Capítulo 20 pequena mercadoria

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Antipatia instantânea. 

Não, isso não estava certo. Gal não desgostou imediatamente do senhor que bateu educadamente na porta antes de entrar no depósito com a permissão do mitre. Não... Gal instantaneamente odiou aquele humano e ele não sabia exatamente o porquê.

Gal examinou o homem dos pés à cabeça. Ele parecia ter já uma certa idade, embora Gal não tivesse cem por cento de certeza, ele acharia que esse sujeito era provavelmente bonito para os padrões de beleza humano. Ele tinha cabelos louros limpos, um corpo saudável, olhos azuis brilhantes e muito alertas, o que fazia Gal acreditar que este homem traficava drogas, mas não era usuário, ou ao menos não um usuário ávido.

O homem loiro sorriu alegremente enquanto tentava recuperar o fôlego.

— Sinto muito, eu demorei tanto para... chegar... chegar... aqui, — O homem disse ainda buscando desesperadamente por ar. — Quando Tony me disse que vocês dois cavalheiros precisavam de meus serviços, corri para cá o mais rápido que pude — Explicou ele antes de rir nervosamente. — A propósito, meu nome é Élio. — Finalmente recuperando o fôlego, Élio ofereceu a mão a Gal.

O mitri não tentou pegá-la e seguindo seu exemplo, Ennerd também não. Gal estreitou seus olhos para o homem antes que ele finalmente se movesse. No entanto, em vez de apertar a mão de Élio, ele enfiou a mão no bolso do terno para pegar o charuto e o acendeu, dando uma longa tragada nele. Após um incômodo minuto em que a mão de Élio ficou suspensa no ar sem ninguém pegá-la, ele casualmente baixou a mão, aparentemente incomodando com a fria indiferença de Gal.

— Certo. — Élio disse e refez seu sorriso um pouco forçado antes de olhar ao redor da unidade de armazenamento em oposição aos dois mitres.

— Senhor Gal... Eu não gosto desse cara, algo está errado sobre ele. — Ennerd sussurrou inquieto para Gal, o que fez o mesmo se sentir um pouco melhor. Não era só ele então.

Uma parte dele o estava incentivando a pagar pela merda da heroína e expulsar o cara, mas...

Outra parte dele queria descobrir o que era tão... inquietante sobre este homem. Havia uma parte dele que realmente queria saber o que havia sobre esse humano que fazia com que até os ossos de Gal chocalhar desconfortavelmente, então ele permitiu que o homem demorasse, mesmo que isso impedisse Gal de voltar para seu irmão mais rapidamente, o que resultaria em mais um adiamento a visita a pequena dama. 

Mas mesmo sabendo de tudo isso não conseguiu convencê-lo a chutar o cara para fora e enquanto o homem continuava a olhar ao redor da sala, o mitre começou a listar todas as coisas que eram tão diferentes sobre este humano em comparação com os outros humanos que ele já conhecia. 

A primeira coisa que ele descobriu foi como era estranho ver um humano parecer tão... sem medo ou não enojado por estar na presença de outra espécie. A maioria dos humanos que Gal conheceu, embora para ser justo, a maioria eram homens de Don Bill, sempre tinham esses sorrisos desagradáveis ​​em seus rostos ou mostravam sinais de medo flagrante, mas esse cara parecia completamente despreocupado com os dois grandes mitres.

Até mesmo sua pequena dama parecia um pouco chocada a princípio por ver um mitre em sua cidade humana mesmo sendo uma ninfe, mas este homem... era quase como se ele estivesse acostumado. No entanto, antes que Gal pudesse pensar mais sobre isso, Élio finalmente voltou para ele.

— Sabe, quando soube que Gren foi morto naquela emboscada, não pude acreditar no que ouvi. Sinceramente, pensei que aquele cara era tão mau que nem mesmo o demônio gostaria de tê-lo como companhia. — Disse Élio.

Gal deu outra tragada no charuto.

— Você faz parte do grupo de Don Bill?

Os olhos do homem se arregalaram com a pergunta antes que ele rapidamente negasse com a cabeça. 

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