O ambiente do reino prateado é instigador ao compasso de melancólico. Um castelo reinado a água por todo seu arredor. O fluido escuro do lago dá certo receio. — Viðga jura avistar criaturas fazendo movimentos curtos sobre lá. — O príncipe aceita que ali será um local de repouso por enquanto. Tem que descobrir algumas coisas mal resolvidas. Além de Alrune é bem amedrontadora para uma Valquíria. Até a forma respeitosa que anda comporta uma beleza física com mais postura que soldados de longa data.
— Paredes de âmbar, pinturas... — Viðga admira o cenário — Não imaginei que Valquírias gostassem de artes humanas.
— Não costumam, mas eu gosto. — Alrune responde, frívola — Esse castelo é para mim a coisa mais bela criada pelo homem.
— Falando em homens, por que aqui é tão silencioso? — Viðga ouve apenas os passos dele e dela. — Seus homens não são permitidos em ficar dentro do castelo?
Alrune para de maneira brusca e se vira para o príncipe. Com certa soberba sorri felicita pelo questionamento. A Valquíria acena com a cabeça para a esquerda. Dando a compreender que lá Viðga encontrará as respostas para este questionamento. Com um pouco de medo, e frio em sua barriga, ele dá os passados assustados. Olha para trás na confirmação de que não seja nenhuma armadilha da amazona. Aquela parte cede visão a um dos jardins do castelo.
Ali, vê o terror dos deuses.
Aqueles "guerreiros" que ainda possuem armadura, e digladiam entre si. Rasgando a carne de seus semelhantes e gritando conluio a cuspes em seus rostos. — Mas eles não são humanos, ou são?
Suas peles parecem apodrecidas e o cheiro de morte sobe forte daquele pátio. Estão mortos? Doravante, como são capazes de rastejarem? Viðga não sabe, e não ter a resposta é tão angustiante quanto ver aqueles guerreiros sem alma. O suor frio que desliza em seu rosto endurece cada centelha de célula viva. Criando uma careta.
— Que merda é essa? — O príncipe ainda está imóvel, olhando os seres podres. No meio deles e nos cantos das colunas há bichos diferentes, com mais pernas. Às vezes mais braços. Mais grotescos dos que os criados por Thor.
— Valhalla... — Alrune responde. A fala é tão irônica quanto pavorosa. Como Valhalla? Onde estão aqueles ambientes cheios de guerreiros valorosos e honrados? É tudo uma mentira? Talvez. Parece mais como a punição que aqueles homens têm de carregar por gostar tanto de guerra. Vendo suas carnes apodrecerem assim como os corpos assassinados. — A recompensa daqueles que tanto almejam continuar guerreando.
É doentio, mas não parece errado. Aquele é o campo dos guerreiros de Odin. Viðga só se sente mais afogado em mentiras. O príncipe cerra o punho. Alrune pode ver a raiva do nobre, todavia, reduz seu ódio aos poucos. Mesmo que seja nítido no olhar do rapaz o desejo de destruir aquele lugar.
A Valquíria fica excitada com aquela fúria.
— Vamos, preciso levar-lhe ao meu aposento. — Ela se vira e caminha para a rota tradicional.
Ele a segue, mas parece que seus olhos e mente ainda fica na leitura daquele campo de mortos-vivos.
"Odin, a quem minha mãe prestou rezas até o dado momento de sua partida, criou isso? Vi homens morrerem e matarem por ele, sacrificar o mínimo que tem por uma oferta divina, esta é a recompensa? Em que Deus eu posso confiar?"
— Para quem está me usando de refém? — Ele é incisivo.
Alrune sorri. O tanto quanto há subjugado aquele homem aos poucos cai por terra — Para ninguém. — Ela abre uma porta de esmeralda, dando vislumbre a um quarto enorme — Não é para isso que veio? Encontrar Beadohild? — A Valquíria começa a retirar sua armadura, desde os umbrais às botas. Ficando com sua calça de couro e uma camisa rasgada que deixa o umbigo exposto.
Um toque límpido naquela lisa pele branca. Que dá excitação ao raro prazer que aquela amazona consegue expor. Viðga está excitado.
Alrune vê aquele olhar perverso do mortal sobre seu corpo, e tira sua camisa. Expondo os seios pequenos de bicos rosados e empinados. Enquanto cruza as pernas, toca no peito do príncipe com o seu pomo afofado. Ela o conduz a um caminhar de costas.
A Valquíria estende seu pescoço, e a ponta dos pés, fazendo seus lábios rosados irem de encontro até os ressecados dele. Cansado de tanto caminhar pela guerra. O príncipe imundo e a Valquíria iluminada. Uma combinação de contraponto que ambos parecem gostar, a mão do rapaz a segura pela nuca. — Mas uma sensação de dominação rápida. — Alrune logo tira a mão dele de seu cabelo e a joga para as costas dele. — Ela odeia ter a sensação de ser dominada. Porém, a balança se inverte em questão a dominar.
Ela geme intercalada aos desejos carnais de mordiscar e lamber a boca do nobre. Aquilo é mil vezes melhor que a guerra e ambos compartilham dessa sensação.
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O Cão de Valhalla
FantasyA mando de Odin, as valquírias estão contra os homens. Os mortos-vivos. As guerras. Fome. Frio. Tais problemas são explicados pelos xamãs como o início do Ragnarok. Em meio as trevas de uma Alemanha destruída está Dylan. Um galês que desembarcou nas...