34 - O Verdadeiro Amuleto

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— Vou deixar suas coisas no quarto, você pode ir tomando banho se quiser — Hoseok fecha a porta da casa extremamente organizada, o que não me surpreende, e pega a mala da minha mão — É só seguir direto no final do corredor.

— E você?

— Vou tomar no do quarto e fazer algo pra gente comer, ok?

— Ok — seguro sua cintura para beijá-lo mais uma vez.

Hoseok larga a mala e me abraça, tentando prolongar o beijo mais um pouco. Apesar do cansaço, a vontade de não desgrudar é infinitamente maior, e acabamos gastando mais alguns segundos antes de irmos para os banheiros com sorrisos bobos.

Termino o banho e me dou conta de que não separei a roupa, já que minha mala foi para o quarto. Enrolo a toalha na cintura e saio em direção a ele. Quando entro, escuto Hoseok ainda no chuveiro, cantando alguma música em português a plenos pulmões, e rio.

— O que mais quero é te dar um beijo! — ele canta atrás da porta branca — E o seu corpo acariciar. Você bem sabe que eu te desejo, está escrito no meu olhar!

Não deixo de lembrar de quando acordei com ele cantando pela casa há mais de um ano e me aproximo da porta, confirmando que ela está destrancada.

— O teu sorriso é um paraíso onde, contigo, eu queria estar. Ai, quem me dera se eu fosse o céu, você seria o meu luar. Vai!

Hoseok parece tão distraído com o seu pequeno show, usando um shampoo como microfone, que não percebe a minha presença. Penduro a toalha no gancho da parede a abro o box de vidro, assustando-o.

— Puta merda, caralho! — ele reage exageradamente, desligando o chuveiro, e eu rio.

— Desculpa, não queria interromper a performance — observo seu corpo completamente molhado, sorrio e procuro pelo sabonete — Pode continuar.

— Eu te quero só pra mim como as ondas são do mar — ele aproxima o microfone improvisado da boca, mas diminui o volume da voz, cantando mais perto de mim — Não dá pra viver assim. Querer sem poder te tocar.

Hoseok sorri, se aproxima mais, me segura pela cintura e me beija, enquanto eu espalho o sabonete líquido nas mãos para passar em seu corpo. Começo pelos seus ombros e desço para as costas quando ele aprofunda o beijo. Subo novamente para espalhar em seu peitoral, e ele me puxa com força, nos fazendo gemer pelo contato das semi-ereções.

Quando puxo seu lábio com os dentes, ele solta minha cintura para segurar minha nuca, e eu aproveito para descer as mãos até sua bunda, massageando devagar e apertando, sentindo os dedos escorregarem pela carne macia. Hoseok geme assim que pressiono um deles de leve em seu cu. Com a mão direita, agarro seu pau com cuidado e acaricio a cabeça inchada com o polegar.

Começo a masturbá-lo devagar, e Hoseok me surpreende quando desce a mão pelo meu corpo e faz o mesmo em mim. Em um acordo silencioso de copiar os movimentos um do outro, ele espalha o pré-gozo pela cabeça do meu pau e lentamente começa os movimentos junto a mim. Continuo pressionando e forçando a entrada do meu dedo nele, e Hoseok franze as sobrancelhas, mordendo o próprio lábio para conter o gemido.

Fica difícil manter os dois movimentos, mas Hoseok se cola em mim e segura nossos paus com a mesma mão. De imediato eu o solto e deixo que coordene a situação. Encaro seus olhos apertados em prazer, depois a sua mão, e ele me acompanha como se apreciássemos a cena juntos.

Quando levantamos nossos rostos, o beijo mais uma vez. Um beijo extremamente bagunçado, mas gostoso. Nossas respirações também não ajudam, já que estamos ambos ofegantes, até que eu pressiono o dedo o suficiente para entrar até a metade. Ele reclama arrastado, apertando nossas ereções uma contra a outra, e eu acabo gemendo também.

— Caralho...

Fecho os olhos com força e apoio a cabeça em seu ombro quando Hoseok aumenta a velocidade, assim como eu passo a penetrá-lo mais rapidamente. Sinto a sensação no pé da barriga crescer e nos encosto na parede, agarrando sua mão para ajudar no movimento.

Colamos nossas bocas desesperados apenas para gemer entre os lábios um do outro. Gozamos quase ao mesmo tempo, e terminamos meio abraçados na parede, ofegantes e extasiados, sorrindo.

Abro o chuveiro e puxo Hoseok para entrar embaixo d'água junto a mim. Terminamos o banho e saímos do banheiro para nos vestir. O acompanho até a cozinha, e ele procura por pacotes de lámen.

— Sério, Hobi? — cruzo os braços observando a cena — Tá comendo isso todo dia?

— Não! — eu o encaro sério e ele desiste — Só quando tô com preguiça, tá bom?

— Tá com preguiça de cozinhar pra mim? — me aproximo dele, e ele encaixa o rosto em meu pescoço, beijando algumas vezes.

— Você sabe que sua comida é bem melhor que a minha, e eu não quero correr o risco de perder você de novo por cozinhar mal — ele faz um biquinho dramático, e eu fico na ponta dos pés para encaixar nossas testas uma na outra, sorrindo.

— Nada nesse mundo vai ser capaz de separar a gente de novo — ele sorri, e eu deixo um selinho em seus lábios — Eu prometo.

— Yoongi! — Hoseok arregala os olhos — Eu lembrei de uma coisa! — ele me puxa pela casa até chegarmos no quarto novamente.

— O quê? — pergunto, enquanto ele mexe em uma das suas gavetas.

— Logo quando eu cheguei aqui, fui conhecer a cidade e visitar algumas lojas, né?

— Típico.

— Claro — ele ri — Mas aí eu encontrei uma coisa, e mesmo sabendo que existia a possibilidade de você não querer voltar, eu comprei. Aqui! — ele tira uma embalagem pequena de papel vermelho — Eu nunca esqueci o que você me falou sobre se sentir como um amuleto do azar que só atrai problemas. Você lembra o que eu te disse?

— Que eu não sou e que fui a melhor coisa que te aconteceu naquele tempo — sorrio.

— Mas eu percebi que não é apenas isso — ele abre a sacola e tira duas pulseiras de cordão preto com um pingente em cada — Você é a melhor coisa que me acontece todos os dias. E eu precisei me afastar de você pra perceber que você é muito maior e importante pra mim do que eu imaginava. Quando estávamos juntos, quando eu te conheci, você passou a me iluminar, se tornou meu guia e eu voltei a sentir coisas que achei que não fosse mais sentir. Mesmo longe de mim, eu ainda me sentia iluminado, sentia você e foi por viver aquele pouco tempo que eu consegui melhorar. Esse tempo que você precisou foi muito importante pra mim também, mas esse encontro ao acaso hoje me fez perceber que eu não quero ficar longe de você de novo.

— Hobi, eu não te ilumino, você que é o próprio sol. Você que me ajudou, segurou minha mão e me tirou do meu próprio caos. Você é capaz de derreter a frieza de qualquer pessoa com apenas um sorriso, me aquece como se eu fosse brasa e brilha involuntariamente por onde passa. Se você é o meu sol, mas se sente assim por mim, eu posso ser a sua lua, tudo bem?

— Então parece que concordamos em mais uma coisa, não é? — ele aproxima o pingente do meu rosto, e eu sorrio quando vejo uma pequena esfera amarela quase translúcida unida a uma lua de bronze vazado como se fossem um só — Eu sei que decidi sozinho, mas acredito que você vá concordar comigo. Eu quero que esse seja o nosso amuleto. Não um amuleto da sorte ou do azar, o nosso amuleto. Um amuleto que nos represente e que signifique apenas uma coisa — ele sorri — Nós.

— Amor... — o chamo, e seus olhos me encaram em expectativa — Eu preciso dizer algo que eu quis dizer a muito tempo, mas eu achei que não seria certo falar. Só iria nos machucar mais e poderia ser um incentivo pra desistirmos da ideia da separação. Eu tive medo, mas quis muito falar. Mesmo sendo cedo, por termos nos afastado, eu não acho que precisamos esperar porque/

— Guinho — Hoseok me interrompe, rindo, segura meu rosto e me beija lentamente. Quando nos afastamos, mantemos as testas coladas, nos encarando.

— Eu te amo — dizemos juntos e sorrimos largamente, voltando a nos beijar.

💜

Toda vez que posto fico cada vez mais triste, mano.

Vou sentir saudade de interagir com vocês 😭
Mas calma que ainda não acabou não!

Beijo, e até amanhã!

부적 | SOPE [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora