Capítulo 26

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Pov's Any

Minha cabeça está explodindo. É como se alguém estivesse martelando meu crânio sem parar e por conta da dor demoro para abrir os olhos, mas quando o faço me deparo com o ambiente desconhecido no qual me encontro.

Nunca estive nesse lugar, mas meu cérebro ainda não está acordado o suficiente para entrar em desespero. Aos poucos vou percebendo a garganta um pouco seca, a dor nas costas e por fim a dor bastante incômoda na área lá de baixo.

"Merda!" - tenho um sobressalto ao constatar que a dor que sinto só pode significar uma coisa, ainda mais somado ao fato de eu estar totalmente nua.

Ouço o som abafado do chuveiro da suíte desconhecida em que estou e começo a relembrar algumas cenas da noite anterior. Eu e Sabina naquela festa, eu e Bailey no clube, as bebidas coloridas, o banheiro, a ligação para o Noah, seu apartamento e.... Essa não.... não, não, não!

Isso não pode ter acontecido. Eu transei com o Noah?! Eu me lembro de sentir um tesão descontrolado e.... Ai meu Deus, eu praticamente abusei dele. Ele estava tentado me impedir o tempo todo, enquanto eu ficava me esfregando nele, que vergonha.

Enquanto penso no que fazer com a minha cara e com meu corpo nu, meu celular vibra indicando que recebi uma mensagem. É de Bailey, eu o deixei na balada sem mais nem menos, ele deve estar desesperado.

Bailey me enviou mais de cem mensagens e me ligou cinquenta e quatro vezes desde as duas da madrugada.

Me esforço para controlar a respiração e ligo para o seu telefone. Aguardo Bailey atender com o celular apoiado no ombro enquanto pesco minhas peças de roupa espalhadas pelo quarto e as visto de um jeito meio atrapalhado.

- Any, é você? Onde você tá? Você tá bem? - o moreno atende no primeiro toque e dispara a falar.

- Bailey, se acalma, eu estou bem, estou em um quarto de hotel sozinha, não sei como cheguei aqui - decido que é melhor mentir sobre Noah e seu apartamento.

- Você sabe a localização? Eu vou aí te buscar e....

- Não! É... Eu chamo um uber e te encontro - droga Any não dava pra ser mais sutil?

- Certo... Eu estou na frente da sua casa - ele parece desconfiado - Tem certeza que quer vir sozinha?

- Tenho sim, chego aí o mais rápido possível.

- Então está bem....

- Certo, até daqui a pouco - digo e desligo em seguida.

Quando termino de calçar os sapatos o chuveiro é desligado. Entro em desespero novamente e depois de me certificar que peguei todos os meus pertences saio do apartamento às presas já pedindo o uber enquanto aguardo o elevador.

Desço todos os infinitos andares do prédio luxuoso e consigo passar pela portaria com facilidade após dizer o meu nome para o segurança. Noah deve tê-lo dado para o homem na noite anterior.

Fico aguardando na calçada por dois minutos até o carro chegar e finalmente eu poder sair dali.

O trajeto até minha casa é silencioso fazendo com que eu fique imersa em meus pensamentos relembrando cenas da minha noite com Noah.

Suas mãos me apertando com força, sua respiração ofegante, a dor que senti mas que logo foi substituída pelo prazer intenso.

Só de lembrar do corpo escultural de Noah colado ao meu já sinto uma pontada entre as pernas e me obrigo a afastar esses pensamentos. Chegamos ao bairro onde moro depois de dez minutos.

Assim que nos aproximamos da minha casa avisto Bailey de pé, encostado em seu belo Porsche preto.

Durante as duas últimas quadras bolei um esboço da mentira que terei que contar para o moreno do outro lado da rua, o restante terá que ser improviso.

Assim que o carro prata vai embora, atravesso na direção de Bailey sem saber o que esperar. A expressão em seu rosto é indecifrável, não dá pra saber se está cansado, aliviado, chateado ou feliz.

- Bailey me desculpa por ter sumido desse jeito, eu estava fora de mim e....- assim que em aproximo, disparo a falar. Porém sou interrompida por Bailey que me aperta em um abraço caloroso.

- Sou eu quem tem que pedir desculpas Any, não devia ter te deixado sozinha - ele me solta e posso ver a culpa em seu rosto, fazendo com que também me sinta culpada pela mentira que irei contar - Você se lembra de alguma coisa? O cara te machucou?

- Eu não sei, a única coisa de que me lembro é de ter entrado no banheiro feminino depois disso é tudo um borrão - um borrão de sexo selvagem. Me lembro de cada segundo, o membro de Noah em minha boca e depois dentro de mim - De manhã acordei sozinha em um quarto de hotel com as roupas e pertences intactos - um cão mentiria melhor.

- Ainda assim... Acho melhor irmos ao hospital - ele diz enquanto checa algo no celular - Ah, e eu tentei falar com seus pais mais ninguém atendeu o telefone nem a porta.

- Eles devem estar viajando provavelmente e minha governanta vai para casa aos domingos.

- Provavelmente? - ele arqueia as sobrancelhas.

- É uma longa história - dou de ombros

- Certo.... então vamos para o hospital - ele diz e nós fazemos menção de entrar no carro quando o som de uma porta batendo e uma voz conhecida nos interrompe.

- Saindo de fininho Any? - Fudeu.

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-Nota da autora-

Oi gente, como vocês estão?
Agora ferrou pra Any, o que vocês acham que vem a seguir?
Cometem o que acharam do capítulo de hoje e não esqueçam de votar.

Bjs
Alyssa💞

For Us-NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora