Bebei, amigos, yo ho!

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    Os olhos de Moira fitavam curiosamente o pirata a lhe defender e por um instante até se esqueceu que aquele não era o momento certo para aquilo.

    — O que pensa que está fazendo? — Perguntou o homem exaltado pela interrupção.

    — Me diga você — Respondeu o outro com um semblante divertido.

    — Com a minha espada vou arrancar o coração de vocês dois e dar aos tubarões! — Gritou o homem tomado pela raiva.

    — Acho que não amigo. — Desafiou o pirata.

    Vários outros piratas adentraram ao local e empunharam suas espadas na direção do outro.

   O bravo pirata que a salvou olhou para baixo encontrando Brodbeck ainda no chão.

 — Fique a vontade querida tempos todo o tempo do mundo. — Disse em ironia.

    Moira logo entendeu e se levantou, começando a correr sendo seguida pelo bom samaritano que vez ou outra trincava sua espada com as outras para tentar se livrar das investidas. Os dois saíram do pub correndo por becos e vielas o mais rápido que podiam.

  — Posso saber... posso saber o seu nome ? — A garota perguntou ofegante. Já estava ciente de quem ele era, mas não poderia deixar isso em evidência.

  —  Para que saber? Se morrer não fará diferença alguma senhorita. — Ele a puxou para trás de umas caixas de madeira pilhadas a frente de uma viela.

   — Sou uma sobrevivente afinal de contas —  Ela disse ofegante e ele a fitou.

   —  Capitão Jack Sparrow — Sorriu orgulhoso — Fique aqui e procure não chamar a atenção savy?

    Sem mais delongas ele começou a escalar um dos muros. Moira se perguntava para onde ele estaria indo e observava atentamente as ações do capitão. Jack chegou até uma varanda onde havia enormes barris de vinho. Quando o bando se aproximou ele jogou os barris lá de cima sobre eles os atrasando um pouco. Na sequência desceu de lá e fez sinal para que a garota o seguisse.

   Jack e Moira corriam o mais depressa que podiam, afinal a artimanha que usou não iria impedir os piratas por muito tempo. Quando passaram por um dos caminhos menos iluminados da ilha já muito ofegantes e cansados, Moira sentiu alguém segurar em sua perna. Ela imediatamente parou assustada.

   —  Nirina... — Disse uma velha mendiga enrolada em trapos encardidos e mal cheirosos.

   — Me solte! —  A garota pediu e a mulher soltou. Jack retornou para ver o que estava acontecendo.

  — O coração de Nirina reclama por seu dono... — A velha senhora tinha a voz rouca e cansada.

  — Vamos, não temos tempo para isso — Diz Jack impaciente.

  — O tesouro mais cobiçado e poderoso dos mares está próximo a ser encontrado... — Ao ouvir as palavras da senhora, Jack se aproximou e logo Moira e ele se abaixaram para dar ouvidos ao que a velha lhes contava.

  "Há dezoito anos atrás nascia um bebê fruto da terra e do mar. A criança teria o poder de controlar os mares e oceanos. Mas no dia que sua mãe lhe deu a luz, ela pode ver o terrível destino que sua cria teria. Quando completasse quinze anos a criança seria descoberta e seus poderes considerados uma ameaça para todas as naus que flutuam, e a ganância dos homens por dobrarem os mares seria fundamental para que ela fosse caçada e morta com crueldade. A única forma de livrar aquele pobre ser de seu destino mortal seria retirar seu poder de semi-deus, e assim foi feito. O poder da criança foi posto em um colar... Que ganhou o nome de coração de Nirina ou seja, coração de água. Mas havia um preço alto a ser pago por isso. A Deusa não poderia criar seu bebê, ele teria que ser deixado para sempre. Então em uma noite de lua cheia, o bebê foi deixado à deriva no mar do caribe e nada mais se sabe sobre ele"

Piratas do Caribe E o Coração de NirinaOnde histórias criam vida. Descubra agora