas pelos visto esqueci-me de uma pessoa – disse ela, dando aos ombros.

-Estás a falar do teu pai? – perguntou Diana, com um olhar de sério – Vais passar o natal convosco certo?

-Claro que não. Só vou ter com o meu pai de manhã nesse dia.

-Então para quem não compraste uma prenda ainda? – perguntou a amiga desconfiada – Para mim?

-Não – disse Rafaela, piscando o olho – Para o meu pai natal de ontem.

E sem olhar para a cara de surpresa da amiga, Rafaela saiu porta fora questionando-se o que dar a uma pessoa que tem tudo porque é um maniento pelo controlo.

Nesse mesmo dia a noite, Diana não parava de fazer perguntas sobre a sua prenda a Rafaela.

-Só uma pista – pediu ela.

-Nem pensar! – disse Rafaela, lavando a loiça – O ano passado dei-te uma pista fraca e tu mesmo assim descobriste.

-Mas isso foi porque abanei a caixa até saber o que era – disse Diana sorrindo- Quando me disseste que partia, vi logo que era um perfume que eu tanto pedi.

-Pois mas este ano, nem vais chegar lá perto – disse Rafaela sorrindo – Foi por isso que comprei a mesma prenda para ti e para a Leo, nunca iram descobrir.

-Então podes pelo menos dizer o que vais dar as outras pessoas – disse Diana triste.

-Já sabes o que vou dar ao teu irmão – disse Rafaela, sentando-se a beira da amiga na mesa da cozinha.

-Sim, vais dar aquele jogo que ele te implorou o ano todo – disse Diana sorrindo – Mas não chega, diz me outra.

-Qual queres saber? – perguntou Rafaela dessitindo de esconder o quer que seja da amiga – Não posso dizer a da Leo, porque é igual a tua.

-E que tal o que foste comprar hoje para o meu irmao? – perguntou Diana, com um sorriso maroto na cara.

-Como assim? – perguntou Rafaela fazendo-se de desentedida.

-Eu sei que hoje de manhã lhe foste comprar alguma coisa, porque queres lhe agradecer o que fez por ti – explicou Diana – O que lhe compraste?

-Algo perfeito para um maniente pelo controlo que tem tudo que quer – disse Rafaela corando – Depois vês, porque não te vou dizer, porque passei vergonha a comprar aquilo.

-Agora tenho de saber – disse Diana, com um sorriso enorme.

-Depois vês, quando ele abrir, porque já embrulhei a prenda – disse Rafaela, revirando os olhos.

-Mas eu nem sei se ele vai passar o natal lá em casa – disse Diana triste – Diz-me lá o que é.

-Ele não vai passar o natal conosco? – perguntou Rafaela, preocupada.

-Não sei, ele ainda não disse nada – explicou Diana – Ele não anda lá muito ele mesmo desde que ...

-Desde de que o deixei – suspirou Rafaela – Eu queria mesmo agradecer-lhe.

-Então devias ir dar-lhe a prenda – disse Diana animada – Ele deve estar em casa dele neste momento.

-Nao sei se é boa ideia – disse Rafaela confusa.

-Eu acho que devias ir – disse Diana – Ele não nós dá sinal de vida a bastante tempo e aposto que não te fechava a porta na cara, como fez comigo e com o Tiago. Nós, na verdade, estamos muito preocupados com ele. E assim deixavas-nos a sentirmos melhor, era a melhor prenda de natal que podiamos receber.

-Tens a certeza disso? – perguntou Rafaela – Porque posso ir devolver a tua prenda amanhã?

-Era a segunda melhor prenda – disse Diana sorrindo – Então vais ver como ele esta e levar-lhe a tua prenda?

-Acho que sim – disse Rafaela animada – Mas já é tarde.

-Ele deve ter acabado de chegar a casa – disse Diana para acalmar a amiga – Vai lá e liga-me quando falares com ele.

-Está bem, vou vestir alguma coisa e vou lá – disse Rafaela, revirando os olhos – Se ele me mandar embora, vais fazer as minhas tarefas durante o próximo ano.

-Rafa, em qual mundo algum dos meus irmãos te fecham a porta na cara? – disse Diana, revirando os olhos – Anda lá antes que percas a coragem.

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