Capítulo 9 Presentes de Natal

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Rafaela levantou-se e deu as prendas a Diana e a Leo, uma vez que as duas iam receber o mesmo, entregou as duas amigas uma caixa pequena vermelha, com um brilhantes por todo o lado.

-Mais vale abrirem as duas, porque já sabem que é igual - disse Rafaela, sorrindo.

-Finalmente! - disse Diana, animada - É um perfume?

-É muito pequeno para ser isso - explicou Rafaela - Frio.

-Um colar também - tentou de novo Diana.

-Morno - disse Rafaela - Quase...

-Nem acredito que estou perto! - disse Diana, sem conseguir respirar - Uns brincos talvez?

-Aindo morno - respondeu Rafaela - Mas vê por ti.

Diana e Leo abriram os embrulhos, sem piscar nenhuma vez e os seus queixos caíram, quando encontraram duas pulseiras igualzinhas a que Rafaela usava, eram três lindos infinitos, que tinham escrito nas bordas: "Sou uma de três".

-É linda, Rafa! - disse Leo - Obrigada!

-Voces são como minhas irmãs, nunca se esqueçam disso! - disse Rafaela, sorrindo - Gostaste animada?

-É a melhor prenda que podia ter imaginado - disse Diana, com uma lágrima caindo pelo rosto - Tu és minha irmã e ninguém o pode negar.

-Bem parece que é a minha vez - disse Rafaela, dando aos ombros.

-Deviamos ter feito isto ao contrário - disse David, levantando-se e indo buscar a sua prenda.

A prenda de Rafaela era grande e pesada, estava embrulhada num papel cintilante vermelho e tinha um enorme laço preto.

-De qualquer forma nunca vais adivinhar - disse David, dando-lhe a prenda - Não és a unica que sabe fazer supresas.

-Eu sei - disse Rafaela, sorrindo e pousando a prenda, porque era um pouco pesada - Será que é uma nova batedeira? Com este peso só pode ser!

-Muiti frio, Rafaela - disse David - Achas que ia ser assim tão facil?

-Não sei? - pensou um pouco Rafaela - Um montão de filmes de terror cheio de pedras a volta?

-Não - respondeu David - Mas boa ideia.

-Então, talvez um conjunto de livros? - tentou, por fim, ela.

-Não é bem isso - respondeu ele - Mas estas perto, quer dizer morno.

Rafaela abriu a caixa e o seu queijo caiu tanto, que ela achava que ia cair no chão, da caixa tirou uma máquina de escrever.

-Não acredito que sabias... - disse Rafaela, depois de recuperar do pequeno ataque cardíaco.

-Eu sei muita coisa sobre ti, lembraste? - disse David, piscando o olho.

-Não sabia que escrevias - comentou Afonso.

-Gosto de o fazer, às vezes - explicou Rafaela - Ajuda a tirar tudo que guardo dentro do meu coração. Mas só o faço por diversão.

-Não sejas modesta, Rafa - disse Diana - Escreves muito bem.

-É verdade - concordou Leo - Devias pensar em escrever um livro.

-Pois devias, Rafaela - concordou David - Agora é a minha vez, mas como todos já sabemos que o pai nos vais oferecer, que tal eu abrir a da pessoa a minha direita?

-Até parece que não gostas dos meus retratos engraçados de família - disse Rodrigo, rindo.

-Nós gostamos, pai - explicou Diana - Mas perdeu a graça depois do vigésimo ano.

-Vou abrir a da Rafaela, então - disse David, contente e animado.

-Isso é contra as regras - tentou Rafaela, fugir.

-Não se todos concordamos - sorriu Diana.

-Estás do lado de quem? - perguntou Rafaela, dando uma cotevelada suave a amiga.

-Que foi? - perguntou Diana, rindo - Também tenho curiosidade de saber que lhe vais dar.

Rafaela revirou os olhos e levantou-se, pegou na prenda de David e pousou-a na mesa a sua beira, a prenda era uma saca branca cheia de estrelas.

-Tem um peso normal - avaliou David a prenda - Talvez um livro sobre ser viciado em trabalho?

-Tens de te esforçar mais, porque senão nem vais chegar lá perto - disse Rafaela, sorrindo - Muito frio.

-Deixa-me pensar - continuou David - Um quit de primeiros socorros? Dava-me jeito.

-Por acaso, não era mal pensado - disse Rafaela, desatando a rir - Mas estás cada vez mais frio.

David abanou a saca tentando perceber o que era pela última vez.

-Isto é batota - disse ele, zangado ao ouvir o som de coisas a bater - Tem várias coisas aqui dentro.

-Assim é ainda mais fácil -explicou Rafaela - Tens muita coisa para escolher e só precisas de acertar uma coisa para saber as outras.

-Aposto que é uma garrafa de álcool, com um montão de pedras pequenas lá dentro - disse David, convencido que tinha acertado.

-Claro que não - riu Rafaela - Eu disse que nunca ias adivinhar. Vá lá, abre.

David abriu a saca como se fosse uma criança, rasgou a saca em pedaços só para encontrar várias coisas embrulhadas dentro.

-Este primeiro - disse Rafaela, apontado para uma caixa na saca - Depois os outros são ligados a esse.

David rasgou a pequena prenda num estante e desatou a rir, quando viu que era uma medalha enorme.

-Para o maior maníaco pelo controlo do mundo - leu David, as palavras gravadas na medalha - Esta é a prenda mais perfeita que podia receber.

-Não digas isso, antes de abrir o resto - brincou Rafaela.

David rasgou o restos das prendas dentro da saca e desatou a rir cada vez que descobria o que estava por detrás do papel, a saca tinha uns binóculos, para ele perseguir as pessoas; uma fechadura, para ele fechar as pessoas que gosta à chaves; uma coleira, porque ele tem a mania que manda em tudo; umas algemas, para ele prender as pessoas onde as quer e por fim, um mini livro de auto-ajuda chamado "Como lidar com a minha mania do controlo". As prendas fizeram todos rir e todos concordaram com Rafaela, ela era de facto a melhor a dar prendas.

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