Licor e magia.

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— Egill! — berra Velent, protegendo-se dos açoites da corrente de Vidar atrás da coluna — Você não vai fazer nada!?

— Está maluco!? — o irmão berra de volta — Eu bebi demais! Acho que quero vomitar!

Velent balança a cabeça, pensando em quão patético está o irmão. Ao ter abertura, sai de trás da pilastra e solta contra o asgardiano raio de magia. Quando ela toca em Vidar, o deus salta para outra ponta da sala.

Ele sente seu braço dormente, e enrijecido.

"Maldição! Essa magia de gelo ia me fazer perder meu braço." Vidar toma cuidado contra o elfo.

Em contrapartida, fica mais animado.

Retirado do estado de êxtase, vê Egill correndo atrás das colunas, circundando a sala. Tentando chegar ao flanco do Asgardiano.

"Acha que ficará mais fácil me atacando pelas costas? Elfo imbecil!" o deus espera o momento que o elfo não esteja mais em sua visão. Gira sua corrente no posterior do corpo, em seguida se vira para não ficar numa posição desconfortável.

"O quê!?"

Ele não está ali. Vidar tem certeza que acertou o elfo beberrão, mas seu adversário não está ali.

— Ei! — grita Velent.

Vidar se prepara, mas ao se preparar, percebe o quão está despreparado.

"Merda!"

Outro raio sai da palma do elfo azul, empurrando o Asgardiano contra a parede.

"A magia dele aos poucos está ficando mais poderosa, ou ela sempre foi assim e estava..." Vidar sorri. Quando o ataque é interrompido seus braços mostram queimaduras, que enegrecem sua pele. "Testando-me..."

Egill reaparece, e grita — enquanto arrota — indo em direção a Vidar. Eles se trombam, e as correntes — que voltam ao braço do deus — confrontam o facão do beberrão.

"O maldito bebe tanto que parece que está cuspindo todo o álcool em mim."

Na mesma velocidade que desfere os ataques, some, se escondendo entre os escombros. Vidar tenta dar alguns passos para seguir o bêbado, mas outra luz grandiosa o chama atenção. A magia de Velent é arremessada contra o deus.

"O que é isso!? Está ficando mais forte!?"

O golpe queima seu corpo. A ponto de fazê-lo gritar pela dor, e se irritar.

— Seus filhos da puta! — grita Vidar.

— Ei! — Egill sai do seu esconderijo, chamando atenção do nórdico. — Não xinga na frente da criança! — Aponta para Montag.

Vidar engole saliva, assim que confronta o olhar inocente do garoto. Mas retoma consciência.

"Não acredito que fiquei mal por xingar próximo a uma criança."

Ele solta a corrente, e com astúcia, a joga contra Velent, prendendo seus braços nela. Egill vai para cima de Vidar, tentando uma brecha para soltar seu irmão. O asgardiano levanta o pé na altura do peito dele, fazendo-o cair feio no chão, e deixando seu cantil derramar o líquido.

Assim que o líquido desce nos pisos quebrados. Vidar o analisa bem, até gargalha.

— É licor de bode cinza! — grita — Ele faz com que qualquer magia que se encoste a ele fique mais poderosa. É por isso que você cuspia no salão, e em mim também! Seu irmão não poderia lutar bêbado, mas você era capaz de fazer com que a magia dele me afetasse!

Vidar aplaude a ambos, mas duas palmas são o suficiente. Ele caminha a Velent, e quando chega próximo o azulado ergue pelo pescoço. Apertando com os dedos a sua garganta para que aqueles sejam seus últimos momentos de respiração. Impedindo que saiam impunes pelo alarde.

— Velent! — Egill chama seu irmão, mas está fraco demais para defendê-lo.

— Aqui você morre elfo, mas sinto orgulho de ter lhe conhecido.

O momento do enforcamento perdura pela eternidade.

Não muito tempo, mas o suficiente para que algo sobrepuja o teto.

Suas asas angelicais e enormes, maiores que uma Valquíria comum. Ela desce dos céus e pousa com delicadeza. Abaixando, com um toque leve dos dedos, o braço de Vidar, e interrompendo o sufocamento.

O Cão de ValhallaOnde histórias criam vida. Descubra agora