Paradise on Earth

6. A escolha certa

                                       Henry

Acordo, e não é porque eu quero, o que me irrita muito, odeio ter que acordar antes do meu horário é ainda mais pelo Anthony.

Na ligação.:
—Diz Anthony.
—Que mau humor é esse Henry ?? - diz Anthony com voz de bêbado.
—Você está me acordando às 4:10 da madrugada, e ainda está bêbado?- pauso para respirar- O que você quer?
—Olha cara tranquiliza, tu está estressado né.- ouço o que parece alguém gritando seu nome- Calma aí. Então Henry continuando, tu tem que sair comigo.
—Anthony tu só vai em balada e enche a cara todinha, tenho dó das garotas que tem coragem de dormir com você.
—Eu sou bom de cama por isso elas ficam, não é coragem não, e sim tesão.
—Tu está me enrolando e até agora não me disse o que quer?
—Precisava que tu me buscasse aqui na Blues, meu carro acabou a gasolina e hoje a diversão não pode parar.
— Ah Anthony, pelo amor, pede um Uber.- digo bufando.
—Se eu achasse meu celular estava bom né.
—Mano, tu está usando ele para falar comigo. —Verdade.- diz rindo alto- Mas mesmo assim tu me buscando eu confio mais.
—Ah, beleza. Tu já me acordou mesmo né, manda sua localização pelo whats.
—Tu é demais cara, eu te amo!
—Para com essa melação e manda logo.

Infelizmente tive que levantar da cama para ir buscar aquele bêbado, como ele ainda consegue trabalhar comigo na empresa eu não sei, ele vive bebendo todas as noites e acorda pronto para outro dia. Mesmo ele me deixando irritado, eu tenho uma maior consideração por ele, foi o único que me apoiou e esteve ao meu lado quando meu pai morreu. Foi uma época difícil, minha mãe vivia trancada no quarto e não nos dava atenção, eu e meu irmão passamos a depender de babás e das empregadas.

Meu pai era um engenheiro, e construiu muito desses prédios próximos ao meu hoje, mas acabou morrendo em um acidente nas obras. Passei o ensino médio triste e deprimido, sem saber o que fazer ou o que seguir, até que tive a ideia de abrir um negócio para homenagear meu pai, que sempre teve o sonho de ter uma empresa voltada para a engenharia e na construção de prédios.

Confesso que demorei um certo tempo, para voltar ao caminho certo, se é que assim posso dizer. Terminei a escola, e comecei com o projeto da empresa; terminei a faculdade de administração, e junto a de economia, e iniciei a propaganda da minha marca, hoje somos conhecidos e bem procurados.Tudo o que eu tenho hoje, foi graças as minhas lutas e estudos, tudo para tentar realizar meu sonho e o do meu pai, a empresa não é exatamente como ele queria mas eu sei que ele ficaria feliz por ser uma empresa.

Eu achei certinho a localização de Anthony, até porque assim que entrei na rua, estava o besta gritando e rindo alto na rua. Avisto o segurança se aproximando dele e dizendo algo, imagino que ele estava dando uma bronca." Como esse homem consegue ser tão escandaloso e nem ligar para isso " penso comigo.

—Entra logo no carro vai Anthony, chega de passar vergonha.
—Calma Henry, preciso chamar as meninas.
—Peraí, tu não falou nada de meninas.
—Ah nem se preocupa elas não vão atrapalhar me nada.
—Anda logo então.- digo já sem paciência.

Ele apenas abre a porta e já consigo sentir o cheiro de álcool, que deixa-me enjoado.

—Tu não acha que bebe demais não? Está fedendo à álcool.
—Fica tranquilo Flor, que da minha vida cuido eu.
—Olha, eu vim até aqui te buscar, posso muito bem te deixar aí.
—Que nada, eu vou me comportar mamãe. - diz brincando.
—Está bom Anthony, vou deixar você em casa junto delas.

Dirijo por um tempo, e chego a casa de Anthony, que mal está podendo ficar em pé, mas minha parte eu fiz que foi trazer até em casa, o resto ele consegue, junto das " meninas " dele. Despeço e sigo para minha casa, na esperança de chegar e conseguir dormir pelo menos um pouquinho, mas o sol já estava nascendo e minha vontade de dormir já tinha acabado. " Droga Anthony" penso comigo.