Capítulo 29 Alma negra

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Depois de duas semanas dado como morto, David adormeceu na sua cama, com a mulher dos seus sonhos nos seus braços. Sabia que tudo ia ficar bem e que iam conseguir resolver todos os problemas em que se tinham metido. Mal este sabia, que o resto dos problemas estava a espera dele para voltarem. David abriu os olhos, contente pela primeira vez naquelas semanas e deparou-se com a visão sensual de Rafaela a vestir-se depois de tomar banho.

-A isto é que eu chamo acordar com uma boa vista! - disse ele, sorrindo e olhando para ela com um ar de malandro.

-Bom dia, para ti também - disse ela, acabando-se de se vestir - Vou comprar alguma coisa para comer e já venho.

-Eu vou também! - disse ele, tentando sair da cama, mas não conseguiu uma vez que as suas mãos estavam acorrentadas a cama - Rafaela! O que é isto?

-Não posso correr riscos! - explicou ela - Assim não me fuges mais.

-Sempre pensei que era eu que te ia acorrentar a cama para não fugires, afinal de contas estava enganado! - disse ele, rindo.

-Parece que estavas! - disse ela, sorrindo e dando aos ombros.

Mas nesse mesmo momento, o telefone de Rafaela tocou e mal o atendeu, os olhos de Rafaela aumentaram de horror.

-Rafaela? - disse Tiago, do outro lado do telefone - Preciso que venhas rápido a casa dos meus pais.

-Quem é? - perguntou David, sem perceber o que se estava a passar.

-Tiago está tudo bem? - perguntou ela, sabendo que ele não estava bem.

-Não te preocupes, ele sabe que estou vivo - disse David deitando-se na cama e puxando-a para se sentar ao seu lado.

-Rafaela, a Carla está aqui e tem uma arma - explicou Tiago, horrorizado - Ela disse que se vocês os dois não estiveram aqui em meia hora, que começa a matar um de cada vez até chegarem.

-Nós já vamos - disse Rafaela, tentando manter a calma - Vai ficar tudo bem!

-O que é que o chato do meu irmão quer? - perguntou ele, beijando-a - Deviamos aproveitar que me tens preso e dar asas aos teus fetiches.

-David! - disse Rafaela, seriamente e subindo para o seu colo de forma a lhe desapertar as algemas - Temos de ir!

-O que se passa? - perguntou ele, sabendo que algo de sério estava a acontecer, devido a sua cara de preocupada que ela tinha acabado de ganhar.

-A Carla está em tua casa e tem uma arma - explicou ela - Temos de ir.

-A Carla? Não acredito este tempo todo e era ela a mente por detrás de tudo isto. Quando a apanhar, mato-a!

-Claro! - disse ela, olhando para homem que amava - Desta vez não vou cometer o mesmo erro.

Quinze minutos e muitos semáforos vermelhos depois, os dois tinham chegado a casa dos pais de David. Bateram a porta, mas esta estava aberta e abriu-se quando bateram. Entraram com cuidado e foram em direção da sala, onde ficaram horrorizados com o que e contraram. Diana e Tiago amarrados as cadeiras de um lado da mesa, Leonor noutra e o seu marido noutra, mas estava inconciente e com muito sangue na cabeça. Nesse momento, Carla surgiu da cozinha com uma travessa de bolo numa mão e uma arma na outra.

-Sejam bem vindos, por fim! - disse ela, sorrindo para os dois - E melhor se juntarem ao resto da família neste jantar.

-Tu estás louca? - disse David - Mas o que raio pensas que estás a fazer? Pensas que te vais safar com isto assim tão facilmente?

-Eu quero aquilo que me pertence - disse Carla, olhando com raiva nos olhos - Aquilo que mereço!

-Se é dinheiro que queres, podias ter pedido, teria-te dado o que quiseres, para que este pesadelo acabe - disse David, pondo-se a frente de Rafaela, protegendo-a.

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