Revelando acontecimentos.

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Jeon Jungkook

Jimin voltara para a minha casa. Ele estava ofegante e me contava muitas coisas ao mesmo tempo, era difícil de entender. Parecia estar louco, não entendia nada do que ele dizia. Mas era algo relacionado à sua empresa e as vendas. Preciso o acalmar para que ele possa dizer o que precisa de uma vez, sem se atropelar em suas próprias palavras. Peço para que ele espere enquanto pego um pouco de água, misturada com colheres de açúcar. Ele precisava de algo que o mantivesse contigo por agora, que não o deixasse mais agitado do que estava. Já com os pés na cozinha, fui até a lata de açúcar, com uma colher em mãos. Como estava sobre o armário, abri uma de suas portas e peguei o copo, colocando um pouco do branco ingrediente dentro do mesmo, completando com a transparente e gelada água, tirada há pouco do bebedouro. Estou vendo que seria difícil lidar com ele, pois a sua situação não era a melhor. Pelo visto, uma história está por vir e não parece ser nada boa. Eu chamo esses tipos de história de "bomba", então uma delas vai explodir daqui a pouco, bem em meus ouvidos. Porém, tentando respirar um pouco, introduzo a colher no recipiente de vidro, misturando tudo o que havia colocado ali e finalmente indo de forma mais calma possível até onde o moreno se encontrava.

As suas mãos receberam o copo, tremendo, por pouco não derrubando em meu sofá. Se eu já não o conhecesse, acharia que ele está morrendo, porém talvez esteja mesmo, só que morrendo de tão nervoso. Terminou o copo em um estalar de dedos, respirando e, somente agora parecia mais calmo. Finalmente podia falar, lentamente e de forma que fosse de fácil entendimento.

— Fale, devagar, Jimin. Tome cuidado para não atropelar as suas palavras, bastante cuidado mesmo. — Tento acalmá-lo mais ainda e ele inspira fundo mais uma vez, abanando o rosto com suas mãos. Estava tão nervoso que parecia suar. Tenho medo que fique doente, mas espero que seja apenas o calor das emoções intensas.

— B-bem, vou tentar. — Ainda soluçava um pouco. — Tudo aconteceu muito rápido. Se lembra daquela empresa que era minha "inimiga"? — Cita.

— Acho que você não me contou sobre ela, porém, continue. Vocês são concorrentes, então?

— Sim, mas aconteceu algo macabro. Então, ela simplesmente sumiu. Não há rastros mais deles, como se eles nunca tivessem existido. Todas as pessoas que conheciam o lugar também disseram que nunca ouviram falar sobre. Eu estou... Extremamente confuso.— Entro em choque. Como era possível?

— Ué, mas não tem jeito de isso acontecer. — Tento achar uma lógica.

— Já está acontecendo. E há algo pior, que preciso te contar: acho que sei qual foi a causa de todo esse problemão. — A curiosidade me comia por dentro. — E não é nada natural.

— Oh, Deus... Conte.

— Eu achei uma pedra no quintal de minha casa. No começo, achei que ela fosse normal. Porém eu pesquisei um pouco e não se sabe muito sobre a mesma, ela tem propriedades desconhecidas, mas eu acho que tudo isso que está acontecendo tem a ver com ela, pois, logo após eu desejar que tudo isso sumisse, eu ouvi ela cair no chão, porém nem se quebrou. E, em segundos, quando olhei, tudo estava diferente. Nada mais do que vivi existia. Muita coincidência, não? — Pergunta e eu concordo, ainda com a boca aberta, de tão surpreso.

— Por quê você não manda essa coisa para as autoridades, então? — Rebato a sua pergunta, com outra.

— Eu não sei. Ela estava "bem" lá em casa e eu queria saber mais sobre ela, mas, se eu enviar ela para pessoas fardadas, provavelmente nunca mais a verei. Parece ser algo tentador, que me chama sempre. Não é algo normal, é como mágica. Acho que você acredita em mim, pelo menos eu espero. — Diz, passando credibilidade enquanto fazia loucos gestos.

— Acredito, e muito! Por que não acreditaria?  Você não tem motivos para inventar algo de tamanha importância, ainda mais para mim, que sou uma pessoa não tão próxima assim de ti. — Na tentativa de o acalmar, tento concordar com o mesmo. — Além do mais, há uma pessoa que, até o momento, não sabemos se é assombrada ou não, me vigiando vinte e quatro horas por dia. Não duvido de mais nada em nossas vidas, tudo é possível, quando se trata de coisas estranhas. Acho que você deveria tomar bastante cuidado com o que mexe, essa pedra parece ser muito estranha, pelo visto. Mas agora você tem um gênio da lâmpada, ao meu ver. Contudo, não sabemos as consequências desses seus desejos realizados. Talvez nenhuma, mas isso seria improvável, já que tudo tem um preço, de acordo com as pessoas que mexem com esses lados além de nossa compreensão.

— Sim, e essa é uma das coisas que mais tenho medo. Não pedi nada para aquela porcaria, não diretamente. Nem sabia do que ela era capaz, realizou algo que eu apenas joguei para o ar. Talvez eu precisasse ter cuidado com o que desejo mesmo, pois pode se tornar realidade, porém ainda tem consequências, entretanto, espero que não haja nenhuma, pois não estou preparado para mais nenhuma turbulência na minha vida. Já tem muitos problemas e eu não quero mais lidar com coisas além deles. — Coloca as duas mãos em seu rosto, esticando levemente a sua pele das bochechas com os dedos, demonstrando cansaço emocional.

Era realmente muito estranha essa história sobre essa pedra. Para uma pessoa que não sabe nada sobre o assunto, poderia ser baboseira, mas isso apenas pode ser o começo de muita coisa que se iniciará em breve. Não quero que tenha efeitos colaterais em ninguém, mas, pelo visto, a realidade em que vivemos foi mudada, e isso causa todo um impacto em nosso equilíbrio. Não queria ter que admitir isso, mas temos que estar prontos, pois a qualquer momento os resultados desse "desejo indesejado" podem aparecer e não quero nem estar perto quando for a hora. Jimin não merece tudo isso. Queria protegê-lo, mas o que posso fazer apenas é pedir para que a misericórdia seja a opção tomada pelas forças superiores/sobrenaturais.

Infelizmente são assim que as coisas funcionam.

brasa• jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora