Capítulo 21 Momentos excitantes

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No dia seguinte, Rafaela acordou muito bem dispostas, apesar de tudo que tinha acontecido, a vida sorrir-lhe e estava pronta para este novo capítulo da sua vida. Decidiu ir preparar o pequeno-almoço, mas quando se virou na cama, apercebeu-se que David não estava deitado a seu lado. Rafaela ficou um pouco preocupada, afinal de contas ele estava de muletes e podia-se magoar, por isso foi a procura dele pela casa inteira.

Entrou na sala nem sinal dele, o mesmo no escritório dele, como ele não conseguia subir escadas, só podia estar na biblioteca, no entanto não havia nem sinal dele em lado nenhum. Rafaela decidiu então arriscar no andar de cima, porque da maneira que aquele homem, é teimoso ao ponto de tentar levantar peso, mesmo com a perna partida. Subiu assim as escadas a correr e entrou na sala de ginásio, mas ao contrário do que achava que ia encontrar, deparou-se com David caido no chão a beira dos espelhos, deitado no tapete de praticar boxe. Este tinha os olhos fechados, como se estive a dormir e de facto estava, porque Rafaela conseguia ouvir a sua respiração funda.

-David? – disse ela, aproximando-se dele – David, estás bem?

David abriu os olhos e sorriu quando a viu.

-O que aconteceu? – perguntou ela, sem saber o que fazer – Estás bem?

-Estou bem – respondeu David, iluminando a sua face com um enorme sorriso – Estava apenas a tirar uma sesta.

-No chão? – perguntou ela, desconfiada – Estas a dormir no chão, quando tens uma cama quentinha com companhia? Tens a certeza disso?

-Sim! – respondeu ele – Podes dar-me uma mão?

Rafaela ajudou-o a levantar e os dois ficaram sentados no chão a beira um do outro.

-O que realmente se passou? – perguntou ela, novamente.

-Não foi nada!

-David! – mandou ela vir – Estou a falar a sério. Sabes que não te vou deixar em paz se não me contares?

-Só se prometeres que não te rir – disse ele, envergonhado.

-Claro que não me vou rir quando acabaste de sair do chão – disse ela, tentando fazê-lo falar.

-Cai – explicou ele – Estava farto de estar na cama e decidi vir tentar fazer algum exercício, para exercitar a minha perna, para ver se melhoro mais rapidamente. No entanto, mal entrei vim tentar dar uns murros no saco e acabei por cair, como tenho a perna engessada, não me consegui voltar a levantar e acabei por desistir e adormeci aqui.

-Porque não me chamaste? E onde estão as tuas moletas? Com elas não caias.

-Achava que não precisava delas para andar, mas estava enganado – disse ele, envergonhado.

-Não me digas – disse ela, desatando a rir.

-Tu prometeste – disse ele, zangado – Eu sabia que te ias rir.

-Não me estou a rir por teres caído, mas por preferir dormir no chão, a chamar por mim e correr o risco de magoares o teu ego delicado.

-Rafaela não binques com o meu ego – disse ele, revirando os olhos – Desde que parti a perna não posso fazer nada. Sou um inútil com aquelas muletas!

-A tanta coisas que podes fazer mesmo de perna partida.

-Acredita, não posso fazer nada daquilo que quero e preciso de fazer, com estas perna assim.

-O que queres fazer de tão importante que precisas de duas pernas para isso?

-Trabalhar, conduzir, cozinhar ... – começou ele, a enumerar as coisas.

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