Capítulo 52 Adeus

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É... Gal deveria ter sido mais cauteloso, era tão óbvio que aquilo não acabaria bem, era tão óbvio que aquilo era uma armadilha e Gal caiu tão facilmente que naquele momento ele se sentiu envergonhado.

A dor se rastejava pelo seu braço esquerdo a mesma que havia e praticamente tomado todo o seu peito e se estendia pela sua espinha e até chegar em suas pernas, a dor era tão forte que manter se de pé era complicado era como se suas pernas não o obedecessem, era como se suas pernas houvessem se tornando apenas gelatina, ele prometeu nunca se ajoelhar para perante alguém que não merecesse, mas naquele momento ele havia caído de Joelhos de frente aquele velho imundo aquele mesmo no qual ele prometeu para si mesmo matar da pior forma possível. Gal agora tinha que ver aquele sorriso estampado no rosto enrugado do seu inimigo o mitre cada vez mais enxergava turvo, e o mesmo sabia o que estava acontecendo, e a esse ponto acredito que você que está lendo também já sabe.

A morte estava próxima, tão próxima que Gal se perguntou se estava realmente pronto, ele não podia deixar seu irmão, nona, Lene ou Taliw, Ele não queria partir ainda ao menos não daquela forma nas mãos daquele bastardo, e deixando para trás coisas das quais ele nem havia resolvido ainda. Kax não o perdoaria se simplesmente partisse o deixasse desta forma tão indigna e momentânea, nona também não perdoaria já que aquela velha sempre dizia que ela deveria morrer primeiro do que os mais novos (Apesar de que Gal também não era lá o mais jovem), e Taliw... ele não queria deixá-la, não agora não depois de tudo que ele viu depois de tudo que ele ouviu sobre ela, talvez ele desde o início soubesse que não existia a possibilidade de ter uma chance com uma mulher incrível, mas ele queria ter tentado mais.

Não pela primeira vez sentiu a necessidade de fazer o papel do irmão mais velho dizer a Kax que ele deveria ser forte, mas Gal não teria oportunidade de dizer isso ao seu irmão mais novo, pedir a nona que ela deveria cuidar de Kax, Mary, Lene e seus irmãos como ela sempre tem cuidado como uma mãe mesmo nunca tendo compartilhando o sangue com nenhum deles e apesar de ser uma velha rabugenta Gal tinha que reconhecer ela era realmente alguém muito boa para este mundo. e Taliw deveria continuar sendo a mulher forte que é, e talvez procurar algo que a fizesse feliz e ele queria dizer a Kax para que cuidasse dela por ele, para pelo menos poder compensar todo mal que ele havia feito a ela.

Sempre dizem que um filme passa diante de seus olhos quando o Anjo da Morte estava próxima e sinceramente Gal preferia estar vendo a sua história apesar de não ser uma das melhores do que olhar para aquele velho nojento a frente dele segurando a arma que seu irmão havia fabricado, a arma que disparou contra o seu peito e cravou em sua pele em seu coração.

Gal prometeu para si mesmo não chorar naquele momento, apesar do momento não ser mais oportuno para si e por mais de que ele esperava viver ao menos mais um pouco ele não tinha motivos para estar triste era algo que Gal e Kax também entendia: a morte é um risco a se correr, fazendo serviço em que faziam a morte sempre estava espreita. E ele não deixaria não daria esse gosto a esse bastardo, ele não daria essa vitória também aquela escória velha.

Gal ou sentiu seus dedos formigarem e sua cabeça doía, era uma verdade os mitres realmente morriam de forma mais lenta era engraçado ter que comprovar isso por si mesmo e ainda assim não ter outro mitre ao seu lado para lhe dizer. Sua cabeça doía e chegou um ponto em que seus pensamentos não eram mais claros e sua visão era turva seu corpo se amoleceu e ele tombou para o lado, o velho se abaixou mesmo com muita dificuldade e observou até que os olhos vermelhos já não tivessem mais brilho, já não tivesse mais vida.

Já não havia mais vida...

O ego daquele velhos inchou, inflamou como nunca antes ele ria maliciosamente dizendo: eu matei um Mitre, o que é irônico já que nem sequer havia sido ele a disparar a arma, ele não havia matado o mitre Gal, mas com certeza ele havia de enfurecer outro, ele pensava em formas de anunciar para o mundo que ele fez, principalmente para o irmãozinho que ele esperava ver brevemente.

Ele pensou em cortar as partes do Mitre e espalhar os pela cidade em que comandava, seria um grande gesto de poder, mas algo mais ameaçador lhe ocorreu a mente, ele pensou em mandar uma parte de seu corpo para o Mitre mais novo, talvez um dedo com os seus Anéis Talvez uma orelha ou talvez a cabeça, a cabeça inteira era algo que normalmente chamava muita atenção e aterrorizava os inimigos. As coisas estavam indo bem para o Bill, já havia sido um mitre, agora faltava outro.



Uma caixa de tonalidade preta foi deixada perto dos portões da entrada de solene não se sabe quanto tempo ficou lá, mas um dos subordinados de Kax a achou e ao abrir seu rosto foi de espanto e tremor, rapidamente tomou uma decisão e levou a seu superior Que já estava estressado à procura de seu irmão há cerca de três dias... Kax reconheceria aquela mão em qualquer situação, mas nunca pensou em reconhecê-la naquela inespecífica...

Havia um bilhete audacioso como a tentativa de ser intimidadora:

"Eu e o resto de seu irmão estamos te esperando."

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