Capítulo 69💗

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Natália narrando:

Jason entrou no palco e eu peguei Akasha no colo, ela balançava os bracinhos assim como toda a multidão. De longe vi meus amigos perto da grade, eles acenaram pra mim, eu mostrei a aliança e balancei a mão rindo pra eles.

-Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Mas eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz
Onde eu nasci
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar -Jason cantava e o público ia à loucura com ele, eu não tava por baixo junto com todo mundo do lado do palco, tava tudo muito lindo e o melhor de se ver é que ele tava muito feliz em fazer aquilo.

-Ó, funciona mais ou menos assim: você tá no centro da cidade, aí você pega o metrô, aí você vai pra Central, aí você chega em Santa Cruz, de Santa Cruz você pega uma combe até Sepetiba, aí quando cê chega ainda tem casa. Aí quando eu falar assim "Diretamente", vocês falam "Da puta que pariu" porque é longe pra caralho -Nessa hora eu não aguentei e ri muito, assim como o público. -Aí eu vou falar assim ó, vou fazer igual um maestro. -Mexeu a mão como se tivesse regendo uma ópera. -Diretamente da?

-PUTA QUE PARIU! -O povo gritou e eu gritei junto. Enquanto o Major fazia o beatbox, a gente continuava gritando. De verdade, eu tava realizada! A onda de energia tomou o meu corpo e eu não queria mais que ela saísse de mim.

[...]

Depois de cantar mais algumas músicas, Jason tirou a camisa e enfim veio a Poesia 6. Akasha tava com Agnes e eu tava tentando guardar cada momento na minha memória enquanto Maria gravava tudo pelo celular do Índio.

-Tá, mas pra cantar minha parte da música eu queria chamar uma pessoa muito especial pra mim. Cês sabiam que eu tô namorando, tá ligado? -Eu ouvi aquilo e olhei pros meus pais, que ergueram e abaixaram a sobrancelha pra mim rapidamente, me despertei do transe com alguém da produção me dando um retorno pra colocar no ouvido e um microfone.

-Vem, minha ameixa! -Jason me chamou e eu ouvi o povo indo ao delírio. Deus, onde eu me meti? Fui pro palco visivelmente envergonhada, mas rindo de toda aquela loucura.

-Oi! -Me limitei a falar porque eu tava com muita vergonha e eu recebi um "oi", seguindo de uns assobios.

-Ê, rapá, minha mulher! Um salve pra minha mãe que tá ali, minha filha também, Agnes linda, sogrão e sogrona! Meus amigos que tão aqui perto da grade!-Ri negando com a cabeça enquanto ele dava tchau pros nossos amigos e eu dei também, aí o instrumental começou.

-Vai vai vai, meu quarto ainda tem seu cheiro de amor e sacanagem, ô governador o senhor abaixa o preço da passagem, que pra casa da Natália é mó viagem, na moral, sacanagem. -Ele entrelaçou nossas mãos enquanto cantava. Então deixa eu provar sua, AMEIXA! -Juntou nossos corpos e fez carinho no meu rosto e como se fosse possível, ouvi mais gritos ainda. A música continuou e eu acompanhava, não com o microfone obviamente.

-Ela gostou do Xamã, falou que eu era segredo e me guardou dentro do seu sutiã. -Apontou pra mim e eu só sabia rir.

-Como se eu não fosse nada, explicando quase tudo. Seja pra mim só, seu amor malvadin! -Abracei o corpo suado de Jason e dei um beijo em sua bochecha.

-NA BOCA, NA BOCA, NA BOCA! -Ouvimos o público gritar, demos um selinho e nem preciso dizer o quão vermelha de vergonha estava, né? Dei tchau pra todos e voltei pra perto de Agnes.

Jason fez uma versão de "Era uma Vez" acapela, cantou "A Bela e a Fera 2" com Agnes, mais algumas sozinho e encerrou o show quase às 20h.

Ele tomou banho, deu umas entrevistas, tirou fotos e pediu pra um homem de sua produção deixar sua mãe e Akasha em casa, meus pais disseram que iriam jantar num restaurante e me deixou lá com Jason.
Depois de muita luta, encontramos Victor, Júlia, Felipe, Gabi, Lucas, Dayane, Paola e Douglas.

-Porra, quase não encontro vocês! -Falei abraçando todo mundo ali.

-Oi, senhora malvadinha!. -Júlia fala e eu sorrio, ficamos conversando e eu apresentei Agnes pro povo, impossível não gostar dessa menina!

Ficamos andando pelo parque, comprando besteira pra comer e zoando muito e minha barriga já tava doendo de Major RD fazendo graça. Sinto alguém tapar meus olhos, minhas mãos tocam a mão da pessoa e vão até o pulso, percebo as mãos compridas e só pode ser um indivíduo.






cheguei pra te arrasar vocês com mais um capítulooo. não se acostumem com a frequência de postagem, aiai.
votem e comentem, okay? amo-vos💗

Uma linda mulher |Xamã| CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora