Capítulo 24 Fofoca

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— Ele estava fazendo uma grande confusão na porta da senhora Taliw. Quero dizer, ele estava batendo naquela porta com tanta força que a maldita madeira estava começando a rachar! — Erick, um rapaz que morava ao lado de Taliw falou indignado.

— O que?! Nosso novo senhorio estava fazendo isso? — A senhora Garnette do prédio ao lado questionou, algumas mudanças boas haviam começado a acontecer no bairro como a reconstrução do parque e a diminuição dos assaltos na região, ela realmente havia pensado que os mitres eram boas pessoas.

— Sim! Eu não vi exatamente o que aconteceu, estava com muito medo de sair do meu apartamento, mas ouvi a maldita coisa toda. — Falou um rapaz talvez jovem demais para estar participando da conversa.

— Hmm... bem, eu simplesmente não acredito! Provavelmente é apenas um boato desagradável de algum garoto... — Senhora Garnette insistiu.

— É verdade! Eu estava lá! Ele estava fazendo uma cena dessas, minha esposa me acordou do meu cochilo e quando fui ver o que estava acontecendo, eu o vi batendo na porta da senhora Taliw! — Victor um homem que havia acabado de sair do prédio se introduziu na conversa.

— Realmente? — A senhora Garnette passou a se sentir duvidosa sobre a primeira impressão dos mitres.

— Dê uma olhada na porta dela se você não acredita em mim. Você pode ver onde a madeira está começando a se partir. Esse grande sujeito é forte como o inferno. — Erick se pronunciou.

— Nunca os vemos muito, mas contanto que ele não queira fazer mal a ela... — Fala Helena inquieta roendo as unhas de preocupação.

— Bem, certifique-se de trancar a porra das portas à noite, perdoe minha linguagem para as senhoras presentes, mas eu juro pela minha vida que isso aconteceu. Eu estava tentando falar com ele, tentando descobrir o que diabos ele estava fazendo na porta de Taliw, mas ele me ignorou completamente e então ele desapareceu sem deixar rastros! — Milles falou soluçando, ele estava visivelmente alterado pela bebida.

— Saia daqui. Você deve estar bêbado... — A senhora Garnette fala torcendo o nariz por conta do fedor de álcool que vinha de Milles.

— Juro pelo meu pescoço, essa é a verdade! Apenas fumaça negra foi o que ele deixou! Pergunte a Benny. Ele estava lá.

— Milles está certo. Ele simplesmente se evaporou diante de nossos olhos e se foi. Foi algo terrível! — A cada minuto que se passava parecia que mais pessoas se juntavam ao redor da entrada do prédio velho onde Taliw morava. — Mas a história ainda não acabou. Então, enquanto questionamos nossos próprios sentidos e nossa sobriedade, o ouvimos de dentro do apartamento de Taliw ele chamando por ela.

— Não digo isso com frequência, mas Benny está certo. Dê as mãos a suas crenças. Não sei como nosso senhorio conseguiu, mas pude ouvi-lo se movendo dentro do apartamento dela. — Victor se pronuncia novamente sentindo um arrepio na espinha ao se lembras da noite anterior.

— Assustador!

— Sim, eu sei. — Milles apena concordou.

— Então o que aconteceu depois disso? — A senhora Bell estava passando pelo local, mas parou ao ouvir o que as pessoas de seu quarteirão falavam.

— Eu e Benny quebramos a porta dela... — Milles falou se sentindo mal. — Diga a eles o que vimos Benny, ainda estou um pouco abalado com isso.

— Parecia que havia uma luta lá, uma mesinha estava caída e um vaso foi destruído, sujeira estava por toda parte havia chocolates no chão e cacos de vidro de garrafas vazias!

— Oh Deus não... — Falou Helena que não havia tido coragem de olhar o apartamento da amiga na noite de ontem, por estar amedrontada.

— E quando olhamos ao redor, não conseguimos encontrar nem ele e nem a senhora Taliw. — Falou Milles. — Apenas fumaça negra.

— Você não acha que ele a levou, não é? — A senhora Bell falou sem conseguir conter a preocupação em sua voz.

— O que mais poderia ter acontecido? — Indagou Erick.

—  Eu fiquei tão abalado com o que vi que decidi ir no bar do Zippini e eu vi o mitre ontem lá conversando como próprio Zippini, o velho parecia abalado com alguma coisa... — Falou Milles. — se bem que eu não sei dizer se ele estava abalado ou nervoso.

— Todo mundo sabe que o Zippini estima muito a senhora Taliw. — A senhora Bell afirmou conhecendo a historia de amizade de Margaret e Zippini.

— Michel o segurança que trabalha lá me disse que o velho vai se encontrar com o mitre amanhã a noite... — Adicionou Milles. — Pensando agora será que o velho vai matar o mitre?

— Espero que Zippine o assassine. — Comenta Erick.

— Se ele levou Taliw, sim, eu também espero. — Diz a senhora Garnett. — Essa mulher me ajudou quando eu não tinha dinheiro para passar minha neta no hospital.

— E me ajudou também  pagar a taxa de proteção. — Falou Victor.

— Ela nunca negou ajuda a quem pedisse a ela. — Disse Helena se lembrando da apoio que havia recebido da mulher após no dia do velório de seu esposo.

— Bem... até que tenhamos certeza, não deveríamos estar desejando algo tão horrível para ninguém, pessoal. — Diz Maggie, a jovem moça do prédio a frente do de Taliw.

— O que mais poderia ter acontecido, Maggie? — Questionou Benny.

Maggie ficou em silencio ela, não havia visto nada, então não poderia opinar com certeza do que falavam.

—  Olha, até Taliw aparecer, eu acho que a coisa mais segura que podemos fazer é apenas evitar os mitres e a ninfe que vem fazer as manutenções na área. Mantenha as crianças longe do parque e das ruas, não fale com nenhum deles e deixe-os fazerem o que querem. Entenderam? — Erick argumentou.

O pessoal que estavam ajuntados concordaram entre si, alguns falando que sim e outros apenas com um aceno de cabeça.

— Eu não posso acreditar nessa merda. Sinceramente pensei... bem, não importa. É estúpido esperar por algo melhor vindo desta cidade, não é? — Diz a senhora Ganertt.

— Isso é tão assustador. Se eles pegassem Taliw uma mulher tão reservada e culta dessa forma, poderia ser qualquer um de nós a seguir! — Diz Benny.

— É por isso que temos que evitá-los agora. Não se dê a conhecer. — Diz Erick. — Neste momento a coisa mais segura que podemos fazer é nos mantermos distantes desses monstros.

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