Capítulo 22 Pequenas compras

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Nesse mesmo dia, Rafaela estava inspirada para fazer um almoço próprio de reis, mas notou que não havia muito coisa por onde pegar, porque nos armários da cozinha de David, tinha apenas cereais e coisas básicas para cozinhar, assim como massa e arroz. Com saudades de fazer um bolo para ela, em vez de ser para um cliente, Rafaela ganhou força e decidiu que tinha de ir as compras, apesar de não querer sair daquele casulos de amor e proteção, que eles tinham criado nesses últimos dias.

-Tenho de ir as compras! – disse ela, olhando para David, sentado no sofá, a escolher um filme para verem enquanto comiam.

-Não precisas de ter esse trabalho – disse ele, olhando para ela sorrindo – Faz uma lista das compras e envio ao Tomás ele traz todo que precisares.

-Pensei que ele era o teu guarda costas e não o teu empregado – disse ela, revirando os olhos – Estás mesmo habituado a que os outros façam tudo por ti.

-Ele é bastante ágil, consegue arranjar-me tudo que queiras – disse ela, piscando-lhe o olho.

-Não tudo ...

-Rafaela, não precisas de sair quando ele consegue arranjar tudo que queiras e ainda fica contente, porque gosta de ti bastante – disse ele, levantando e indo em sua direção, beijando-a quando se aproximou dela e amarrando a sua cintura aproximando-a dele.

-David – disse ela, dentro dos seus lábios – Eu vou as compras! Mas tarde ou mais cedo, temos de sair desta proteção.

-Não pode ser mais tarde? – disse ele, acariciando a sua cara e o seu lábio.

-Não! – disse ela, afastando-se dele – Vou fazer uma lista e vou-me vestir. Tu ages como se tivesses medo de ir as compras, ninguém me vai matar daqui ao supermercado.

-Não sabes disso – disse ele, mudando de expressão – Não te esquecas que o tentaram fazer a pouco.

-Não te preocupes, o supermercado é grande o suficiente para estar a salvo.

-Tens mesmo a certeza que não te consigo convercer a ficar?

-Não vais conseguir, eu gosto de ir as compras, de demorar o meu tempo e ver as promoções e os diferentes produtos e as marcas.

-Então, eu vou também! – disse ele, convencido – Não te vais ver livre de mim assim tão facil.

-Queres ir ao supermercado comigo? Nesse estado? – perguntou ela, apontado para a sua perna.

-Estás a dizer que estou mal vestido para ir ao supermecado? Da última vez, que verifiquei o supermecado não tinha um código de vestuário.

-Estou a falar da tua perna, estás de moletas, vamos demorar o dobro do tempo se fores comigo. Mas espera aí, da última vez que verificaste? Qual foi a última vez que foste a um supermercado?

-Sei lá. Por norma, mando vir tudo que preciso ou o Tomás arranja-me o que preciso, se for uma emergência.

-Quer dizer que toda aquela roupa interior que me compraste foi o Tomas que foi comprar?

-Não foi eu quem escolheu, ele apenas foi a loja buscá-la por mim.

Rafaela corou, com o pensamento de  Tomás a olhar para a roupa rendada vermelha, que ela trazia vestida no momento.

-Então espera aí, alguma vez fostes as compras? – perguntou ela, divertida com o fato de ele provavelmente nunca ter posto um pé no supermecado.

-Como assim? Fomos as compras no outro dia, quando fomos comprar roupa para ti.

-Não estou a falar de roupa. Alguma vez foste as compas de comida para a casa?

-Não, acho que não. Nunca pensei nisso, na verdade, talvez quando era pequeno com a minha mãe, mas acho que não.

-Então podes vir comigo – disse ela, sorrindo – Isto vai ser divertido! Vamo-nos vestir.

-Porque é que o facto de eu nunca ter ido as compras te deixa tão divertida?

-Porque pela primeira vez que te conheci, que eu vou ser a tua primeira em alguma coisa.

-Como assim?

-Vou fazer parte da primeira vez que vais a um supermecado.

-Tens noção que foste a única e primeira mulher que amei?

-Não estragues o meu entusiasmo. Vamos vestir-nos, antes que eu perca a vontade e te deixe para trás.

-Como se conseguisses deixar-me para trás.

-Testa-me... – disse ela, correndo em direção do quarto deles.

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