Paradise on Earth

18. A arte

                                      Valentina

No meio da semana

Acordei e não sei por qual razão mas estava feliz.
Esses últimos dias tem sido radiantes e animados ao lado de Henry.

Na faculdade falamos sobre o projeto, e enquanto temos tempo conversamos e rimos juntos.
No serviço, apenas nos encontramos no elevador e algumas vezes que ele me chama à sua sala, pois tivemos algumas reuniões. Está sendo o mais casual possível, para que não haja falatório ou murmurinhos sobre algo. Em sua sala, conversamos sobre o projeto, e mesmo sem perceber, emendamos uma conversa singela e com sorrisos sobre nossas vidas.

Sinto que aos poucos, Henry fica mais próximo de mim, e é algo novo e assustador, deixar alguém que eu não conhecia e não fazia a menor ideia que iria conhecer, entrar na minha vida de uma forma tão rápida.

Eu gostaria de falar sobre Henry para meus pais, mas é algo que preciso ter certeza; sei que meu pai irá gostar dele, o ciúmes estará ali, mas meu pai sabe quando eu estou feliz, eu apenas tenho medo de algo dar errado e eu me precipitar, e no final ter meus pais mais protetores para comigo.

Deixo meus pensamentos para outro momento, e me levanto para realizar minha rotina matinal, que se resume em escovar os dentes, tomar meu banho, e vestir uma roupa apropriada para a empresa.

Estava na cozinha preparando o café, e Tin entra em casa.

—Val, posso usar aquele seu perfume??
—Pode sim, acho que dessa vez deve estar na penteadeira.

Ele apenas vai ao quarto, e grita "Achei"; Tin tem estado bastante aqui em casa, assim como eu na casa dele. Estamos muito mais próximo um do outro, eu converso com ele sobre o Henry e ele me aconselha em tudo; nossa amizade parece ter anos, mas mal fazem meses que nos conhecemos. Ele me diverte e confesso que adoro saber que posso contar com ele, parece que tenho uma família, pequena mas é a minha.

—Então Val- ele diz querendo algo.- Me conta como estão as coisas com o Henry.- diz o nome dele fazendo uma voz fina e apaixonada.
—Ah para Tin!!.- digo rindo.- Mas sério mesmo, eu estou me apaixonando mais, como se fosse possível.
—Eu sou o único encalhado!! Não é possível.- ele fala meio triste.- Fala para o Henry me apresentar um amigo dele, porque se ele já e gostoso daquele jeito imagina os amigos.
—Tin.- digo incrédula.- Meu deus você tá que tá.
—Eu quero um homem, e você vai me arrumar um amigo dele.
—Vou ver o que posso fazer. - digo tímida.
—Uhuuuu eu te amo Val.- diz saindo do meu quarto.

Tomamos nosso café e apressamos para ir ao ponto, pois já estávamos atrasados. Pela sorte o motorista esperou por 2 min, e aparecemos; ele realmente é gentil e simpático. No ônibus conversamos sobre o almoço, e me lembro de estar esquecendo algo, mas não sei o que. O caminho até a empresa não foi longo, e nem demorado, até que hoje o motorista deu uma acelerada. Eu fiquei pensando, todos os dias que chegamos no ponto o mesmo carro passa, e a não ser que seja minha impressão, mas passa devagar.

Sinto como se alguém naquele carro me observasse.

[...]

Atravesso o corredor da empresa, e cumprimento todos, ou seja, as poucas pessoas que eu conheço e que falam comigo. Chego próximo ao elevador e o encontro, mas dessa vez ele não está sozinho, acompanhado por Junior e Rafaela, outros funcionários do meu setor. Adentro o elevador em silêncio, mas pude sentir que seu olhar fixo é quente em minhas costas, para tentar disfarçar minhas intenções, digo Bom dia em voz altas com meus olhos fixos no dele, que é retribuído por todos,.