Capítulo 27 Lene

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— Por que você é tão terrível com as mulheres, Gal? — Pergunta Lene, irmão de Marie, o mitre o olhava com um olhar de descrença.

Gal cerrou os dentes e enfiou as mãos nos bolsos enquanto Lene alegremente limpava um pouco de sujeira da tábua de madeira, que ele havia acabado de cortar, com um pequeno pano logo após o enfiando descuidadamente no bolso depois de terminar. 

Gal conseguiu encontrar o mitre no galpão onde normalmente ele produzia as peças de mobilharia, que ficava próximo ao bar do velho Norman que abriria um pouco depois das quatro horas. Era realmente incrível que o velho bastardo ainda pudesse operar seu bar sozinho e o fato de o lugar estar aberto desde que Gal era uma criança era uma façanha por si só. É claro que, quando Karl abriu seu bar em Solenne, há alguns anos, Gal honestamente pensou que os dias úteis do velho mitre estavam contados, mas o velho teimoso se recusou a se ajoelhar. Gal supôs que sua paciência valeu a pena. Desde que Kax deu o chute em Karl para que ele não voltasse mais a Solenne, o negócio de de Norman disparou, graças em grande parte aos clientes regulares de Karl agora se tornando os clientes regulares do velho mitre Norman.

— Deixe me ver se entendi. —  Lene deixou a serrote de lado decidindo dar uma pausa no trabalho, se sentindo desacreditado com o que ouvia. —  Você realmente acredita de depois de tudo o que você fez, ela iria te perdoar apenas com flores e chocolates? Esse era realmente seu plano? Se eu fosse ela eu também fugiria de você. Deixe-me ver na sua imaginação: uma senhora bonita e elegante como Taliw depois de te perdoar diz que você pode ir à casa dela à noite, à noite, para um jantar romântico e logo depois ela e você iriam dormir juntos?  Você só pode ter perdido a cabeça de vez. —  Gal se sentiu constrangido ao ouvir Lene rir de seus antigos planos. Gal sabia que Lene não iria puxar nenhum soco enquanto ele contasse as merdas que ele fez, mas merda, o desgraçado não poderia fingir não estar se divertindo com isso?

— Olha, eu já entendi que estraguei tudo. — Gal fala carrancudo, tentando fazer o amigo parar de rir de sua situação.

— Na verdade, não importa, pelo o que você me contou você já havia estragado tudo desde a primeira vez que você a viu. Suas chances de conseguir um perdão provavelmente não eram grandes. E bem sobre esse seu plano anterior, que falharia de qualquer forma, pelo que vejo Taliw não parece o tipo de senhora para... você sabe... —  Lene pigarreou e ergueu as sobrancelhas para Gal, enfurecendo ainda mais o mesmo. — acabar entre seus lençóis somente por conta de um pedido de desculpas. Você não é tão charmoso e gentil, Gal.

O mitre mais velho rosnou profundamente, mas Lene não ligou para isso. 

— Em primeiro lugar, não sabemos como aquela noite poderia ter sido, — Gal inchou um pouco o peito não querendo dar o braço a torcer. —  E em segundo lugar, vim até você porque não sei o que fazer, certo? Eu estraguei tudo e sei que Taliw não vai ficar feliz quando eu a vir, então, por favor, você pode primeiro me ajudar em vez de continuar zombando da minha estupidez? 

Lene riu novamente, mas para alívio de Gal, ele acenou com a cabeça e deu ao mesmo um sorriso menos provocador dizendo:

— Tudo bem, qual era o seu plano para hoje a noite? 

— Eu ia para ao trabalho dela hoje e me desculpar por ser um idiota, sem tentar força-la a nada ou exigir algo dela. — Gal se sentiu um pouco insultado quando Lene realmente pareceu surpreso com sua resposta.

— Por incrível que pareça... esse... é um bom primeiro passo — Lene disse, parecendo um pouco confuso. 

Gal se sentiu ainda mais insultado com suas palavras e disse demonstrando em sua face o descontentamento:

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