Capítulo 31 Segundas dúvidas

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Tinham-se passado exatemente um ano, desde que Rafaela tiha cometido a maior loucura da sua vida e aceitado casar com o homem mais impossível e encantador do mundo. Apesar de Rafaela querer levar o seu tempo a procura da maneira perfeita para casar, David ansioso o controlador, como sempre, deu-lhe exatemente um ano para escolher tudo que queria para casar, com medo que ela ansiosa e fechada, como era, muda-se de ideias e decidi fugir.
Na verdade, naquele momento ele ainda tinha medo disso, porque mesmo estando nesse segundo no topo de um altar, à espera do amor da sua vida entrar, e mesmo sabendo que ela não tinha qualquer intenção de fugir, pelo menos foi isso que lhe tinha dito ontem, a noite quando ele se esculpiu ao seu quarto para matarem saudades, mesmo assim, ele tinha medo que ela fugisse sem sequer olhar para trás. Que se apercebe-se da peça difícil que ele era e decidi-se que aquilo era uma loucura, apesar de contas atura-lo para o resto da vida, não vai ser tarefa fácil.

-Não te preocupes ela vai aparecer – disse Vasco, que se encontrava ao seu lado, como seu padrinho de casamento.

-A mesmo que ganha por fim clareza – disse Tiago, do outro lado, também como padrinho de casamento.

David suspirou e respirou bem fundo.

-Não te preocupes, clareza foi uma coisa que aquela rapariga nunca teve – disse Diana, dando uma tapa no irmão mais novo que estava ao seu lado – Para de o assustar! – disse ela, baixinho a Tiago e olhando para Afonso de forma a que ele tome conta de Tiago antes que faça algum estrago – Vou ver o que esta a demorar tanto.

Diana saiu pela porta principal da igreja e lá estava a sua melhor amiga, vestida com um lindo vestido branco de renda com um corte de sereia, e com um decote em coração. Trazia o seu cabelo apanhado numa linda coroa de tranças, cheia de pequenas flores a decorar, trazia ainda um lindo véu, enorme transparente e rendado que cobria a sua amizade.

-Achas que eu sou tola por casar com o teu irmão? – perguntou ela, para a amiga com cara de preocupada.

-Queres mesmo a verdade? – perguntou Diana, sem saber o que responder – Sim acho tudo isto é uma situação de tolos, mas a verdade é que não conseguir viver sem ele e por isso acho que estás a fazer a coisas mais certa e feliz, pela primeira vez na tua vida.

-Não sei se esse discurso me faz feliz ou querer fugir – disse ela, ainda com dúvidas.

-Rafaela hoje é o dia mais feliz da tua vida – continuou Leo – Vais casar com o homem que mais te ama neste mundo, e não ha nada mais bonito que isso, sei que tens dúvidas, porque nunca quisestes casar, mas acredita se ele te fez mudar de ideias é sinal que o amas mesmo muito e por isso não o deve deixar fugir.

Nesse momento, Júlia sai pela porta da igreja e olhou para as três.

-Está tudo bem? – peguntou ela, para as três amigas – É que o noivo esta uma pilha de nervos e não tarda nada, vem aqui buscar-te e levar-te ao altar.

-Levo-o ao colo se for preciso – diz David, saindo pela porta nesse mesmo momento.

-David? – ralhou Diana com o irmão – Isso dá azar.

-Não quero saber – disse ele, olhando para a sua futura mulher – Se a Rafaela está com dúvidas, tenho o direto de falar com ela antes que ela decida fugir para sempre. Será que posso falar com a minha noiva durante uns segundos?

-Estás a quebrar muitas tradições – disse Rafaela, sorrindo pela primeira vez naquele dia.

-Rafaela a nossa relação foi tudo mesmo tradicional – disse ele, olhando para ela e acariciando a sua face.

– Podem ir! – disse Rafaela para as amigas – Ele tem razão, preciso de falar um pouco com ele.

As três saíram, entrando na igreja.

-Está tudo bem, querida? – perguntou David.

-Não sei – tentou explicar ela – Pensei que hoje ia estar mais feliz do que em qualquer outro dia, mas a verdade é que este dia está a ser o mais stressante que qualquer outro dia que tenha passado, incluindo o divórcio dos meus pais. Não e que não esteja feliz, tenho é medo que seja assim para sempre depois de casar-mos.

-Querida não é por casarmos que algo vai mudar, na nossa relação – começou ele, aproximando-se ainda mais dela e beijando-a com carinho – Estás a ver como relaxas ao meu toque? Só isso interessa, se quiseres fugirmos agora mesmo e casamos só nós os dois. E normal este dia ser stressante, mas tens de te focar nisto – disse ele, tocando no seu pescoço – No que sentimos um pelo outro. E vou ser sincero, não vai ser fácil aturar-me para o resto da vida, por isso não te culpava se quiseeses fugir hoje, mas prometo que vai ser uma aventura, que vamos realizar juntos e rodeados de amor e felicidade. Mas tudo depende de ti, não te quero pressionar a nada, faremos o que quiseres. Tu comandas esta relação, foste sempre tu e serás sempre tu, porque eu estou ao ter mercê, para sempre.

-Podes chama-las de volta – disse Rafaela, sorrindo.

-Queres que lhes peça para trazer alguma coisa? – perguntou ele, preocupado – Tipo as chaves do carro?

-Sim! – disse ela, revirando os olhos.

-Sim? – perguntou ele, com cara de assustado.

-Sim, quero que elas me tragam o meu buquê, porque estou pronta para casar – disse ela, animada.

David voltou como maior sorriso da sua vida e disse a Diana que podiam chamar os pais da noiva, porque ela estava pronta para se casar. Os pais, sim, porque Rafaela tinha pedido ao pai que a acompanhá-la ao altar, para além de ser ele a levá-la ao altar, pediu também para o pai de David, Rodrigo, se podia fazer o mesmo, porque tinha sido ele o homem que mais a tinha apoido ao longo da sua vida. Mas como a sua relação com o seu pai estava melhor, ela pediu a ambos para a levarem ao altar.

-O David é um homem com sorte – disse Artur, o seu pai envolvendo o seu braço do lado direito de Rafaela.

-Um homem demasiado sortudo – disse Rodrigo, que estava com uma lágrima no olho, porque nunca pensou ver o seu filho mais velho a casar.

Com as suas três damas de honor a sua frente, Júlia, Leo e Hélio e a sua madrinha mais a frente, Diana, Rafaela começou a entrar pela frente da igreja ao são dos cinos e do hino. Uma pequena lágrima saiu do canto do olho de David, quando a viu desfilar lentamente em sua direção e todos suspiraram quando viram o quando bela ela estava. Estavam lá todos aqueles que ela e David amavam, todos vieram festejar a sua felicidade, de um lado das bancadas estava Leonor, que não parava de chorar desde manhã, ao lado de Diogo e Elsa, o pai biológico e a madrasta de David, juntamento com os seus filhos, André e Carlos, que não paravam de fazer asneiras e dizer o quando bela a sua futura tia estava; do outro lado, estava Tomas, ao lado de Susana, a mae de Rafaela, e Pedro, o novo vizinho da frente, que conseguiu conquistar Diana. Atrás destes, estavam os tios de David, Cátia e Diogo e os seus adoráveis filhos, Inês e Afonso, que estavam a adorar vir a um casamento tão grande, ao lado de Maria e Joaquim, que estavam mais felizes pelo noivos que os próprios noivos. Estavam ainda mais algumas pessoas que eram-lhes queridas a todos eles, estavam felizes por estes se terem encontrado num mundo tão dificil. "Tinha-lhe saído a lotaria", pensou David quando a sua futura esposa chegou, a sua beira ao altar e lhe olhou com o maior carinho do mundo.

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