Um bom negócio

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     Will e Elizabeth finalmente estavam sozinhos na cabine, os olhos dela fitava os dele, a luz do luar que entrava pela vidraça refletia nos lábios avermelhados dela. Era difícil para ambos descreverem o que sentiam naquele momento. Todos os instantes de sua vida após despedir-se de Elizabeth naquela ilha, William jamais deixou seus pensamentos longe de sua bela amada, almejava o momento em que a teria em seus braços novamente, que sentiria o cheiro de sua pele e o calor de seu corpo. Se tornar o capitão do Holandês Voador trouxe-lhe a alegria de libertar seu pai da maldição, mas também a tristeza de viver longe de seu amor.

    — Está cada vez mais linda — Will se aproximou e acariciou o rosto de sua esposa.

   — Will... — Ela o abraçou forte e foi correspondida.

      Após ser deixada na praia, Elizabeth permaneceu ali, observando as ondas até o anoitecer, suas lágrimas eram um misto de felicidade e tristeza. Havia se entregado ao seu grande amor e agora só o veria dez anos a frente, a saudade lhe consumia todos os dias, porém a esperança aquecia seu ser. Guardou o baú com o coração de Will com a promessa de que retornaria ao mar para ficar junto de seu amado mesmo que fosse por um único instante, e lá estava ela, abraçada a ele, a razão pelo qual respirava.

       Ela o fitou e discretamente mordeu o canto do lábio inferior enquanto delicadamente desabotoava os botões da camisa bordô que Will trajava. Não poderia esperar mais, seu corpo ardia e clamava pelo outro e assim que ele a beijou com intensidade ela pode perceber que aquela sensação era recíproca.

      William ergueu sua amada e ela entrelaçou suas pernas em volta da cintura dele. Os dois continuavam a se beijar até ele a colocar sobre uma cama não muito confortável mas que naquele momento passava despercebido.

      Lentamente ele a despia e com beijos leves acariciava seu pescoço e ombros. Elizabeth fechou os olhos e suspirou aproveitando ao máximo aquela sensação deliciosa. Ela percorria seus dedos finos sobre o peito desnudo de Will. Em alguns instantes as peças já estavam sobre a madeira fria enquanto o casal se amava intensamente sobre o reflexo do luar. Cada gemido, cada sussurro era único. A chama do amor e prazer envolvia ambos tornando aquele instante de ecstasy inesquecível.

    — Eu vou te amar para sempre senhor Turner.

   — Pela eternidade senhora Turner.


— — —

      Jack não conseguia dormir, sua mente trabalhava incansavelmente aquela noite. Havia perdido seu precioso Pérola, estava cada vez mais distante de tomar posse do coração de Nirina e por fim mas não menos importante Moira. Sparrow se sentia incomodado com a presença de Daniel por mais que o rapaz fosse útil em seus planos, talvez ele soubesse o motivo, mas recusava-se a aceitar.

      Vencido pela insônia, o capitão do Pérola Negra seguiu do alojamento para o convés, tudo estava silencioso e iluminado pelo luar,  notou a presença de Moira na proa do Holandês com sua espada cortando o ar.

     — Linda como o nascer do sol. Seria uma pena se o jovem Daniel a levasse não é mesmo? — Uma miniatura de Jack surgiu em seu ombro direito.

    — Ele não vai levá-la. — Jack respondeu.

   — Daniel foi encontrado, Moira está de volta, tudo de acordo com o plano, meus parabéns — Continuou o pequeno Jack.

   — Excerto por estar novamente preso no baú de Jones — Outro Jack apareceu de trás de um de seus dreads do lado esquerdo — Use a cabeça Jackzinho, mate o rapaz, fique com a dama e leve o colar como presente de casamento.

Piratas do Caribe E o Coração de NirinaOnde histórias criam vida. Descubra agora