Paradise on Earth

29. Provocações

Henry

A manhã estava linda, com não somente pássaros mas calor, após uma noite fria, o dia quente, aquecedor chegara, e para animar todos naquele dia. Minha sensação de alegria era a melhor, eu podia sentir a brisa que batia na janela e entrava pela minúscula brecha ali presente. Ela invadia o quarto e causava arrepios por estar um tanto refrescante.

Foi assim que acordei, com a brisa entrando e acordando-me dos meus sonhos, e que belos sonhos. Mas convenhamos a minha realidade era muito melhor, mais sonhadora e promissora, a mulher do meu lado valia muito mais que meus míseros sonhos felizes. Ela era o principal motivo da minha felicidade, me trazia paz e um imensidão de carinhos.

Hoje seria um dia promissor, com minhas energias positivas depositadas e esperanças acesas para que tudo ocorra o melhor possível naquele almoço. Que minha mãe iria gostar de Tina, isso eu já tinha ideia, mas eu não sei ao contrário, Tina já me ouviu falar coisas sobre minha mãe, e o seu comportamento descuidado com os meus irmãos durante uma fase, não sei se ela irá ser educada e gentil como é, sabendo o que minha mãe nos deixou passar.

E caso ela não consiga ser o que é, ficarei magoado, por ser apenas de minha preocupação ou conhecimento sobre raiva ou mágoas de minha mãe, não que eu tenha, mas se tivesse era entendível né? Mas Tina era um mulher de sensações, ela capta sua emoção e sente na flor da pele, e sua dor, passava ser dela também. Percebi em muitos momentos nossos juntos, no hospital, com minha mãe, quando contei do meu pai, e a sua inestimável morte, e até mesmo quando comentei sobre algumas namoradas que tentaram me extorquir. Ela realmente se sentira mal com todas as coisas que já haviam me ocorrido como se fossem com ela.

E isso me angustiava, porque sua dor poderia ser maior no momento de presença com a minha mãe, e acabar sendo rude ou ríspida. Mas conhecendo a minha mulher, acho pouco provável, mesmo que os sentimentos doam, ela não é impulsiva, ou deixa ser guiado pelas suas emoções momentâneas.

Posso estar exagerando mas quando minha mãe a a conhecer, quero que seja a mulher que minha mãe tem tanto falado para mim.

Flashback

—Henry, um dia meu menino.- o barulho de aparelhos hospitalares era o mais perceptível no momento.- Você vai encontrar a mulher, e quando isso acontecer vai estar realizado com a sua chegada.
—Mãe a senhora sempre me fala isso, e confesso que minhas esperanças não estão altas sobre.- digo com a minha mão em seu rosto.
—Filho a gente nunca deve perder as esperanças, ainda mais para o amor, um sentimento puro e genuíno.- diz vidrada em meus olhos.
—Está bem mãe, eu manterei minhas esperanças, e a senhora a sua de ter uma nora inigualável.
—Ok meu amor.- diz fechando os olhos.

Muitos dos momentos íntimos que tive com minha mãe foram nos hospitais ou em seu quarto na escuridão que ela mantinha para apenas aumentar o seu luto. Mesmo sendo em circunstâncias um tanto desagradáveis, sempre agradeci de coração por todos os verdadeiros conselhos que ela já me deu.

Tina mexeu brevemente em meus braços, ainda dormia, e estava cedo para acorda-lá, então eu apenas a abracei com mais intensidade e continuei mexendo no seu cabelo para tranquilizar. Esses momentos simples e rotineiros me traziam os melhores pensamentos, ela estava em meus braços, comigo. Lembrei comigo nosso primeiro encontro, na qual minha maior vontade era beija-lá, avançar mais e sentir o seus lábios quentes cederem aos meus e nossas línguas brincarem juntas, e quando eu menos esperava ela tomou a iniciativa e me beijou.