Do you believe in love? | Yungi

Capítulo 28 - Parte 1

Como previsto, os dois dormiram no sofá. Acordaram com um belo torcicolo, mas nada que estragasse o grande dia. Hoje a noite é o festival, finalmente.

Yunho estava preparando o café da manhã e cantarolando, altamente alegre e ligado. Exatamente o oposto de Mingi, que se encontrava sentado na mesa, com o queixo apoiado as mãos, provavelmente cochilando pela décima vez.

Mingi acordou diversas vezes a noite, com Yunho se mexendo, mas não quis o acordar, então só continuou ali, deixando que o Jeong dormisse o sono dele.

Haviam acordado bem mais cedo, por volta das 05:30. Hoje às aulas de todos começariam as 07:00 e acabariam as 10:00, e não haveriam aulas a tarde, para que pudessem ensaiar tudo o que quisessem para o festival, que ansiava pela perfeição.

— Prontinho. — Falou o maior, trazendo os dois pratos para a mesa.

— Como você pode estar tão acordado? São literalmente 06:20 da madrugada.

Yunho sorriu nasalado, começando a comer seu café da manhã. Dessa vez, eles comiam em silêncio (só em consideração ao sono do Song), mas era um silêncio gostoso, não o constrangedor no qual você tenta a todo custo achar algo para dizer.

— Você vai pra aula hoje? — Perguntou Mingi.

Yunho concordou com a cabeça, tentando enfiar uma colher gigante de arroz na boca, fazendo Mingi rir.

— Tenho aula de teoria da cor hoje, minha favorita. — Falou com a mão na frente do rosto, escondendo a boca cheia. — E o Hongjoong pediu minha ajuda em um dos últimos painéis do cenário.

— Está pintando algo novo na aula?

— Na verdade, sim. Outra versão da cachoeira amarela.

— Eu amo aquele quadro... — Comentou. — Está na parede da minha sala, obrigado por ele.

Yunho sorriu, encostando as costas na cadeira e largando os talheres, dizendo: — Sabia que esse quadro foi um dos motivos para que eu começasse a me interessar por você?

Mingi franziu o cenho, confuso.

— Aquele lugar obviamente não existe, mas... Ele meio que não existe pra literalmente ninguém. Eu que inventei, é o meu "lugar de escape" — Fez aspas com os dedos.

— Como eu posso ter sonhado com aquele lugar sendo que você que idealizou ele?

— Exatamente. — Yunho se levantou, pegando ambos os pratos e deixando um beijinho na testa de Mingi.

Os colocou na pia da cozinha, seguindo para o banheiro escovar os dentes. Mingi lavaria os pratos, como sempre acontecia. Se um fazia a comida, o outro lavava a louça.

Era estranho como os dois haviam se acostumado tanto um com o outro em tão pouco tempo. Quer dizer, iria fazer um ano que eles se conhecem, mas isso tirando os meses em que Mingi continuou agindo como se não quisesse nada. E agora, mesmo sem um namoro propriamente dito, os dois comem e dormem juntos basicamente todos os dias, e se adequaram a ambas as rotinas perfeitamente bem, só faltava mesmo a famigerada gaveta no armário um do outro, com os pertences básicos.

Eles quase nunca iam na casa de Mingi para dormir porque, ao contrário do Jeong, o garoto não morava sozinho. E Yunho não poderia nem pensar no fato de Yeosang ouvir os dois, seria vergonhoso e um pouco anti ético (somente na visão do Jeong).

— Vamos? — Mingi perguntou, colocando o cachecol. Yunho concordou, murmurando um "uhum" calminho, seguindo o Song pela porta da casa.

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