O Despertar

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    Agonizante era a dor que Moira sentia por todo seu corpo, o poder que um dia foi lhe tirado agora lutava para unir-se novamente a si. Ela gritava desesperadamente sentia sua pele queimar como fogo, sua cabeça ser espetada com alfinetes e seu ar desaparecer como se estivesse se afogando no mais profundo oceano. Era como se sua carne deixasse os ossos, mas mesmo assim não poderia morrer. Tudo isso acontecia no interior da jovem, pois seu corpo continuava imóvel no chão da sala em destruição.

  Calipso novamente se transformou em uma mulher e ao seu lado observava toda a transição que a filha passava, pegou um colar semelhante a um terço, porém seu pingente era a mesma imagem da caixa de música, e começou a recitar algumas palavras.

  “Tão leve quanto a brisa, tão impiedosa quanto o mar, Oh bela criatura que libertada será.

    Diante de teu poder que todos os homens do mar se curvem, que aos seus pés clamem por misericórdia.

     Que sua beleza dê esperanças e seu esplendor se eleve aos céus.

     Contemplado seja o fruto da terra e do mar.

     E que seus inimigos nada mais sejam que poera no ar, e que todos eles sintam a dor com o despertar de Nirina.

     Um toque do destino… ”

 

    Nesse momento Nirina abriu os olhos, o brilho de suas orbes nada mais se comparavam ao anterior, eles estavam firmes e cruéis. A energia que emanou ao despertar jogou Calipso contra uma das paredes do templo. A semideusa se levantou e fitou sua mãe desacordada, voltando a sua forma original; água. Ela ignorou friamente e seguiu para a saída do templo.

  — — —

     Will, Gibbs, Elizabeth e Jack  atravessavam um mangue que agora já não tinha mais a água azulada que encontraram em outra parte da baía. Eles tentavam chegar à praia o mais depressa possível, acreditando ser o melhor lugar para se protegerem no momento, também supunham que os marujos sobreviventes que deixaram o templo teriam seguido o mesmo caminho.

 — Não consigo acreditar que mais uma vez dizia a verdade — Iniciou Elizabeth, pulando do tronco de uma árvore a outra.

  — Sim, não é um clássico? — Jack usou sua espada para equilibrar-se nas grandes e escorregadias raízes.

 — Você sabia o tempo todo, só ainda não entendi como — Disse Will

 — História grande, tempo mínimo. Tudo que precisam saber é que conheci Nirina quando ela ainda era um bebê. Mas já que estamos envolvidos a revelações, me digam, por que queriam o Coração? — Sparrow parou na frente de Turner, ansioso pelo fim do mistério que a muito tentava desvendar.

— Barganha Jack, Calipso viria atrás do colar, então eu iria propor a ela uma troca, os poderes de sua filha por um meio de Elizabeth e eu ficarmos juntos.

— Isso não seria a cada dez anos? — Retrucou o capitão.

— Dez anos é muito tempo para quem ama capitão Sparrow — Elizabeth se aproximou — Sei que haverá um momento onde irá entender.

— Lizzie querida, como já lhe disse uma vez, adoro esses momentos! Adoro acenar para eles quando passam — Jack sorriu.

     Era claro que o pirata fanfarrão recusava-se a aceitar o amor e seus inúmeros significados, os motivos que o levava a renunciar tal sentimento era algo que Sparrow carregava consigo a sete chaves.

Piratas do Caribe E o Coração de NirinaOnde histórias criam vida. Descubra agora