25. Entre abraços

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Henry

Minha respiração estava rápida, meu corpo havia entrado em um colapso de serenidade enorme, eu estava deitado, mas minha mente relembrava o que acabamos de fazer. Eu sentia sua presença ao meu lado, e nossos corpos mantinham uma sintonia respiratória.

Me aproximo de seu corpo, e a abraço colando suas costas a minha frente; ela era tão bela, com seu corpo curvado, e seus glúteos empinados, seu cabelo espalhado, sua pele nua coberta por um mero lençol.
Eu admirava o encanto que ela tem, o poder do único corpo que desejo.

Beijo seus ombros, sendo o mais carinhoso possível, eu pensava que havia machucado ou feito algo que causasse um sentimento ruim, pois desde nosso momento íntimo ela não tinha pronunciado nenhuma palavra.

Eu desejei por dias essa mulher, sonhando com seus charmes e joguinhos na cama, seus gemidos e gritinhos a cada tapa, as expressões de prazeres que ela poderia fazer quando a dominasse. E nada do que pude pensar se comparou ao que aconteceu hoje, eu senti a confiança que ela depositava em mim, o modo como ela me deixava guiar todo o momento, ela estava certa e nada mudava sua ideia, depositava todas as esperanças em mim e no meu cuidado.

Eu queria ter ela todos os dias, poder senti-la o mais próximo possível em toda as manhãs, nos banhos, no escuro da noite, na madrugada fria, qualquer e todo momento, queria tê-la para mim.

—Anjo, está tudo bem? Eu te machuquei?- pergunto fazendo movimento repetitivos com o dedo, subindo e descendo o seu braço.
—Está tudo bem meu amor, eu só estou um pouco cansada.- diz dessa vez virada para mim, e depositando suas mãos em minha cintura.
—Você gostou?- pergunto com os olhos vidrados no seu.
—Eu mais que gostei, me senti especial com você naquele momento.- diz sorrindo com um rosto puro e ingênuo, realizada e eu posso sentir sua honestidade.- E você gostou ? Eu não sou experiente, posso ter feito algo errado.
—Anjo, eu nunca havia feito amor com ninguém, e a sensação vai além do imaginável, é uma experiência que nem eu sabia, e juntos descobrimos, você com seu carinho e beijos, me fascinaram.- digo notando o brilho de seus olhos aumentarem.
—Então de certo modo eu sou a sua primeira?- pergunta meio tímida.
—Sim anjo, é a primeira que me apaixono.- beijo sua testa que se encontra levemente quente.

Permanecemos calados e amorosos um com o outro, olhando direto e sem desvio, com a nossa respiração sendo a única sonoridade presente. Eu estava encantado com a sua beleza, o modo como a lua cheia iluminava e realçava a sua incrível beleza, eu me sentia sortudo por conter uma mulher semi-deusa ao meu lado.

Ela sorria e fechava os olhos, o que creio estar imaginando ou repetindo em sua memória a cena recente, e assim como ela eu também pensava, era um sonho.

Eu havia feito amor com a mulher da minha vida, e eu falo isso firme, ela é a mulher da minha vida, e eu vou fazer de tudo para impedir algo ruim de acontecer a ela, vou tentar não magoá-la, porque me partiria o coração vê-la chorando.

Quando ela me disse que tinha estado péssima quando me viu supostamente beijando aquela menina da faculdade, eu me senti o pior homem, e ser humano por ter magoado um ser tão agradável e gentil como ela, que é feliz e solidária com todos; eu queria explicar o que aconteceu mas fui impedido, ela precisava de espaço, mas eu não queria espaço, queria beija-lá e me redimir. Doía pensar que naquela noite, ela poderia estar chorando no seu quarto, por achar que eu não a quero, ou algo pior, mas eu entendi que ela precisava ficar sozinha e pensar um pouco.

Sou tirado dos meus devaneios com ela chamando meu nome tranquilamente.

—Henry, eu não queria te atrapalhar.- diz um pouco receosa pelo tom de voz.- Mas eu estou faminta.- termina e eu rio alto.
—Ai anjo- eu ria.- Se quiser podemos descer e comer a lasanha, deve estar fria, mas eu aqueço o forno novamente.- sugiro a observando.
—Por mim está bem.- diz levantando-se, mas a ouço de volta.
—Ei não tão rápido.- puxa- rápido e ela cai sobre mim.- E meu beijo?- pergunto com cara de cachorro pidão.
—Hm o senhor Henry quer meu beijo?- concordo com a cabeça.

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