Capítulo 8 Quinze minutos para a meia noite

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O primeiro a jogar era Rodrigo, a sua esquerda estava Leonor e por isso ela levantou-se e deu-lhe a prenda que era dela para ele. A prenda era fofinha e estava embrulhada num papel vermelho.

-É mais uma camisa? – tentou Rodrigo.

-Frio. Achas que seria assim tão facil? – perguntou Leonor.

-Um casaco, então? – tentou novamente Rodrigo.

-E só tens mais uma tentaiva – disse Leonor – E frio, já agora.

-Vou receber umas meias – tentou Rodrigo uma última vez.

-Não amor, eu disse frio – disse Leonor, rindo.

Rodrigo abriu a prenda e desatou a rir, quando viu que era um gorro quentinho e uma luvas pretas.

-Com esta não esperava – disse Rodrigo, rindo.

-É a minha vez! – disse Leonor.

Tiago que estava sentado a sua beira, levantou-se e deu a sua prenda a mãe, esta estava numa saca cheia de flocos de neve.

-Esta é na verdade minha e de todos, porque todos ajudaram e a ideia foi na verdade da Rafa – explicou Tiago, dando a prenda a mãe.

-É pesada – disse Leonor, pegando na prenda – E uma estátua para minha coleção de anjos?

-Frio – disse Tiago – Nada a ver.

-Então é um livro de cozinha – tentou Leonor – Espero que tenha receitas tuas, Rafaela.

-Frio, outra vez – disse Tiago.

-Talvez uma moldura a dizer que vou ser finalmente avó? – disse ela, piscando o olho.

-Não, nem daqui a muito tempo – disse Tiago, abanando com a cabeça – Mas estás morna, na verdade.

Leonor abriu a prenda e tirou de lá um enorme álbum, cheio de fotografias dela, de Rodrigo, dos seus filhos e de todas as pessoas que lhe eram importantes na vida. O álbum continha um pouco da sua vida até ao momento e no final tinha uma dedicatória de cada um deles.

-Estou a ver que este ano foi eu quem foi suprendida – disse Leonor feliz –Obrigada, meninos!

-Agora sou eu – disse Tiago.

Rui levantou-se e deu-lhe a prenda, a prenda era pequena e consistia somente num envelope.

-Não me digas que me vais dar dinheiro? – perguntou Tiago, ao amigo.

-Frio! – disse Rui – É melhor que isso.

-Melhor só se for bilhetes para o campeonato – disse Tiago, com uma pinga de esperança.

-Foi demasiado fácil – disse Rui, rindo.

-Obrigada, mano! – disse Tiago, abrindo o envelope.

-Sou eu! – disse Rui – O que será que irei receber? Algo para ir jogar talvez?

-Já sabes o que é idiota – disse Afonso, chateado porque o amigo tinha descoberto a prenda que ele iria oferecer-lhe.

Afonso deu a caixa enorme com o nome de Rui e este abriu de emediato, eram umas sapatilhas novas.

-Obrigada, irmão – disse Rui.

-De nada, batoteiro. Minha vez, por fim! – disse Afonso – O que será que a minha princesa tem pronto para mim.

Leo levantou-se e deu a sua prenda ao namorado. A prenda era uma pequena caixa vermelha.

-Espero que gostes – disse Leo, piscando o olho.

-Não me digas que me compraste um relógio? – perguntou Afonso.

-Frio – disse Leo – Tenta outra vez.

-Por favor, que não seja uma gravata – disse Afonso, suspirando.

-Achas mesmo? – perguntou Leo – Gelado, pensa naquilo que mais queres.

-Eu queria uma guitarra nova, mas nunca na vida cabia aqui uma – pensou ele – Um fio de uma guitarra talvez.

-Devias ter ido com a opção anterior – disse Leo, com um sorriso – Isso é só uma parte, o resto esta em casa.

Afonso abriu a caixa e dentro estava uma paleta.

-Não acredito! – disse Afonso, beijando a namorada – Obrigada!

-É a minha vez – disse Leo – Até tenho medo de ver o que me vais dar Diana.

Diana levantou-se e deu a Leo uma saca enorme de muitas cores, com um laço enorme amarelo.

-Um casaco – tentou Leo – Deste tamanho não imagino mais nada.

-Quente! – disse Diana – Nessa secção.

-Um vestido, então! – disse Leo – Igual ao teu vermelho, que estou apaixonda.

-Boa pontaria! – disse Diana sorrindo – Minha vez.

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