Ligação.

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   Park Jimin

No dia seguinte...

Meu despertador me acorda de forma brusca. Minha vontade era de jogá-lo contra a parede, mas depois percebi que era necessário que ele tocasse, ainda mais hoje, pois era o dia em que as vendas começariam. O dia em que eu veria definitivamente toda a mágica acontecer e finalmente sairia de toda essa péssima situação em que estou vivendo. Estava com grandes expectativas, afinal, eu dei tudo o que eu tinha neste projeto, quero que cresça, mais do que ninguém. Eu estava ansioso demais, não conseguia parar de me mexer de um lado para o outro, enquanto mordia as minhas unhas. Sempre ficava assim, era inevitável, ainda mais agora, quando era algo importante. Tinha que ir para a empresa o mais depressa possível, pois eu só tinha os dados completos sobre as vendas através do computador de lá, que era o único que recebia informações sobre quantas vendas foram realizadas.

Não podia demorar muito, porque era realmente muito importante para mim. Algo que deveria ser colocado como prioridade e era isto que eu estava fazendo quando se tratava de trabalho ultimamente. Era minha fonte de sustento, estava dependendo do dinheiro que seria produzido dali. Espero que, o que foi gasto, seja devolvido em dobro para a minha conta bancária, que é o único lugar que deveria estar cheio agora, e não a minha paciência. Admirava a forma como eu tinha lidado com toda essa situação. Eu geralmente não teria uma ideia dessas e começaria a chorar em meu canto. Era como se algo tivesse tocado minha mente de forma mágica, naquele exato momento apenas para me salvar. Sei que posso parecer estar colocando meus pés muito rápido em terras que ainda não são conhecidas, mas este produto está garantido ao sucesso, esta é a verdade. O universo trabalhará com todas as suas forças para que isto dê certo, eu sei disso, como se pudesse prever, mas não era esta a palavra, exatamente.

Meu celular começa a tocar e meus curiosos olhos apenas observam-o, sem atender. Queria saber se a pessoa merecia ser atendida, pois, a essa altura, eu não atenderia ninguém que não fosse extremamente importante ou realmente fizesse diferença. O número era desconhecido, meu interesse aumentar mais. Poderia ser qualquer um, mas eu não perderia a chance de saber, se fosse alguma fofoca. Isso não era bonito quando falado, mas eu amava saber sobre os fatos que aconteciam por aí. A melhor pessoa para se comentar sobre isso era um de meus amigos, o qual está longe agora. Passávamos o dia todo em uma calçada apenas deixando o tempo passar enquanto comentávamos sobre as nossas vidas ou até as dos outros. Era inevitável, ainda mais quando se está com alguém que possui as mesmas pessoas que  não gosta em comum. Era fácil arrumar algum assunto, mas sempre era sobre alguém. A saudade desses tempos era grande, mas o telefone ainda estava tocando.

Antes que a pessoa do outro lado da linha pudesse desligar, eu o peguei e atendi com minhas próprias mãos, curioso para saber com quem era que eu estava falando. Poucas pessoas me ligavam. Cobrança não poderia ser, pois eu sempre pagava todas as minhas dívidas, então, por que alguém teria de me cobrar? Não faz sentido. Só pode ser alguém mesmo, querendo algo de mim ou querendo contar algo que lhe aconteceu.

— Alô? — Coloco o telefone em minha orelha, esperando a pessoa da outra, que ainda era um mistério.

Sr. Park? Sou eu, Jeon Jungkook. — Reviro os olhos de uma vez. Esse garoto não cansava de me atazanar? Acabei de acordar, pelo amor de Deus! — Tenho uma notícia não tão boa para te contar. Estou sendo perseguido, novamente.

— O que fizeram para você desta vez? — Pergunto, mas agora estava com mais atenção sobre o que ele falava.

Deixaram um tipo de carta na frente de casa, tentando me ameaçar. Não sei quem foi, mas parece ser a mesma pessoa que estava me olhando todos esses dias, que estava supostamente fingindo ser você. — Meus olhos se arregalam.

— O que tinha nesta carta? Você ainda está com ela, Jeon?! Podemos denunciar.

Eu estou, mas, pelo visto, não terá mais nenhum registro da pessoa que mandou isto. A única coisa que poderia ser analisada eram as impressões digitais, e eu já toquei no papel inteiro. Provavelmente, se formos colocar em análise, apenas dará as marcas de meus dedos e de mais ninguém. Além do mais, a polícia vai nos ver como mentirosos se isso acontecer, porque não temos prova alguma além desta carta. Não quero arriscar! — Parecendo assustado, ele diz essas palavras rapidamente, por pouco não as atropelando.

— Se acalme, Jeon. Te entendi, acho melhor não irmos denunciar mesmo, pode aumentar ainda mais o problema. Teremos que trabalhar, juntos. Só assim conseguiremos resultados, não podemos envolver policiais nisso. Eles provavelmente não vão entender e irão bagunçar tudo, sendo capazes de até colocarem a culpa em nós, que não temos nada a ver. Enfim, tome cuidado. Eu preciso desligar agora, porque tenho algo a fazer, é muito importante. Depois conversamos mais, salvarei o teu contato em meu celular para que possa me chamar depois e eu possa reconhecer quem é. — Ansioso para desligar, comento de jeito ágil.

Tudo bem. Tome cuidado também, Jimin. — Desliga após terminar a sua frase.

Solto um sorriso bobo após a chamada terminar, o que fez com que eu me sentisse idiota por estar deste jeito. Ele apenas me chamou de Jimin, nada mais. Eu não deveria estar assim, ele é apenas um tolo que me acusou na primeira vez que viu, nada mais. Não posso ter nada mais com ele além de uma "parceria contra o crime". Era estranho dizer isso, porque parecia que eu me encontrava em um filme de ação agora, onde eu tenho que resolver os problemas de uma cidade cheia de vândalos. Parece louco, mas é isto o que passa em minha mente. Eu sei, sou muito estranho. Devo me orgulhar disso? Não quero nem tentar descobrir, mas também não quero mudar. Mudar é chato, acho que nunca faria uma coisa dessas, não bruscamente. Seria chato ser completamente diferente.

brasa• jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora