Cruel

Capítulo 50 deixando tudo para trás

- O senhor acha que essa fatalidade ocorreu como forma de ameaça a vossa pessoa? - Taliw perguntou a ele ainda não entendendo onde essa história chegaria.

- Sim, e acho que o que ocorreu com a senhora possa ocorrer novamente... - Gal estava observando as reações da mulher, e não eram das melhores de um momento pra outro ela empalideceu suas bochechas perderam a cor e seus olhos se arregalaram. - Não se preocupe, sei que fui um dos motivos que que fez com que a senhora passasse por tal situação...

Gal havia levado a mulher para um lugar onde seria calmo e confortável, o terraço de sua casa era um bom lugar, mas apesar de tudo estar limpo, arrumado, e iluminado e as cadeiras postas serem bem confortáveis isso não foi o bastante para faze-la se sentir segura, principalmente de suas memórias.

Aquilo foi um pesadelo, um pesadelo terrível da vida real e agora ele estava dizendo que poderia ocorrer novamente? Ela sentiu seu coração disparar e seu estomago se contorcer. Aquilo era seu corpo se lembrando das sensações de quando foi nocauteada por um pequeno gole daquela bebida infernal.

Gal esperava que ela falasse algo, que ela se posicionasse, mas tudo que ele obteve dela foi aquela expressão de medo e terror, aquilo fez com que ele se sentisse ainda mais amargurado.

- Eu e meu irmão conversamos e gostaríamos que você vinhe-se para Solenne... - Ele propôs a ela. - Aqui você estará segura, e se não se sentir bem ficando em nossa casa posso arrumar um outro lugar onde possa ficar tranquila, e em segurança.

- Senhor Copae eu... eu não posso... eu tenho uma vida naquele lugar. - Era visível a indecisão da mulher, ela queria se manter segura, mas seria mesmo seguro estar ao lado desse homem? Que garantia ela tinha que isso não seria mais uma mentira?

- Olhe para mim senhora, - Gal se aproximou dela de forma um tanto descuidada o que a fez se assustar, mas Taliw percebeu que não havia maldade, pelo contrario, parecia haver preocupação e... desespero? - Não quero que abandone sua vida, é apenas por um curto período até que tudo se resolva, prometo que sera rápido... por favor, por favor você tem que se manter segura, por favor...

Os olhos de Taliw se arregalarão, Gal era um homem imprevisível e isso era de conhecimento geral, mas a ninfe nunca havia imaginado que aquele homem tinha a capacidade de implorar por algo...

Kax olhava pela a janela de seu quarto a noite havia caído novamente, ele se sentia mal, mal o suficiente para afetar sua produtividade. Desde que ele havia acordado ele não havia mexido um dedo se quer para fazer seu serviço, ele se sentia mal o bastante para se trancar em seu quarto e não colocar a cara para fora. Isso era péssimo, não era momento para ele fraquejar ele deveria estar mais ativos do que nunca antes.

Ele suspirou ao ouvir a porta ser tocada.

- Nonna volte mais tarde, não sinto fome. - Kax disse sem desviar os olhos da janela.

- Sou eu irmão... - A voz de Gal chamou a atenção de Kax enquanto tragava seu cigarro, ela parecia mais abatida do que antes de ter saído nesta manha para conversar com a senhorita Taliw.

"Talvez a conversa não tenha sido tão boa quanto ele esperava..." pensou Kax soltando a fumaça de cigarro antes de dizer:

- O que houve? Sua garota te decepcionou... - Gal entrou no quarto antes mesmo de Kax terminar sua fala. - Gal mantenha-se no minimo civ...

- Houve outro ataque.

- Na cidade humana? - Kax apagou o cigarro e se aproximou mais de seu irmão.

- Não, o ataque foi na entrada de Solenne, há cinco homens nossos feridos, mas fora de perigo, e dois civis mortos. - Gal informou e antes de Kax se pronunciar o mitre mais velho continuou a falar. - Vou juntar alguns de nossos homens e contra- atacar, a dois dias recebi a localização dele, então encontra-lo não sera um problema.

- Eu irei junto. - Kax falou já sabendo que seu dom valeria mais se utilizado em batalha do que mofando em seu quarto ou escritório.

- Não, fique e proteja Solenne, nesse momento é o melhor a se fazer é manter este lugar seguro. - Gal riu tirando preguiçosamente as mãos do bolso (ainda mais agora que sua senhora estava a caminho para se mudar). - O velhote não tem chances contra mim, vou lhe trazer a cabeça dele de presente para compeçar as dores de cabeça. - Gal tinha rasão, e Kax tinha que admitir deixar sua área sem proteção ou liderança era loucura. - Até por que ele tem suas armas, seu dom é forte para ataque, em quesito defesa você é um bosta... - Gal riu provocando o Copae mais novo, ele preferiria vê-lo com raiva do que como aparentava estar, decaído. - Estou indo, ah! Me faça um favor... com certeza você sera melhor que eu para isso... arrume uma boa casa aqui em Solenne, alguma que tenha flores... sim, eu acredito que a pequena dama realmente gostas de flores.

Gal não esperou por uma resposta apenas se foi, ele não queria olhar para a cara incrédula de Kax. Não era surpresa saber que Kax não acreditava que ela aceitaria, na verdade nem mesmo Gal acreditava que seria tão fácil.

Partindo do ponto dos últimos acontecimentos Gal tinha noção do havia a convencido, os olhos dela haviam terror, Gal até então não tinha muita noção do que havia ocorrido com ela durante o sequestro, mas foi a reação mal contida dela que a denunciou. Aquilo o amargurou e unica coisa que o fez se sentir melhor foi que ao menos ela estaria mais próxima dele por algum tempo.