Capítulo 27

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Pov's Noah


Ainda são oito da manhã quando acordo com Any agarrada ao meu corpo. A imagem de seu corpo nu colado ao meu me traz automaticamente lembranças da noite anterior. Não me lembro quando foi a última vez que me senti assim tão vivo.

Me levanto afastando Any com cuidado para não acordá-la e pego meu celular encima do criado mudo, na tela vejo o lembrete da reunião com meus sócios e da rápida viajem até a cidade vizinha à pedido do meu pai. Até hoje não entendo essa história de fazer reuniões aos domingos, mas fazer o que? Trabalho é trabalho.

Entro no banho e saio vinte e cinco minutos depois encontrando a suíte vazia. Any e seus pertences sumiram.

- Mas que merda é essa?- como assim ele saiu sem dizer nada? Nenhuma mulher pode cair fora no outro dia sem mais nem menos depois de transar comigo, nem mesmo Any.

Pego roupas limpas no guarda-roupa. Puxo o lençol da cama e arregalo os olhos ao contemplar a mancha vermelha que se destaca em meio ao branco. Aos poucos a culpa da noite anterior me invade novamente, só que três vezes pior. Eu não apenas transei com Any enquanto ela estava bêbada, eu tirei a virgindade dela.

Corro para calçar os sapatos e ir atrás de Any. Saio com o carro rumo ao lugar mais provável de encontrá-la.

Quando chego em sua casa, encontro a mesma falando com Bailey na calçada. A cena faz com que uma raiva cresça dentro de mim e rapidamente saio do carro disposto a quebrar a cara do desgraçado.

- Saindo de fininho Any?- consigo chamar a atenção dos dois. Any me olha assustada enquanto Bailey parece confuso- você sabia que é falta de educação sair assim, sem se despedir?
- Noah eu não...
- Do que ele tá falando Any?- Bailey pergunta para a morena que parece desesperada.
- Ela não te contou? Any foi embora comigo ontem a noite, fomos para o meu apartamento- ela me olha com ódio.
- Você disse que acordou em um quarto de hotel e que não se lembrava de nada- Bailey diz encarando-a.
- Eu só...- ela não sabe o que dizer, parece um cãozinho assustado, porém a raiva que sinto não permite que eu me comova com sua situação.
- Você se joga encima de mim que nem uma puta e depois diz não se lembrar? Bem, se não se lembrasse de nada não teria caído fora deixando pra trás só uma mancha de sangue não é Any?- ela arregala os olhos para mim e eu logo me arrependo de ter dito isso.

Bailey começa a rir de modo sarcástico dando dois passos para trás.

- Você me deixou sozinho na balada pra dormir com o Urrea? Não sabia que você era uma vadia desse nível Any- Bailey diz com desdém e eu sinto meu sangue ferver ainda mais. Any parece assustada e incrédula ao mesmo tempo.
- Quem você pensa que é pra...- ela inicia, mas antes que possa terminar eu vou para cima de Bailey e lhe acerto um soco no nariz fazendo com que o mesmo caia no chão.

Percebo que algo cai do bolso de sua jaqueta, um frasco pequeno que rola para perto do meu tênis. O pego e vejo o líquido transparente em seu interior, se for o que eu estou pensando... Cheiro para conferir confirmando assim a minha suposição. Não achei que fosse possível minha raiva aumentar ainda mais, porém a vida é cheia de surpresas.

- Você deu GHB para ela?- aumento a voz gradativamente enquanto o filho da puta se levanta do chão.
- Talvez eu tenha colocado um pouco na bebida dela- ele diz com um sorriso doente estampado na cara sangrando.
- Você pretendia estuprá-la seu filho da puta desgraçado!- avanço sobre ele mais uma vez e nós dois caímos no chão, comigo por cima dele socando seu rosto incontáveis vezes.

Continuo acertando seu rosto enquanto ele tenta se defender, até que sinto mãos em meus ombros que me puxam para longe de Bailey e me impedem de avançar nele novamente.

- Me solta porra! Eu vou matar esse desgraçado.
- Fica frio aí rapaz- é Joey um dos seguranças do Sr. Soares que me segura pelos braços enquanto eu me esforço para me soltar.
- Por que está tão irritado Urrea?- Bailey se levanta com dificuldade- eu posso até ter começado o serviço, mas no fim, foi você que comeu a putinha não foi?- Joey não é capaz de me segurar dessa vez.

Empurro Bailey com força, ele recupera o equilíbrio e me acerta com três socos. Não recuo nem um passo sequer e acerto seu olho direito. Em seguida bato sua cabeça com força no capô do Porche. May cai outra vez no chão e eu aproveito para deferir vários chutes em seu estômago.

- Se chegar perto dela mais uma vez eu mato você- digo para o idiota ensanguentado no chão. Socar a cara do desgraçado fez com que a raiva dentro de mim diminuísse. Agora consigo pensar com mais clareza.

Any. Não devia tê-la tratado daquela forma. Olho em volta mas não a encontro, é bem provável que ela não queira me ver por perto agora, então decido ir para casa para tomar outro banho e colocar curativos nos ferimentos das mãos e do rosto.

Só espero que ela possa me perdoar.

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-Nota da autora-


Oi gente!

O que vocês acham do Bailey agora? Ele mereceu a surra?

Espero que vocês tenham gostado. Comentem suas opiniões e não se esqueçam de votar.

Amo vocês!

Beijos.
Sara💕

For Us-NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora