9. A rara beleza

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                                     Henry

Claro, como você quiser baby.- digo para uma linda mulher.
—Está bem, então só abra os olhos quando eu mandar, mesmo estando com essa venda.
—Ok. - digo ofegante.

Sinto suas mãos deslizarem calmamente por meu rosto, cada momento que sinto sua pele em contanto com a minha, um prazer e um desejo enorme sobe pelo meu corpo; ela acaba tirando a mão e desaparece, já não sinto mais o seu calor.

O seu perfume já inundou o quarto, não é enjoativo, nem doce, mas um floral viciante, tento escutar seus passos, mas o silêncio é o que ouço.

—Tenha paciência, pare de tentar me procurar, quando eu estiver perto de você, saberá.

Apenas concordo com a cabeça, mas consigo perceber que sua voz estava vindo de um dos cantos do quarto, estava longe mas perto ao mesmo tempo.

—O que pretende fazer comigo? - digo movendo minhas mãos à minha cabeça.
—Fique quieto, não deixei que você falasse.- diz imperativa.

Estava muito quieto o ambiente até sentir meus braços serem presos por algo, me impossibilitando de tocar nela, percebi que estava gelado então deduzir serem algemas.

O pior era que o gelo delas apenas me excitaram mais, o choque da frieza com o calor do meu corpo, aumentavam meu desejo. Sinto suas mãos novamente em meu rosto, e seus lábios no meu pescoço, deixando leves beijos; beijava meu queixo, minha bochecha, e estava próximo da minha boca quando..

—ACORDA !!! - grita Anthony em cima de mim.
—Mano eu juro que qualquer dia desses eu vou te bater.
—Ah, não me diga que o sonho estava bom ??- diz animado sentando na cama.
—Nada a ver.- tento disfarçar minha excitação.
—Eita, foi tão bom que tu está com a barraca montada aí.- diz rindo- Ben precisa saber disso.
—Fique quieto- digo, mas não adianta.
—BENNN!!! Vem aqui, Henry teve um sonho quente e está excitadão aqui.
—Eu não acredito Henry, calma aí que tu não pode ficar sem o cobertor nesse momento.- diz Ben rindo.—Me deixem quieto.- digo cobrindo-me.
—Sem essa princesa, hoje arrumaremos uma mulher gata para você, vejo que está precisando.
—Estou precisando de nada.
—Duvido.- diz Ben saindo do quarto.- Vou preparar o café, desçam logo.

Levanto e caminho em direção ao banheiro, e realizo minhas necessidades. Estou animado, pode falar o que for mas eu amo todos meus amigos, eles são bestas eu sei, mas sempre me apoiam quando o assunto é sério, e mesmo com brincadeiras bobas e provocações eu gosto de ter eles do meu lado.  

A festa seria apenas às 18, então poderia ir à academia e ainda daria tempo de passar na empresa para pegar alguns papéis que o cliente pediu que eu levasse à festa.

Ben sempre cozinhou bem, por isso é formado em Gastronomia, e confesso que gosto quando ele vem aqui em casa, pois tudo que ele faz fica muito bom e o melhor é que eu não preciso cozinhar. Desci para a cozinha e tomei meu café da manhã na varanda, tentando relaxar um pouco, já sei que passar o dia com eles irá ser cansativo.   

Ouço algumas conversas e acredito ser os outros que também estão comendo assim como eu. Meus pensamentos fazem aventuras em todos os momentos que já tive com Valentina, podem terem sido apenas profissionais, mas mesmo sendo profissional ela consegue ser sensual. Espero que hoje eu não tenha vergonha ou segundos pensamentos e consiga falar com ela, mas como um amigo e não chefe.

Se Anthony perceber que eu estou olhando para ela, com certeza irá fazer alguma brincadeira, ou tentar conversar com ela sobre mim. O problema é que quando ela está perto de mim não consigo olhar para outra pessoa. Ela tem uma beleza inigualável, um sorriso contagiante, na sexta no dia da reunião eu não consegui me concentrar no que ela falava, apenas me atentava para o modo como a boca dela abria e fechava, era um movimento involuntário mas que tomava minha atenção. Meu desejo era beija-lá, descobrir qual era o gosto que ela tinha, segurar forte sua cintura, e me perder em seus lábios.   

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